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sábado, 31 de dezembro de 2011

Considerações Finais.

Nós nascemos na mesma galáxia. Nascidos da mesma espécie, nossas vidas se sobrepõem. Os encontros entre outros seres humanos são tão improváveis quanto um milagre. Para rir, para chorar e para apaixonar-se... Todos tem um por cento de chance. Assim, logo, estou deslumbrado com o fato de haver tantos milagres no mundo.
- Arakawa Under The Bridge


Antes de iniciar meu texto de fim de ano, quero agradecer a cada um que passou por aqui e deu uma lida em nossos pequenos rabiscos. Quero agradecer, principalmente, a vocês, meus amigos, que estão espalhados por esse Refúgio e a minha disposição quando eu mais preciso. Muito obrigado, por suas memórias, por seus conselhos, por seus sentimentos e por seus escritos.

Bem, meus caros, sem mais delongas, chegamos ao fim de 2011. Foi um ano muito bom. Aliás, espero que tenha sido um ano maravilhoso para todos. Tivemos momentos de aprendizado, tivemos nossos momentos de alegria e, claro, tivemos nossos momentos de tristeza. Sei que a dificuldade se fez presente na maioria das vezes, mas também sei, que talvez, somente assim, pudemos aprender a conviver um pouco com essa “danada” de uma maneira mais amigável, não é?

Nesse ano que se passou, realizei três sonhos: conheci uma garota fofa, meiga, um pimpolho, que rir de algumas piadas, sem graça, minhas (é eu sabia que um dia iria conhecê-la, porém, sabia também que ela não ia me querer, portanto continuemos “a eterna procura”); consegui ir aos show's de Biquíni Cavadão e Maria Gadú com as pessoas que me cativaram e que amo de coração (e os show's foram do jeito que eu imaginei que seriam: perfeitos!); e, por último, consegui ver o que faltava em mim para alcançar objetivos bem maiores, bem mais além do meu alcance. Pois é, fazendo a restropectiva aqui, realmente foi um ano de mudanças e de progressão com minhas percepções, ou como dizem por aí, de despertar meu Eu interior (nada de risadinhas, ok?). No mais, espero que 2011 tenha sido da mesma maneira com vocês: ter conhecido alguém importante; ter vivido alguns momentos perfeitos e ter encontrado defeitos em sua psique.



Cai a Noite.

Cai a noite na cidade com um clima diferente. Às vezes, acho que há algum tempo essas noites tem sido mais longas que os dias. Podia contar o tempo e constatar que não passa de um equívoco meu, porém quero ficar com minha opinião.

Hoje é o último dia do ano de 2011. E todo um ano se passa novamente em apenas uma noite na minha mente. Minto, em apenas instantes. Isso, instantes. É tão rápido e tão profundo! Perco a noção do tempo. E apesar de pensar intensamente nesse dia, nessa noite, e, mais especificamente, nesses instantes, percebo que restou pouca lembrança deste momento referente ao ano passado. O que eu pensei exatamente nos instantes da passagem de ano de 2010 pra 2011? Eu não sei. Você cultiva essa memória? E importa? Talvez. Se sim, anote! Mas não consigo lembrar mesmo. Essa minha memória... Mas lembro de algo. Lembro dos meus irmãos e dos meus pais rindo e de ter olhado pra eles e ter pensado, quero esses sorrisos comigo neste próximo ano. Meu pedido foi atendido, e agradeço por isso! Lembrei agora também que nem todos que eu queria estavam presentes na minha humilde casa na passagem do ano. Seria pedir demais já que provavelmente eles estavam com suas respectivas famílias e/ou outros amigos. Esperava que estivessem felizes também! Espero que isso também tenha se concretizado. E agradeço por todos os outros momentos do ano em que eles que me fizeram sorrir, ou chorar também.

Esse ano que está terminando foi bom. Foi, sim! Claro que ainda não sei bem o que vou lembrar nos instantes que promovem a transição pro próximo ano. Mas consigo sentir algo bom. Sei que vou me lembrar dos sorrisos e pedir por mais deles, e que estes perdurem o máximo que puderem e que sejam regenerados, reciclados, e, verdadeiramente, revigorados. Creio que isso eu num esqueço no próximo ano. Bom, de qualquer forma eu já anotei aqui.

À todos que estão lendo isso agora, peço que procurem sorrir mais este ano. E peço que valorizem os seus instantes de retrospectivas, se os tiverem. Não se esqueçam de quem querem ao seu lado, nem também impeça um desconhecido de entrar em sua vida e sentar no sofá onde só os amigos sentam. É um novo ano, talvez o último. Quem sabe? Faça com que seja inesquecível. E no final do próximo ano, quando for pensar
em tudo de novo, grite: que venham mais motivos pra sorrir!


Sir Igor Nathan

quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Capítulo 5 - Lembra de Mim, Tá?

"Sempre chega a hora em que descobrimos que sabíamos muito mais do que antes julgávamos."
José Saramago


- É... onde estou mesmo? Ai, ai... como eu sobrevivi daquele tiro? E daquela queda? Será que estou viva? MARMO! Marmo...

- Oi.

- Como vou te encontrar agora Cabeção...

- Eu disse: Oi!

- Talvez se eu usar a minha Chave e voltar para encontrá-lo no Confins do Universo...

- Alôôô..

- Mas, isso seria impossível... Nem usar a minha Chave eu sei...

- Bulba!!! Quer prestar atenção em mim!

E eu prestei atenção. Tudo bem, eu sei que sou estabanada, e as vezes viajo sem querer criando meus mundos, porém, não é toda vida que um guaxanim armado com uma katana sabe meu nome. Além do mais, eu ainda estava aérea pelo o que aconteceu comigo e meu amigo Marmo... e, depois de tudo aquilo, eu pensei que estivesse morta. Ora, um tiro no coração é de matar qualquer um. Mas, pelo visto, essa regra não se aplica a mim. Menos mal, pois uma Criadora de Mundos não morre tão fácilmente. Mas, sinceramente eu não sei como escapei daquela queda, daquele tiro, daquele cara... Tenho muito medo dele. Quero distância daquela coisa...

- Bem vinda à sua Parada.

- Que parada?

- Voltz... Parada de parada, oras.

- Como assim?

- Acho que tem alguém quase parando por aqui.

- Só não sou eu baixinho. Hum!

- Você deveria ter mais respeito com os caras que guardam as paradas, pois somos nós que decididimos se alguém fica por aqui ou continuará viajando pelos infinitos mundos. E, se você não percebeu, eu tenho uma espada aqui ao meu alcance.

- Grande de coisa... Parece que por aqui todo mundo conhece todo mundo. Como você sabe meu nome, ó nobre guáxa?

- Digamos que esta seja uma das minhas obrigações: saber o nome daqueles que mudarão os mundos para melhor, ou, infelizmente, para pior. E, não me chame de guáxa. Meu nome é Avehós Madariaga, o guardião das paradas.

- Nome bonito guáxa. E eu sou tão importante assim? E, eu não mudo os mundos, pelo contrário, eu os crio.

- Já falei para não me chamar de guáxa. Eu não gosto. A resposta para essas perguntas só quem saberá é você, cara Bulba. Entretanto, há uma pessoa capaz de saber isso: o Senhor dos Campos Argumentais! Apesar de que, quando se encontra com ele é morte na certa. Afinal, os argumentos são as maiores armas que podemos ter diante de um problema, de um inimigo, de uma ideia, de um amor, de uma vida...

- Não procuro por argumentos, procuro por um fusca vermelho, pelo mundo das fadas e, agora, por meu amigo Marmo.

- Marmo já está bem acompanhado, Santiago está com ele. Cuidemos de você agora. Você precisa treinar suas habilidades para criar mundos cada vez mais complexos e mágicos. Venha, sente-se aqui nesse banco paradão.

- Quem é Santiago?

- Santiago del La Rosa Amarela é apenas um grande amigo que está cuidando de Marmo no momento. Assim como ele está cuidando dele, eu estou cuidando de ti. Agora sente-se, por favor.

- Mas agora estou preocupada com Marmo. O que terá acontecido com ele...?

- Eu já lhe disse. Ele está bem acompanhado no momento. Não há com o que se preocupar. Agora, sente-se, pleaseeee?

- Chega! Eu não vou me sentar coisa nenhuma!

- Ou você senta, ou eu vou ser obrigado a usar minha Katana em você. Isso é uma ordem, querida Bulba. Deixe de teimosia, pois o tempo em que Criadores de Mundos mandavam em alguma coisa está acabado.

- Enquanto houver quem sonhe e tenha a capacidade de criar elementos a partir das mais coisas simples, sempre, sempre haverá um criador em pontecial. E isso já basta para que possamos perpetuar nossa raça, espécie, nosso jeito de ser.

- Você é determinada. Lembre-se dessas suas palavras que tudo ficará bem. Porém, sente-se, aqui, no banco de sua parada comigo, para assim, conhecermos um pouco de como o universo ao nosso redor é regido.

- Ok.

- Muito Obrigado. No príncipio existia a luz e como nada pode co-existir sozinho, junto com ela veio a escuridão. Da escuridão...

- Muahahahahaaaaaaaaaaaa... que sono. Não quero aprender nada disso. Quero apenas, no momento, encontrar Marmo e quem sabe voltar para o começo de quando tudo isso começou. Sabe, ele é um cara legal, você adoraria conhecê-lo.

- Bulba, preste atenção... as coisas não são tão simples como se pensa. As paradas são lugares reflexivos em que se não houver atenção total, poderá haver perda de tudo. Basta seguir uma reflexão incorreta que acabamos parando nos maiores abismos da alma. Basta seguirmos as perguntas erradas enquanto estamos sós e poderemos tomar as piores decisões de nossa vida. Cuidado, Criadora, eu como seu pequeno guia, tenho como função alertá-la dos problemas que futuros, cometidos por erros passados.

E foi daí, que comecei a prestar atenção nele. Aquela coisinha baixa realmente estava preocupada comigo. Ele me assegurou que Marmo... enfim, ele está bem acompanhado com esse tal de Rosa Amarela... E eu queria saber porque eu estava viva, mesmo tendo levado um tiro daquela coisa. Pensando bem, eu tinha muitas perguntas para perguntar aquela guáxa.

Porém, como ele havia dito: certas perguntas podem nos levar a caminhos nunca trilhados antes.

- Bem, Bulba, o négocio é o seguinte. Geralmente os guardiões das paradas tem como função tornar a vida de quem passa por aqui bem entediante e bastante infeliz. A espera, os pensamentos, a solidão já deixaram inúmeros transeuntes por aqui bem pertubados por assim dizer. Entrentanto, contigo, minha função não será essa. Minha função agora é te guiar ao mundo das fadas. Lá você aprenderá o sentido de Criar Mundos. Sua proteção será garantida por mim, afinal os Zé Gotinhas Azuis Derrubados ainda estão à sua procura. É minha amiga, os tempos de fuga acabaram, pois estou contigo. E não se preocupe com Marmo, ele tem a aventura dele agora: que é se aventurar na procura por você. Você, também, agora, tem sua aventura: que é fugir de Marmo e, claro, se tornar a melhor Criadora que existiu em todo universo.

- Como assim?!

- É isso que você ouviu. Infelizmente, tem coisas que o universo não explica. E se algum dia ele explicar, talvez não tenhamos capacidade de entender. Por exemplo, o intuito dessas paradas, como eu disse, é fazer todos pararem. Porém, existirão pessoas, você é uma delas, que me farão acreditar que meu intuito era outro qualquer e que, provavelmente, meu verdadeiro objeito era sempre estar esperando por você. Então me pergunto: era pra eu ficar entendiando e aborrencendo quem passasse por aqui enquanto esperava por você, ou simplesmente eu teria que ter feito tudo isso para perceber que você é diferente de todos os outros que passaram por aqui? São questões como essa que torna vida um pouco complicada e ao mesmo tempo admirável de ser vivida. Tudo bem, eu sou apenas um guaxinim falante de posse de uma katana, mas mesmo assim, tudo é tão aplicável.

- Ah, estou acostumada com coisas desse tipo. E fico muito grata de você ter visto algo em mim. Mas será que eu sou tudo isso que você diz que eu sou? Ou você quer que eu seja esse alguém que você está pensando que eu possa ser? Eu só vim aqui em busca de um fusca vermelho e quem sabe de uma conversa curta com alguma fada perdida... As coisas perderam um pouco do rumo que deveriam estar. Para começar não consigo falar mais na segunda pessoa do singular. Depois eu e Marmo se separamos. Depois estou num lugar que só tem uma... uma... uma parada de ônibus no meio do nada? Que coisa louca. Eu sei. Eu gosto de coisas que estão fora do lugar e que são sem sentido. Muitas vezes, são com essas coisas que me sinto sentindo o verdadeiro sentido de uma vida plena. Mas, não é só dessas coisas que quero viver...

- Você é legal, Bulba. Porém, falta muita coisa para sua grande conquista. E é nela que temos que nos focar agora. Cada passo. Passo a passo. Devemos sempre seguir pensando em como Criar os mais fantásticos mundos. Então, como vamos sair daqui?

- Como assim “vamos sair daqui?”. Você que tem a chave para esse problema, afinal esse aqui não é seu departamento. Eu não quero saber de conquistas nem de nada. Quero apenas seguir minha vida conforme minhas escolhas e meus sonhos.

- Esse tempo já passou, meu bem. Eu já lhe disse, oras. Os Criadores não estão bem na fita ultimamente. E quem me colocou aqui disse que você saberia como sair. E disse também, que enquanto isso, eu utilizasse dos meus meios para te encontrar. Aborreci, entendiei, pronto. Fiz tudo que tinha de ser feito. No mais, sou apenas uma agente de uma força maior que está no comando. Digamos que eu sou apenas o seu pequeno manual de instrução. Um manual de instrução valente, guerreiro, e, charmoso, é claro.

- Você só pode está de brincadeira com a minha cara...

- Antes fosse. Digo-lhe o mesmo. Eu Avehós Madariaga, jamais, jamais, brinco em serviço!

- Agora arrumei.

Bem, foi mais ou menos assim que comecei minha aventura em busca dos meus sonhos. Longe de Marmo. Mas eu sei que vou encontrá-lo novamente em algum lugar desse universo maluco que nos meti. É uma pena, mas parece que só somos capazes de crescer longe de quem queremos bem. É uma droga isso. Marmo, onde você estiver... lembra de mim... tá? 

- E... começou a chover...

- Ótimo, começou a chover... só faltava isso nesse lugar... acho que depois de muito tempo... eu agora vou chorar... 

Prentice Geovanni

sábado, 24 de dezembro de 2011

Algo Por Você.

Ouça seu Coração.
O natal e o ano novo se aproximam. E, como os clichês ditam, é tempo de pensar e refletir para que possamos construir um futuro melhor. Certo? Eu concordo com isso. Porém, devemos atuar sempre como pensadores e discernidores. Não se faz necessário uma época natalina e mensagens usadas pra vender mais coisas que você nem sempre precisa para que possamos enxergar um modo de melhorarmos como seres humanos. Acredito que podemos nos criticar a cada dia. E você? Concorda?

Pense um pouco sobre isso! E que a partir de hoje, a partir desse momento, enquanto lemos e eu escrevo, nós sejamos melhores que o que fomos. Não melhores porque podemos vencer uma maratona de nível internacional. Falo de sermos melhores porque podemos e temos capacidade de admitir que podemos errar, somos humanos, e também por isso temos idoneidade de fazermos algo em relação a isso. Não podemos voltar no tempo e fazer tudo da  maneira tal a qual consideramos perfeita. Qual seria graça em não errar? Seria bom por não quebrarmos a cabeça pensando no que poderíamos ter feito ou não? Não seríamos melhores em nada assim. Só saberíamos o que fazer em momentos que já conhecemos.

Faça, erre, pense, peça perdão, perdoe, erre novamente, mas sempre procure fazer melhor da próxima vez. Seja humano! Ouça seu coração também. Não que ele fale em código morsa ou algo parecido, mas procure ser um pouco poético, assim poderá entendê-lo. Todo mundo tem um lado poeta em si, e assim como erramos, também podemos e devemos aprender uma lição advinda deste erro.

Cada momento é importante, mesmo que naquele instante pareça o pior pra nós. Seja à curto, médio ou longo prazo, podemos aprender algo útil com o que ocorre de bom ou ruim ao nosso redor. Faça suas metas agora. Comece a correr atrás dos seus objetivos e não pare nem mesmo quando alcançá-los. Renove-os, refaça-os se não forem tão bons agora quanto eram antes. Só não fique parado! Faça cada dia um novo dia feliz! Não batalhe por apenas um dia feliz nesse ano novo. Seja ganancioso! Faça algo por você: seja feliz pelo resto da sua vida! Então, feliz natal, feliz ano novo e feliz vida nova!

Igor Nathan

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Sobre Um Pouco de Babosas.


Era uma vez uma babosa jogada no monte de lixo, perto de um cemitério, com as raízes para cima. Era feia. Ou melhor, estava feia. Talvez já estivesse morta e sem esperanças para viver de novo seus tempos de babosa verde e cheia de vida. Quem fez aquilo: arranca-la de onde estava plantada e jogá-la num lixão, ninguém jamais saberá. Porém, ninguém também saberá como e qual o porquê de uma pessoa, ao passar por ali, pegar aquela babosa, toda feia, morrendo no canteiro de um cemitério, em volta do lixo e trazê-la consigo, para sua casa. Provalvemente, houve alguma transferência de sentimentos humanos para uma simples e maltrada planta, ora, essa pessoa poderia ter sido tocada por um sentimento de abandono ao ver aquela pequena babosa do jeito que estava, não acham?

Vendo-a naquele estado, pego-a por uma de suas ramificações, colocou um pouco de fé em pensar que a moribunda verde poderia viver, e foi em frente para sua casa. Carregando a miserável de um fim triste e tenebroso. Chegando lá, procurou um vaso vagabundo, um pouco de terra que havia sobrado de algum lugar, um tanto de água da torneira na pia quebrada e pronto. Estava feito o jarro da babosa. Estava feita a sua casa. Estava feita sua nova moradia.

E foi com o passar de alguns dias que a babosa começou a perceber que estava viva novamente. Raí­zes bem estabelecidas, água e sol para sua fotossí­ntese, parece que realmente outra chance lhe foi dada. Como deveria estar agradecida por ter sido salva, como poderia retribuir o favor de ter sido plantada outra vez? E mais, como poderia pensar uma coisa dessas sendo uma simples sobrevivente plantinha?

E foi quando estava pensando justamente nisso que ela foi vista por aquele garoto. Ele olhou para ela de cima, mostrando aquele ar de superiodade e se perguntando "quem colocou essa babosa na minha porta?". De início a pobrezinha ficou com medo de não ser aceita, afinal, era nova naquele lugar e não queria ser interpretada como uma visitante inesperada. Preferia ser vista como nova inquilina, certamente não queria confusão. Afinal, sabia que outras plantas já estavam por ali há bem mais tempo que ela. E chegar de supetão assim, não fazia seu estilo. Porém, apesar dela não ter culpa de ter sido colocada ali, sabia que aquele seria seu novo lar: em frente ao apê daquele garoto que a olhou de um modo indiferente. Surpreso, todavia, indiferente.

Com o passar do tempo a babosa começou a ver como era a vida do seu vizinho. Tinha dia que ele chegava feliz, tinha dia que ele chegava triste, tinha dia que ele não chegava. Reciprocamente, ele também começou a ver a sua vida: sempre paradona, esperando por um pouco de água, que nunca vinha da parte dele. Era uma vida monótona, mas era melhor essa vida do que acabar muchando num lixo, ao lado de um cemitério. Pelo menos existia um garoto para tirar um pouco de sua casmurrice de planta. Como será que ele chegará hoje? Acompanhado? Sozinho? Com raiva? Será que o dia dele foi bom? Hum... como ele estar feliz em falar com essa pessoa, quem será?

Foram três anos de convivência. Nenhuma troca de palavras. Ela, a babosa, até entendia. Não queria que seu vizinho fosse chamado de "o maluco que falava com plantas". Não, isso não. Há certas coisas e momentos que é melhor mantermos distância e torcer para que tudo fique bem. Ele não tem culpa por não saber o quanto ele era especial para ela. A vida tem disso: lutas que devem ser lutadas e lutas que se resolvem por si só. Essa era uma delas. Não adianta aceitar, também não adianta negar. O que importa é o tempo que passaram juntos, mesmo que o lugar não fosse dos melhores.

No mais, foi num novembro qualquer que ele disse suas primeiras palavras para ela: Adeus e obrigado pela companhia. Se cuide. Eu te percebi assim que te vi, apesar disso não muda o fato que estou indo embora. Pelo menos servirá de consolo que você ajudou alguém. Obrigado também por me salvar.


Prentice Geovanni

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Rochas do Sertão.

És a cacimba maior que afronta seca
És a única casa forte da caatinga
És algo que amedronta galegos
Bravos caboclos do sertão.

És o lusitano em alforje de couro

Rajadas que atravessam o grotão
És a força fina do machado
Que despedaça a coluna do touro.

És o último gado no pasto
Que abocanha a fome da esperança
És ametista rara largada no chão
Garimpeiros que desvendam o sertão.

És a arma que atira no meio da testa
Cangaceiros de tantos que já matou
És o capucho formoso na plantação
Desde a safra seca do verão.

Diego Rocha
 

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Surpresas, Festas e Mapas.

Hand, versão Zumbi infanto-juvenil
Bem. Está na hora de colocar um ponto final nessa fase do Le Fabuleux Destin dHandBoy. Infelizmente, ou felizmente, ainda existem outras pessoas que faltam escrever aqui. Fica para a próxima vez ou como comentário. Comecemos com nosso amigo André Colossus.

Handboy: O surpreso

Certo dia, na casa onde Handerson reside em Natal, eu fiquei para o almoço. Esse almoço, bem simples, eram duas marmitas do Nordestão. Handerson, jovem sábio e experiente, para dar uma incrementada, preparou ainda umas batatas e um pouco de macarrão. E lá fomos nós atacar o rango. Hand, um segurança e eu. Conversa, comida, comida, conversa.

Foi quando a marmita que tava pegando comida acabou. Olhei para Handerson e perguntei:

- Boy! Tu também tirou comida daqui, num foi?

Hand, com os olhos enormes de surpresa: Não! E o segurança, com os mesmos olhos, também disse não.

E isso rendeu comentário para mais de mês: Uma marmita estava Hand e o segurança e na outra só eu. A minha ficou “rapada” e a deles ainda com um restinho. Já tira daí as amizades que esse danado encontrar!

Grande HandBoy. Tivemos algumas resenhas juntos. Abraço Boy!

Realmente, Hand tem uma galera reunida pela fome. Fome por comida, por conhecimento, por animes, por séries, por amor, por músicas, por aniversários, por crescimento... por momentos épicos. E foi num desses momentos épicos que eu construí, de uma maneira ou outra, minha forma de enxergar muitas coisas futuramente. Sem mais delongas, Gustavo resolveu falar daquela épica festa. É. Daquela lá.

Tomar uma, boy!

Meu caro amigo, lembras da festa de Sirano e Sirino? Que festa foi aquela, hein? Até o dia clarear, e para terminar a noitada, ficamos horas na velha e boa calçada dos correios, fazendo àquele relatório da festa. E que jamais esqueçamos que "As ligações de amizade são mais fortes que as do sangue da família." (Boccaccio)

PS: Só lembrando que a festa foi sem álcool, fomos apenas para se divertir mesmo.

É, foi uma festa sem álcool. Lembro claramente que não me lembro de nada desse dia. Só de receber grandes broncas por chegar em casa tarde e de Hand ficar mangando de mim depois. Mas, teve uma aventura dele que certamente eu não saíria rindo. E foi na... Deixou com você, companheiro Mateus.

A aventura de Um Forasteiro na Cidade das Águas: Water 7.


2008, ano em que entrei na faculdade e conheci muita gente nova, incluindo o jovem Hand, com quem logo fiz amizade e chamei para o meu aniversário.

Era um dia chuvoso, como quase todos os outros do ano, muitas ruas estavam alagadas. Preocupado com que Hand pudesse se perde, desenhei no Paint um mapa do trajeto de ônibus para a minha casa e passei logo para o forasteiro de Santa Cruz, que utilizou de suas habilidades de desenhista para fazer a sua cópia personalizada no estilo One Piece: 


Tudo corria bem, até que, enquanto eu esperava os convidados, lembrei que a avenida principal estava alagada e o [Going Merry] ônibus ia pegar outro caminho diferente do desenhado no mapa, o que deixaria o forasteiro Hand perdido na cidade das águas Water 7 [numa Natal] bem alagada. Bem em cima da hora (ele já estava a caminho), liguei pra ele e falei pra ele descer na primeira doca [parada] do bairro.

E lá se vai um [navio] carro enfrentando as águas violentas do mar de das ruas de Water 7 [Natal] para buscar o forasteiro. Apesar da chuva forte, os convidados compareceram e a noite foi bem divertida. Muita conversa, muita gargalhada, bolo, salgadinhos e muitas partidas de Frets on Fire.

E foi esse episódio que marcou o início de uma amizade com um cara fuderoso, que está sempre animando as pessoas com quem convive. Valeu, Hand! Continue sendo esse cara feliz, brincalhão, de bom humor, que leva tudo numa boa (tá tânquilo...) e que tá sempre "on" para escutar um desabafo e dar aquele apoio. No mais, que tenhamos muitas outras aventuras pela frente.

Abraço.
 
***

Prentice, terminei o texto e dei uma "pitada" de One Piece (por causa do mapa), só que como não conheço anime, posso ter colocado merda ou pode ter coisas mais legais pra colocar.

Outra coisa: tá dando pra entender? Tá uma merda? Seja sincero. E pode tirar o título, se quiser.

Seu texto está muito bom. Aliás, o de todos estão muito bons. Foi muito massa reunir e aperriar vocês para escreverem seus rabiscos sobre esse grande amigo que se encontra em nossas vidas. Foram muitas lembranças e momentos marcantes, que acabaram por nos adicionar um toque de amizade, companheirismo e amor (por quê não, num é?). Por fim, fica meu muito obrigado a cada um dos senhores e senhoras. Obrigado pelas ideias, pelos exemplos e pelas risadas. E as palavras finais, ou lembranças finais, deixo-as com Iran e Daniel.

Iran diz: É o seguinte, uma lembrança boa com Hand não existe. Porque uma boa amizade dessas ja é uma lembrança inesquecível.

Daniel diz: Rééé...
Prentice Geovanni


sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Engines. (*)

“Na minha memória - tão congestionada - e no meu coração - tão cheio de marcas e poços - você ocupa um dos lugares mais bonitos.” Caio Fernando Abreu

A Memória é um lugar onde nós guardamos as informações daquilo que conhecemos. É ela quem grava tudo aquilo que desejamos e nos é importante. Entretanto, existe um problema. Para que guardemos nossas informações, diga-se, lembranças, é necessário que haja um estímulo. Pois é, precisamos estimular o nosso velho cortéx cerebral, afinal, hoje sabe-se que ambos os tipos de memória - de curta e longa duração - são armazenadas nele.

Mas antes de falar em como fazer esses estímulos, falemos um pouco desses dois tipos de memória, beleza? Bem, é mais ou menos assim, a memória de curta duração armazena no cérebro informação consciente por um curto período de tempo. Isso é realizado a partir de conexões que existem entre o nosso cortéx cerebral com o hipocampo, um dos componentes do sistema límbico. Você sabe bem mais do que eu que este possui funções diversas, tais como, emoções, motivação, comportamento e, claro, memória. E é por causa dessas interações no nosso sistema nervoso que obtemos a dádiva de esquecer certas passagens de nossa vida.

Não sei o porquê, mas acho que esse envolvimento de regiões cerebrais é uma conspiração a favor da proteção e sobrivência da espécie humana. Proteção pelo fato de uma garota não se deixar levar por uma declaraçãozinha besta qualquer, e acabar se apaixonando por um babaca; sobrevivência porque se formos levar em consideração a infinute de babacas que existem por aí à procura de uma garota que transmita seu genes babacas é grande. E ninguém merece uma humanidade mais babaca do que já é. Portanto, é mais uma questão protecionista e, não como se pensa ser, hormonal. Enfim, deixando isso de lado, imagine o número de cantadas toscas que você sempre lembraria, imagine se você lembrasse dos inúmeros constragimentos que passou por sua vida até agora? Graças a essa memória curta conseguimos esquecer e selecionar quem não fará muita diferença em nossa vida.

Já na forma de longa de duração, as conexões, ou redes neurais, são maiores com o cortéx cerebral. Talvez o melhor caminho para estimulá-la seja através de perguntas, pois é a partir delas que se criará um caminho da memória para à consciencia. Ou seja é a partir de perguntas feitas que surgirá um "boom" de lembranças para as mais diversas finalidades, seja lembrar de uma matéria, de um momento feliz, ou de alguém que te faz bem, por isso que sou bem sincero contigo, por isso que te pergunto qual a sua opinião em determinado assunto. Por isso que te conto confidências, por isso que digo que seu boa noite é aconchegante. É por isso que te dou boa noite. É por isso mesmo que você continua a me dar boa noite. Afinal, quero ser memória de longa duração, associada ao interesse, e não de curta, associada aos genes babacas. Dito isso, que venha o texto. Ou melhor, seu estímulo.

 
***

Para Guevení aqueles foram os olhos mais luminosos que ele vira em vida até aquele momento. E tudo pareceu mais real e possível. Afinal, ele havia percebido que realmente a garota dos seus sonhos, literalmente, existia. E o mais legal: ela usava um tênis laranja, uma cor, que mesmo não sabendo o motivo, lhe agradava bastante. Além do mais, de todo esse conjunto existencial e colorido, ela tinha algo realmente fantástico, que a distinguia de todas as outras: uma baita de uma franja sob os olhos.

Provavelmente, essa será a mais nítida lembrança que Guevení terá de dela: um tênis laranja e uma franja mais bela que ele já viu em alguém, bem penteada por sinal. No momento em que nosso querido Guevení descobriu a existência de sua Dulcinéia Del Toboso, Fantisi, ele acreditou que poderia impulsionar a vida dela, assim como ela, estabelecendo uma reciprocidade, faria o mesmo para impulsionar a sua. Afinal, não seria isso que um homem e uma mulher faziam um pelo outro?

Pois bem, como se percebe, Guevení acreditava na frase de Goethe: "O eterno feminino nos impulsiona para frente." Ou seja, quando ele estivesse diante duma mulher, no seu subconsciente, ele deveria pensar "sei que é bonita, talvez não esteja me mostrando isso agora, mas eu a convidarei para entrar em minha vida. Porque eu sinto e enxergo que nela existe o eterno feminino, então, só me resta acredita que ela me mostre isso." Deixemos claro que o bonita dito antes, não remete apenas à beleza, mas também, a todo àquele charme, simpatia, atenção, carisma e, por fim, aconchego que todas as mulheres possuem de uma maneira tão singular. Ora, já estava na hora de Guevení aprender que o importante não é entender, mas sim como amar uma mulher. Isso, com certeza, valeria para toda a sua vida. Já era tempo dele compreender que se convidar uma mulher para lhe mostrar o quanto ela é bonita, ela fará isso na sua presença. E Fantisi. Bem, Fantasi é muito bonita, aliás, é linda. Ela tem um sorriso gostoso, tem um rostinho simpático e um charme profundo. Sabe escolher uma exceção só com o olhar, só com um trocar de frases, somente com um emprestar de apostila. Fantisi claramente possue o eterno feminino. Estava evidente o quanto ela é acochegante, o quanto ela emana algo de bom, o quanto ela tem uma essência de pensamentos bons e uma centelha de sentimentos carinhosos muito especial para com todos à sua volta.

Infelizmente, ela se queixava da sua estatura. Sentia-se baixinha. Entretanto, Guevení achava que ela tinha a altura certa para um beijo perfeito de cinema hollywoodiano, pois Guevení era um pouco mais alto que ela, nada que um salto não resolvesse, ou um belo banco de praça sustentasse. Diz a lenda que Fantisi era a garota mais sexy do mundo ao lamber seus próprios dedos melados de doritos (Só um adendo: ri muito enquanto escrevia a parte do Doritos), enquanto prestava atenção na aula que lhe daria suporte para conseguir realizar seus sonhos. E desses, tinha-os aos montes.

Fantisi, tinha a capacidade de mudar o dia, e mais, ela era capaz ainda das infinitas diversas simplicidades. Tais como uma simples caminhada, uma conversa legal enquanto se espera um ônibus, ou, até mesmo, um recusar de sucrilhos num dia de domingo. Guevení a admirava por seu gostar pelo mar. Ela gostava dele por causa da sua simplicidade de trazer tranquilidade com suas ondas. Ela ficava tentando aprender como era ensinado manter um estado de graça só com areias, conchas, maresia e bons ventos com céus estrelados. Ela queria aprender esse estado implacável de espírito forte e alegre que só o mar pode nos ensinar.

Assim como o mar ela poderia ser calma e feroz. Chata quando preciso, carinhosa quando estava no clima. O mar fazia parte dela. A água gelada ela jogava nas pessoas quando estas precisavam de um banho gelado, para assim, voltarem à realidade, seja lá onde estivessem. A água, esquentada pelo sol, ela usava para esquentar os corações de quem ela gostava. O sol do mar era dela. O nascer e pôr do sol no horizonte também o eram. As conchas: o argonauta, as duas auroras, a concha pera, tudo era dela. Cada Grão, cada lembrança vivida pelas mais diferentes pessoas que passavam por ali era dela, tudo dela. Mar e Fantisi eram o que chamamos de perfeita simetria. As ondas, o vento no seu cabelo, o gosto de sal na boca é para isso que ela vivia. Certamente Guevení tem muita sorte de ter alguém desse jeito em sua vida: uma garota cheia de acochego e parecida com o mar.

Até aí tudo bem, mas como ele soube o nome dela? Para assim entrar na sua vida.

De acordo com as mais variantes percepções, Guevení sempre prestava atenção em Fantisi e ele, doido para saber qual seria o nome daquela garota da franja sob os olhos, acabou percebendo um simples, e singelo, nome em um colar que a mesma usava. E lá estava o nome Fantisi, bem estampado, para ele ver com seus próprios olhos. Ele, agradeceu aos céus e joalheiros, camêlos, enfim, às pessoas responsáveis por essa arte de escrever por meio de jóias. Certamente, o trabalho desses caras deveria ser reconhecido e mais, deveria ser aclamado, pois somente com eles se descobrem o nome das garotas que serão, eventualmente, chamadas de "amor à primeira vista". É óbvio que amor assim não existe. Oras, com tantos ceguetas pelo mundo sempre ficará um sem ver os colares com os nomes de suas respectivas garotas. Pois, de acordo com uma logística visual, é simples: é apenas uma questão de boa vista e não de sentimentos, como muito se pensa. 

Além do mais, o desafio não é apenas de enxergar colares, mas também de se libertar do negativismo de que jamais encontraremos um amor. Devemos começar a enxergar que nada mais é do que nossa própria vontade do nada e que uma vez tendo dito sim ao instante, a uma afirmação. Toda ela explode numa cadeia de afirmações que não conhece limites. Porque dizer sim a um instante é dizer sim a toda a existência. Guevení e Fantisi disseram sim ao seu instante, disseram sim à toda sua existência .

Disseram sim a esse texto. Sendo ele repleto de coisas boas e pensamentos bons e feito com muita dedicação e carinho, lembraram-se, que a vantagem de conhecer os outros é que você poderiam se conhecer cada um à sua maneira. E com Fantisi: Guevení se conheceu bastante. Logo, se futuramente perguntarem o que Guevení fez para ter Fantisi, caso algum dia ele a tenha, ele dirá: nada demais, tive apenas que escrever um texto. E, se os inuméros pretendentes à casamentos perguntarem o por quê de Fantisi ter escolhido Guevení, ela responderá: só tive que ler um texto. No mais, eles se gostam. Muito. E viveram felizes para sempre.


Prentice Geovanni





(*) Encontrei esse texto perdido entre uns rascunhos meus. Organizei e postei aqui.

terça-feira, 8 de novembro de 2011

Para o Garoto do Maior Pedaço de Bolo.

Artur e Eu, produtores musicais.
A primeira vez que vi Artur Carneiro foi na famosa (e única, por ser especial) locadora de vídeos-game do Zé Carlos. Era noite, eu e João Paulo, um outro amigo nosso que jogava jogos de RPGs comigo nas mais diversas locadoras da cidade - sempre em busca do local mais barato, para assim, aumentarmos o rendimentos do nossos jogos - ao entrarmos nos domínios do Zé, acabamos vendo um garoto sentado e jogando futebol. Ele e Zé tinham uma relação engraçada, pois ambos ficavam se pabulando (ou competindo) de jogarem as melhores partidas dos jogos de futebol. Enfim, acabei não dando muita atenção aos dois e fiquei ao lado de João Paulo, provavelmente jogando Lunar 2, ou um Final Fantasy IX. Nunca gostei de futebol. Assisto o da seleção porque quando tem jogo sempre estou acompanhado por alguém que gosta. Incrível isso. Mas, voltemos ao Carneiro.

Passou-se uma semana, ou um dia, eu não lembro, entretanto, uma das primeiras pessoas que vejo na classe onde eu fui estudar e fazer meu primeiro ano do ensino médio, no famigerado IESC, quem eu vejo? O famoso "Carneirinho", assim o chamavam as meninas. "O carneirinho das montanhas", dizia uma delas, muito bonita por sinal. E eu sem entender, me perguntava: que danado ele tem de carneiro? Mais tarde descobri que era o seu sobrenome. Carneiro. Artur Carneiro.

Lembro também que nesse ano cheguei atrasado e acabei sentando lá atrás, logo: acabei sendo da turma do fundão. Nunca tinha participado de uma turma do fundão, porém eu sempre admirava os integrantes dela. Bem, naquele momento essa mesma turma seria composta por três garotos fanfarrões: Aldir, peça boa, um dos integrantes do Refúgio, aliás isso tudo foi ideia dele. Inajá, sem comentários. E eu. Hélio, "o véio", um dos maiores professores de matemática que já tive, nos nomeou de: os cozinheiros. The cooks, para quem acha inglês mais maneiro. No início éramos três, depois viramos uma legião. Essa legião nasceu no segundo ano. Todavia, essa é outra história.

Então, qual o por quê de contar tudo isso aqui? É justamente para você perceber o quanto duas pessoas tão diferentes (Você, com seu futebol, conhecido por seu jeito resenheiro, com muitos amigos, com cada gata ao teu lado. E eu, um cozinheiro.) podem se tornar grandes, melhores, amigos. Foi daí, que comecei prestar atenção em você. Nas suas atitudes. No jeito que você tomava um problema e o resolvia. Dia desses descobri que eu não era o único que fazia isso. Perceba, veja bem, o grau de sua importância para todos os que estão te acompanhando nessa vida, sim, tão boa e repleta de sonhos a serem cumpridos.

João Paulo e Artur: Cajá e Mangaba.
Grande Artur, foi um longo caminho ate aqui. E mais longo é o caminho que nos espera. Ao lado, mesmo que distante por uns momentos, de nossos amigos, temos uma grande história para contar. Galileu, Daniel, Marcus (vigia), Magnun (muito massa morar com ele, pense num otimismo), Igor ( o Nathan, daqui do blog), João Paulo, Mikhail, Fabinho, Gonzaga e tantos outros, sempre te admiraram e sempre lembram de você em todos os momentos em que estamos juntos, reunidos e mangando da vida. Estou dizendo que mesmo ausente, você se faz presente. Poucas pessoas são capazes dessa arte, não acha?

Não sei como, mas foi como se fosse para ser. Nós acabamos apresentando uma sintonia bacana. Estudamos juntos, montamos um grupo de estudos: eu, tu, Magnun e Edkleber (esse sumiu, mas ele aparece lá em casa de vez em quando). Resenhamos muito lá na locadora. Conversamos mais ainda, sob a luz daquele poste em frente da tua casa, sobre como e o que faríamos para continuar sempre indo em frente, escolhendo sejam quais forem nossas escolhas, certas ou erradas. Tocamos violão, farreamos muito naquelas festas épicas de fim de ano. (Uma bem legal foi aquela que João Paulo saiu perguntando se tínhamos uma caneta para anotar o número de uma garota da festa. Não tenho a mínima ideia, mas ele conseguiu a bendita caneta, não sei com quem, mas conseguiu. Fico imaginando como seria o camarada que emprestou a caneta a ele. “Ah, eu estou aqui no meio de uma festa, bêbaço, mas tenho essa caneta aqui. Tome. E use-a para o bem. Use-a para pegar o telefone das boyzinhas”) Rimos de muitas coisas e enxergamos além, muito além de nós  mesmos. 


Lembro, quando eu estava triste "pra caralho", e lá na mesa que nós estudávamos, você estava sentado, me esperando e disse, bem sério: Senta aí. Jamais se esqueça disso: Temos que ficar mais preparados. Há pessoas, lá na frente da sua vida, que você ainda nem conheceu, mas irá conhecer, que precisará de você. Por isso, seja forte. Evolua. Para assim, ajudá-las futuramente. Ajudar quem você ama e quem você amará.

Rapaz, até hoje não me esqueci dessas palavras. Espero que sirvam para cada um que leia esse texto. Espero que cada um leve consigo essas palavras. Suas palavras. Palavras fortes e de grande poder. Claro, que houve muitos outros conselhos. Significantes, até. Mas esse, caro amigo. Talvez foi o maior de todos.  No mais, espero que também sigas tuas palavras. No mais, te desejo os maiores parabéns e as maiores felicidades.

Artur e o Primeiro Pulo do Ano da Foto.

***

Era noite de estudo. Dia do meu aniversário. Ano de vestibular.  Eu, Artur e Magnun estávamos estudando. Quando chega minha irmã com um bolo na mesa. Todo mundo se anima. Eu, o mais animado e o mais faminto, aguardado ansiosamente pelo meu pedaço de bolo. Minha irmã, com toda calma, tira o pedaço de Magnun. Razoavelmente grande. Tira o pedaço de Artur. Bem grandão. Por último, como eles disseram, seria o meu pedaço. Minha irmã, com sua habilidade de fazer presepada, tira um pedaço bem pequeninho. Eu olho o meu pedaço e olho para os de Magnun e Artur e digo: Pow, o aniversariante sou eu. Num são os caras não. (Muitos risos depois)

Hoje o aniversariante é tu. Que continues com toda essa maturidade que adquiriste por aí, pela vida, com o teu jeito e teu carisma. Vamos em frente. Com as pessoas que nos ajudam  a construir nossa história, nossas virtudes, nosso mais íntimo Eu interior. Vamos em busca do crescer e da felicidade. Sempre.

Prentice Geovanni
 

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Sobre Melancias, Mudanças e Presença.

“Na maioria das vezes (se não, quase sempre) nos enxergamos como pessoas com um enorme sucesso na vida e no trabalho que escolheremos. Paramos, sentamos, e, visualizamos a rota que seguiremos para alcançar nossos objetivos. Entretanto, isso não é suficiente. Pelo menos é isso que estou descobrindo nesses tais (meus) singelos momentos de solidão, concepção e probabilidade.

Talvez a questão primordial, aquela que toda pessoa se pergunta em algum momento da vida, seja esta: "E aí?". Isso mesmo, a pergunta é simples. Porém, a resposta não. Foi então que sentei de frente para aquele Sorriso de Melancia e soltei um desses "e aí?" primordiais. Ela, primordialmente, respondeu-me: 'E aí quem diz é você, meu caro, Pê'.

Como cheguei ali, naquela lugar, com ela, provavelmente ninguém acreditaria. Por isso, irei poupá-los da prolixidade do ambiente e da situação. Todavia, posso dizer-lhes que se um dos integrantes do Refúgio não tivesse ligado para mim naquele dia e não me convencesse a encontrá-lo para colocar nossas conversas em dia, certamente, eu nunca estaria diante dela e jamais ouviria daquela boca seus conselhos mais vivos e cheios de bons presságios.” 


***
Seria assim que eu iniciaria seu próximo texto. Entretanto, como hoje é um dia especial, minha cara, vou fazer diferente. Nada de fatos cotidianos, mas sim, de boas lembranças. Quero fazer um texto bonito. Um texto em que te mostrasse o quanto você é importante para mim. Ok, dito isso. Comecemos pelo o porquê de eu ter me aproximado de ti.

Melancia, nunca me aproximei de ti por interesse. Juro. Prometo. Jamais fui com intenção de te conquistar, de tentar alguma coisa contigo. É certo, você chama atenção. É linda de uma maneira tão singular que nem adianta eu tentar empregar as mais belas metáforas que conheço. É, eu sei. Nunca te disse o quanto eu te acho linda. Mas, agora, isso não vem ao caso. O que eu estou tentando dizer aqui é que... Eu apenas, como se fosse pra ser, te procurei e te encontrei. Não fui por beleza. Não fui por necessidade. Não fui por solidão. Na verdade, fui pelo simples fato de ir. E, ao chegar em você, encontrei uma das pessoas mais carismática e de um extrema singularidade que já conheci. Fiquei vidrado na tua simpatia, no teu jeito de ser, no teu manejar com as palavras, no teu dizer com as mensagens. Fiquei abismado com sua existência.

Aos poucos fomos nos conhecendo. Aos poucos você foi crescendo dentro de mim. Aos poucos, sabe, eu fui me sentindo especial quando falava contigo ou quando sentia sua presença. Me dava uma confiança danada, entende? Foi quando aquele garotinho que sempre se queixou de ter perdido o pai precocemente e de trazer sempre um discurso de ser médico, encontrou uma garotinha de um sorriso bonito, que estava sempre ali, lhe apoiando e ouvindo seus discursos, muitas vezes felizes, muitas vezes tristes.

Acho que você não tem ideia do quanto foi bom ter te conhecido. O quanto foi bom ter feito correspondências contigo. Deixa eu te contar uma coisa, certo? Lá vai. Sempre esperei por horas no Messenger para você entrar por alguns minutos e dizer como foi seu dia e me dizer as boas velhas frases de apoio que só você, de acordo com a situação que eu me encontrava, saberia dizer. E depois, num instante, saías assim como chegastes: rapidamente.

Tão rápido que o tempo passou. Tão rápido que aos poucos você foi fazendo parte dos meus conceitos. De minhas medidas, de meus sonhos, de minhas boas lembranças. Tão rápido que eu digo: Veja o quanto você já percorreu e o quanto falta para percorrer. Veja o quanto sua vida mudou e o quanto ela mudará. Quero te ver feliz. Muito feliz. Lembre-se: não te vejo de maneira alguma sem saber o que é a felicidade.

E foi por pensar em ser feliz que sempre pensei em um dia sair contigo. Quem sabe eu poderia te levar pra almoçar, pra sair, pra se divertir? Minha amiga, quando eu consegui fazer tudo isso, sabe o quão é maravilhoso realizar um sonho? Foi mais ou menos o que eu senti. Ter chegado aonde eu quis. Naquele lugar. Ao teu lado. Na tua presença. Fico tão feliz que tenhas encontrado teu caminho, tuas metas, teus desejos, teus sonhos, tuas ambições. Fico muito satisfeito de ver o quanto adquiristes sabedoria, força de vontade e mais aventuras para sempre seguir em frente. Obrigado, por sempre me escutar. Por sempre estar com um guarda chuva quando chove. Por estar com um casaco para me aquecer quando está nevando. Por estar atenta para me ouvir. Por estar com os lápis para colorir minhas pinturas. Por estar em cada estrela que vejo brilhar no céu azul escuro da noite. Obrigado. Por estar. Sempre.
***

A pessoa certa é a que está ao seu lado nos momentos incertos. 
Pablo Neruda 

Prentice Geovanni

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Serif e a Casa.

Olá. Tudo bem? Meu nome é Serif. Porém, prefiro que me chamem de Mr. Serif, pois além do mister passar uma ideia de senhor, passa também um toque de maturidade e velhice, é claro. Meu objetivo aqui é simples. É apenas dizer que ultimamente tenho tido sonhos com você. É, de vez em quando tenho sonhando contigo por algumas noites. Mas é só isso. Sonhos e nada mais.

Quer saber como era meu sonho? Sim? Está certo. Contarei. Era numa casa. Uma casa grande. Não muito grande, obviamente. Digamos que era grande o suficiente para uma família feliz. Nela havia cerâmica cobrindo o chão num estilo antigo. Você estava com minha família. Precisamente? Bem, precisamente, você estava limpando toda a casa com eles, meus familiares. Não tenho ideia de como todos vocês se conheciam, mas estavam em uma perfeita sincronia no arrumar, no detalhar de cada posição, de como os móveis ficariam pela casa. O interessante é que nessa casa havia também meus parentes que já se foram. Logo, tira-se por aí, que era um sonho bem maluco, não é? Não? Certo. Enfim, eu não estava nessa casa. Então, como eu sei de que todos estavam juntos sem eu estar presente? Hum... deve ser coisa de sonho mesmo. É, eu não entendo. Gostaria de entender e de estar sim, com todos vocês. Principalmente porque todos que eu gosto estavam lá. Inclusive você, oras. Entretanto, eu não estava. Eu vinha.

Vinha de onde? Provavelmente de longe, eu acho. Lembro, vagamente, que eu tinha que encontrar algumas pessoas no percurso do caminho para essa casa, tipo para poder entrar nela, entende? Sim? Você deve pensar que era algum tipo de peregrinação que eu deveria estar passando, mas não era. Eu acho que... era só um caminho que eu tinha que seguir. Um caminho cheio de etapas, de risos, de tristezas. Com certeza era um caminho bem diversificado de sentimentos puramente humanos. Era mais ou menos como uma vida. Uma vida inteira para chegar até vocês. Para chegar até você. E, o mais legal, se é que há um lado legal nisso tudo, vocês estavam se preparando para minha chegada. Aliás, meus parentes estavam. Pois, quando finalmente eu cheguei, você vinha saído da casa. Veio com um abraço, disse coisas bonitas no meu ouvido e simplesmente foi embora.

Agora, diga-me, como eu poderia entrar numa casa que não estivesse você lá dentro, esperando por mim? Foi aí que eu acordei. Justamente quando eu ia te procurar. Foi aí que eu tentei dormir de novo. Justamente para tentar continuar a te procurar...

Bem, foi isso.

Prentice Geovanni


segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Alívio Imediato

Sinto-me no auge da inspiração, ou simplesmente estou desesperado demais para escrever. Sinceramente, neste momento não sei se escrevo por este ou aquele motivo. Acreditem, tem importância! Mas eu espero que o resultado seja igual.

Escrever pra mim é como fazer uma faxina no coração. Escrevo, pois preciso organizar tudo aqui no peito. Claro, tem pessoas que tratam isso de formas diferentes. Alguns, nem o fazem e ainda pegam toda a sujeira e colocam sob o tapete. São os figurões que se enganam demais. Mas sempre há tempo pra se dar um jeito nisso. É só aprender a lidar com algo chamado coragem sentimental. Boa sorte!

Por mais organizado que eu ache estar, quase sempre aparece algo novo. E eu agrego isso, assimilo, trago pra mim e então o guardo em meu coração. É assim com você também, certo? O que você guarda com apreço consigo? Entretanto, nem só de coisas boas é preenchido o coração. Infelizmente, acabamos absorvendo muita maldade, rancor...Isso não condiz com o que quero pra mim, nem tampouco com o que quero ser. Assim, considero sadio sempre estar analisando o que eu posso descartar. Angústia, raiva...

Tenha calma! Isso não se aprende da noite pro dia. E, como já disse cada um tem sua forma de fazê-lo. Procure a sua. Faz bem! Digo por experiência própria. A experiência de quem agora teve um surto de organização e depois lavou todo o piso com lágrimas. Lágrimas necessárias. Às vezes, é bom usá-las. Muito bom pra irrigar os olhos, sabia?

Lave, limpe, organize e depois bagunce tudo pra arrumar de novo, ou como diriam os conselheiros mais simplórios e redundantes: viva a vida!

Igor Nathan

sábado, 15 de outubro de 2011

Noites com Lua e Análises Sintáticas.

Hand, versão "The Conqueror".
O Le Fabuleux Destin dHandBoy contém tantos momentos marcantes, não acham? Memórias, sentimentos, lembranças são aos montes. É um mundo repleto de sonhos, tanto dele, como também, de todos os que estão acompanhando seu Fabuloso Destino. Continuemos, então. 

Sobre um pouco de Noites com Lua e Bruno e Marrone.

Acho que para contar aqui uma lembrança, eu vou escolher uma que você ainda não tenha conhecimento, meu caro amigo. Bem, vamos lá.

Era noite. Estava eu, você, Magnun e uma pessoa que me marcou bastante. Lembro que nesse dia o cursinho soltou mais cedo e só. Do IESC fomos para frente da tua casa, aquela que ficava perto da rodoviária. Daí, começamos a conversar olhando para as estrelas, num sei o por quê, mas lá, dava para ver todas elas numa tranquilidade tão grande que qualquer dia a gente tem que tirar para reviver isso de novo. [Tanto que só encontrei essa paz novamente na Casa Mágica de Gabriel, onde gatos cantam e pássaros miam] Enfim, sem mais nem menos, começamos a dançar ao som de uma música brega de Bruno e Marrone que tocava no carro de Magnun. O mais engraçado é que você ficou de par com ele e eu com a pessoa que me marcou bastante. E, enquanto dançávamos, sob uma Lua qualquer, de frente para o pequeno jardim que havia na tua casa, eu pensava que talvez um dia, [é, um dia] eu ainda te contaria o quanto aquela noite me fez acreditar o quanto essa vida vale a pena. Que um dia eu te agradeceria por aquele momento de dança e por você proporcionar aquele tão singular momento...


Pois bem, parece que esse dia chegou. Muito obrigado, por sempre me acompanhar e escutar sobre as minhas máximas de amor. Obrigado, por me fazer acreditar que situações especiais ao lado de amigos não são tão raras como se imagina. Muito obrigado, por sempre compartilhar as experiências e indicar um caminho alternativo.

Muito obrigado por um sábado do mês de fevereiro do ano de 2011.

Bem agora vamos para um pouco de Análise Sintática.

~~

Análise sintática da frase “Handerson é especial”.

A maioria das pessoas que eu conheço são “contadoras de sucessos”. Por algum motivo ignoto, mas que o que resta de dignidade na humanidade louva, Handerson é diferente. Não é que ele não tenha sucessos para contar, ocorre o contrário: ele tem, mas não conta (vantagem) como os outros. Talvez isso não pareça tão excepcional, mas certamente não se trata de algo que eu possa afirmar sobre muitos, frequentemente. Por isso, justifica-se semanticamente o fato de Handerson ser especial.

Afirmar que “Handerson” é um sujeito simples; “é especial” é um predicado nominal, com um adjetivo como núcleo; e “é” é verbo de ligação; não apenas não condiz com os objetivos reais dessa análise como também não contempla a essência do conteúdo semântico que a oração expressa.

Se, como diz Guimarães Rosa, “tudo é e não é”, Handerson é o paradigma do verbo ser, no insólito paradoxo da não substituição. Em sua sintaxe diferenciada, é um sujeito (simplesmente complexo), que se apresenta ligado aos melhores predicados. Adjunto a ele - é incontestável - encontra-se a garantia de uma excelente interação, complementada pela certeza de sua atenção. Atenção! Verbete quase desconhecido hoje em dia, mas que, associado à Handerson, faz parecer que os tempos de outrora ainda são... Agora...

Com essa breve análise fica evidente que há muito mais sobre Handerson do que emerge à superfície da frase (e do olhar). Diante disso, podemos concluir que as palavras condenadas na folha do papel são ignóbeis rótulos incapazes de decifrar a concretude do ser, verbo e carne, como na Palavra Original.

~~



***continua

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Hospitalidade, Cappuccinos e Roupas para Lavar.

Hand, versão Mestre Cuca.
Sobre um pouco de Hospitalidade e Aniversários.

Falo com muita alegria sobre o meu amigo Handerson Medeiros, um cara dotado de uma imensa simpatia, de uma imensa alegria de viver, e outras "cositas" mais, ou seja: gente boa!

Lembro-me da minha viagem à Santa Cruz, há um ano, para passar o aniversário do nosso amigo Handerson junto com a mãe dele. A viagem foi longa, 3 dias e 3 noites para se chegar à essa lonjura que é Santa Cruz (rá!). Mas chegamos bem, com um sorriso no rosto e alegria no coração, seguimos até a casa do nosso amigo. A minha passagem por lá foi curta, se não me engano passei 2 dias, mas foram 2 dias ótimos, regados à comemorações. Tenho que agradecer muito à ele pela hospitalidade, e, se ele é do jeito que é, não é à toa, a família dele é ótima, por mim eu passaria era um mês inteiro lá...

Agora, depois de um ano, o cara já é até mestrando. Então, queria lhe dizer: "Continue, continue e continue!". Lembre-se sempre do que você quer, intimamente, instintivamente, antes de tomar qualquer decisão, pois é assim que você poderá continuar fiel aos seus ideais. Nunca se prenda totalmente à um conceito, pois tudo é transformação. A cada instante elas ocorrem, então, se prenda apenas a vida, pois ela é única, ela é sagrada, assim como a vida do seu amigo, e ,por isso, queremos sempre o melhor à ele. Cuide-se! É essencial termos equilíbrio em tudo, não podemos esquecer de exercitar o intelecto, mas nem tão pouco o físico. Lhe desejo muita saúde para que possas reflitir sobre o passado e, assim, poder planejar o futuro. Porque o seu futuro, meu caro, não tem limites... então, continue ao infinito e além!"


Depois do Buzz Lightyear, Dennel,  ter falado vamos ao cara que tem as melhores poses para fotos. Antônio, é contigo, meu amigo.

Sobre um pouco de Término de Namoros e Cappuccinos.

Eu lembro de quando terminei um namoro e Hand me convidou para passar a tarde com ele no trabalho. Fiquei lá morrendo e ele tentando me animar com Foo Fighter e Alceu Valença. Mal sabíamos que alguns dias depois, ele também terminaria seu namoro. Aí ficamos nós dois, um pior que o outro, tentando nos animar. A situação pela qual passamos não foi boa, mas a companhia foi essencial para que pudéssemos superar esses momentos difíceis.

Nota: Prentice, você pode editar o texto para que fique mais adequado à sua redação, eu só queria transmitir a ideia!

E a ideia ficou legal, caro companheiro, tanto que não mudei nada. Eu lembro dessa tarde. Foi quando o subchefe de Hand chegou e nós estávamos todos à vontade. Era perna na mesa, era Cappuccino e pedaços de bolos  por todos os lados. Massa foi a carinha da gente quando vimos que não tinha sido Hand que tinha  aberto a porta da sala do trabalho. Todo mundo gelou. E eu, o único que "conhecia" o cara, falei todo simpático e com a boca cheia de bolo: "Quer Cappuccino, meu irmão?" 

Enfim, é um tempo que não volta mais. Assim como os tempos de escola , não é, caro Hand. Vou deixar Janaína falar mais sobre isso. Afinal, nessa época eu estava por aí.

Sobre um pouco de Pais Furiosos e roupas lavadas

Certas coisas que acontecem na vida não precisam ser explicadas, basta apenas sentir... É assim a nossa amizade, meu lindo Handinho... Sem explicação. São inúmeras as lembranças que tenho de risadas dadas juntas por nós dois, foram tantos momentos de felicidade, ou melhor dizendo, são tantos momentos... 

Queria poder descrever uma única lembrança boa que tenho com você, aquela que guardarei até o fim, mas, não posso fazer isso... Dei-me conta de que todos os momentos que vivi com você foram intensamente felizes, afinal, qual é a pessoa nesse mundo que consegue ficar triste quando está com você? 

Você é a pessoa certa na hora exata, encanta e emociona todos na medida correta, é a dose perfeita para quem quer se animar sem passar da medida... Até nos poucos momentos em que te vi preocupado com algo, você estava rindo. Talvez seja isso em você que me cative mais. 

É engraçado porque às vezes a maioria da galera só fica assim, lembrando dos momentos vividos com outras pessoas, quando as perdem, quando tudo acaba, quando elas vão para longe, quando a convivência se torna por um motivo ou outro impossível; só então paramos pra pensar tantos momentos felizes que estão guardados na memória... enfim, vamos aos momentos.

Ensino médio... 

Naquela época nós não tínhamos tantas preocupações, tantos problemas, não pensávamos com tanta freqüência no futuro como pensamos hoje. Lembro de como você era ruim com as meninas quando estava gripado... Uma cena de 6 anos atrás para ser mais exata, de um lenço não muito limpo, não me sai da memória. Como o tempo passou rápido, hein, meu lindo? E graças a Deus e a todas as outras forças superiores em que acreditamos ainda estamos aqui, unidos e felizes.

A primeira vez que veio aqui em casa...

Sempre corajoso (kkk...). Depois rimos juntos lembrando a cara que papai fez para você.

O dia em que pediu para que eu lavasse suas roupas...

Handinho entra no Messenger e fala comigo na maior tranqüilidade:

- Janaína você pode lavar umas roupas minhas?

Um banco de praça em Natal...

Eu lendo suas frases em sua agenda até a polícia chegar...

E que tal um sorvete? De chocolate?

São pequenas coisas como um simples encontro no final de semana para tomar um sorvete, lembrar dos velhos tempos, saber como andam os novos tempos, que marcam a nossa amizade. E que ela dure muito tempo ainda, e que venha mais risadas, mais sorvetes e mais amigos. Te amo muito meu amigo lindo!

***continua