e por volta do ano de 1973, a chuva caía como estrelas cadentes no deserto.
as promessas ainda estavam de pé,
os sorrisos continuavam na memória daquele encontro ao acaso: lembranças surgiriam.
o toque da guitarra fazia coração mais forte;
mas, sem entender motivos,
o brilho daquela voz quando - ele - encontrava um dia de verão, de mar e chuva: sempre seria inesquecível?
a lua de queijo tinha mais queijo naquele ano?
a neblina neblinaria por muito tempo se convertendo em lagoa de lágrimas de bolhas de sabão?
ou, apenas, precisaríamos de uma casa de praia para ver o pôr do sol, lindo, melancólico e gracioso?
talvez nada disso, talvez só contato. frequência. e alguns petelecos de alegria.
para que, somente assim, avistando o longe, com guadalupes e caveiras preto e branco, possamos cumprir o futuro
como gota de orvalho, como visita de heróis, como virtude aprendida.
mas, no fim das contas, o necessário mesmo seria:
o cair do chão,
o escutar das nuvens,
o amanhã presente,
a caminhar adiante.
Prentice Geovanni
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