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quarta-feira, 10 de setembro de 2014

manual de como andar nas nuvens:

primeiro: suas palavras devem condizer com batidas ventriculares.

segundo: o impulso nessa hora é essencial. afinal, é preciso dois corações para se aprender vôo, altitute.

terceiro: a bondade tem que ganhar plenitude. o céu indica; mas jamais revela o caminho a ser seguido.

quarto: os olhares bem vistosos apontam como o andar deve ser feito: palavras, língua e algodão doce.

quinto: corra, fique leve, adquira inércia, curta o tempo. só assim, entendendo infinitudes, conseguirás a fluidez daquela nuvem às seis da tarde.

seis: o manual de como andar nas nuvens é inútil. cada um, portanto, deve escrever o seu - na medida e neblina certa.

Quiz do apadrinhamento.

1- Em quantos lugares Hand Medeiros e Tainá Medeiros moraram aqui em natal? (contando o que eles se encontram agora)

Antônio Luis Siqueira: Quatro lugares, Tainá; três lugares, Hand.
Mateus Gomes: Quatro lugares, Tainá; quatro lugares, Hand.
Erick Dennel: Três lugares cada um.

2 - Onde Hand e Tainá ficaram pela primeira vez?

A: MC Priguissa, Cientec.
M: DEART, Sei lá. =p
E. D.: UFRN, MC Priguissa.

3 - Quando Hand pediu Tainá em casamento pela primeira vez?

A: Na feirinha da árvore de natal.
M: No apê de Tainá, perto do Nordestão.
E. D.: Feira de Artesanato.

4 - Onde Hand nasceu?

A: Parelhas.
M: Jaçanã.
E. D.: Santa Cruz.

5 - Complete a frase: Quem ama...?

A: Quem ama morde.
M: Morde.
E. D.: ???

6 - Qual a cerveja preferida da Tainá?

A: Skol.
M: Stella Artois
E. D.: Skol

7- Qual a data do casamento?

A: 15 de Janeiro.
M: 15 de Janeiro de 2014.
E. D.: 12/01

8 - Qual a música tema do relacionamento de Hand e Tainá?

A: Essa Boy, Mc Priguissa.
M: Essa Boy.
E. D.: Chiclete com Banana.

9 - Qual disciplina Hand reprovou no Cefet?

A: Algoritmos e programação.
M: Algoritmos e regras de programação, rá!
E. D.: POO.

10 - Por que você merece ser um padrinho?

A: Ao me ver, qualquer um dos Hissatsus merece ser padrinho, pois somos todos amigos. O importante é a partilha do momento. Estarei feliz, independentemente do escolhido. 

M. e E. D. falaram palavras do mesmo porte que A. E no final, tudo foi decidido por sorteio.

A LETRA Z

Queria deixar registrado a caminhada sob as estrelas de pedras,
Mostrar a simplicidade trazida por uma brisa que conseguiu escapar do mar.
Gostaria de agradecer ao ato de subida e a quem teve fé de escalar montanhas,
pois assim, consegui ver de perto o azul contemplar o oceano sobre si mesmo.

Nas cantorias noturnas, 
com gosto de limão doce, 
as vozes faziam lampejo na areia fina com milhares de universo.
Os mares uniam-se e as ilhas dos atiradores foram encontradas - novamente - em nossos corações, memórias, em união.
E os amores, com sabor de bebida de hortelã fizeram as pazes.
Portanto, vamos em frente, subir, e não nada de cair nas marés fortes de barcos perdidos além horizonte.

Foi assim que vi o nascer de um sol com chamas de almas felizes; Deus presente, equilíbrio.
Naquele dia, meus olhos caíram em dois arco-íris, lado a lado, igual a amizade presente em dias de tristeza.
Chovia muito e os anjos usavam sombrinhas de verão para não pegarem resfriado.
A rua molhada molhava nossos pés; nossas palavras neblinavam e, como água de céu, nos fez sonhar saudades que nem sequer vieram ainda.

Ladeiras, pilares e a falta de algum amor.
O traço e o rabisco de desenho de manhã de domingo continuavam ruim.
Porém, a chuva e o sol se juntaram e contariam seus segredos um por outro: 
aquele é o momento perfeito, olhem para eles - felicidade cósmica, coração batendo, pó de supernovas.

As árvores se deixavam chuva, o pão era quente e o chocolate gelado.
Caçadores de infinitudes passavam pela mesa, mas, de jeito maneira, não deixaríamos eles levarem as nossas.
Se necessário, e nos encontrarem, a vida seria a única proteção e escudo.

Pois a vida não é assim, nós que somos a vida. 
Vida batida em terra-mar de lembranças e sono.
Vida que, no intervir dos hiatos, a letra "Z" nos protegerá de todos os males.
No temporal mais forte, com um amor perdido e a realidade devastada.

Bem, as coisas por aqui estão caminhando um tanto diferente. 

Na nossa linguagem de pôr do sol, eu diria que: a lua minguante deixou de existir, as ilusões acabaram indo embora e algumas sementes de girassóis foram plantadas por uma vida. 

Mas, nem por isso, esses acontecimentos de alguma forma provocaram justificativas de felicidades e cumprimentos de promessas.

rs...

Não se assuste, continuamos por aqui. Junto com o sertão, que continua lindo quando chove; e as escolhas que, antes de um tempo de época de cerejeiras, faziam questões de serem repetidas feito sono inacabado de verão.

De qualquer forma é assim que as coisas estão: miragens de um futuro distante em que lembramos de bem feito-coração.

Lembras?

É como pensar no quando o dia se encontrava nublado e apenas sentávamos na cozinha para olhar a neblina que caía à vista da porta do muro.

E, desde então a chuva, apesar de fria, pode muitas vezes ser aconchegante e quente. Quente igual uma das muitas quedas daquela Caloi azul de uma época de 1992. Época de sonhos parados, poesias amarelas e querer concreto de vontade e realização.

Sendo assim, é justo o dia de segundo domingo ser pertencido aos pais; e é mais do que necessário passá-lo com quem estamos próximos.
Em carrinhos cachorros-quentes, em serenos com limpo céu azul cor d'alma, na Noruega.

É necessário novas resoluções e a busca pr'a ser feliz.
É eventual que o destino exista e que o façamos acontecer.

Afinal, é tudo ensino.

Herança, memórias e olhos grandes avistando a grama verde de um campo de futebol.

TIMELINE,

"Tudo o que muda a vida vem quieto no escuro, sem preparos de avisar." - Guimarães Rosa.

***

é triste quando descobrimos a verdadeira realidade das coisas. 
pra ser sincero? é devastador. 
é como o herói morto, a felicidade terminada e uma história sem o final feliz.

talvez seja por isso que inventamos a arte, o amor e o céu pingado de brilhantes estrelas.
ou porque, simplesmente, é a única maneira de valer o pulsar do coração.

***

bem, sem mais delongas,

foi nessa manhã última de domingo, do ano de 2014, que me salvei de mim mesmo.
e foi nessa noite de domingo, de agosto, que matei o Sr.

bem matado, por sinal.
sob meus pés e lembranças.

confesso que foi bom. um pouco dramático, acho eu.
e, por que não? divertido, até.

suas escolhas erradas nos causaram bastante sofrimento, mágoas e algumas brigas desnecessárias.
sei bem que seu humor salvara as coisas. e confesso que também tenho disso, tirar o bom da vida e esquecer dos erros.

mas e a suas responsabilidades? que caíram como uma chuva triste de dezembro, ficaram?
não ficaram, Cara. apenas existiram e não se concretizaram.

iguais a muitos dos seus sonhos que sonhaste pra mim.
e que, agora, de certo modo, estou satisfeito por tê-los estragados todos.

pois, assim, posso moldá-los à minha maneira, visão de ser.
igual ao seu adeus entregue em ruas desertas dos meus sonhos.

igual a confiança de suas amizades que te deixaram p'ra trás.
igual a lágrima que deixaste cair no pedaço de oração mal rezada.

***

sabe o engraçado? a piada da peça? é a nossa dualidade, Sr.
a escolha certa que acaba sendo a errada; é a conspiração do destino rindo de nós dois,

que [querendo ou não] sempre acreditaremos na conquista da felicidade.
e é isso que mais odeio na gente: sobre o desnecessário, que é tentar se encaixar.

porém, com conhecimento amargo da solidão, sua fotografia preto e branco será colorida na cor amarelo lua cheia maracujá.

te prometo. não se preocupe.

afinal, já comecei esse ofício, nas folhas de castanholas, e nas tardes de janeiro que nunca passei por ti.

mas passarei por mim
e elas.

sexta-feira, 30 de maio de 2014

Landarilho.

Landarilha antes de ser: já era mestre. Vitoriosa dos 1970, 
gritou fileiras contra a infinita Guerra do Fim do Mundo.

Venceu.

Espancou nuvens: 

fez neblinas por onde passou. 
Acendeu estrelas e desligou tempestades. 
Perseguida por fantasmas, 
soube guardá-los no bolso esquerdo da solidão.

Landarilha era passos, permanência em poesia; 

sorria palavras e ditava destinos.

E Yjorn? 

Sabia ouví-la 
e tentava, 
no invisível, 
compreender o incompreensível; 
a sabedoria do viver.

Landarilha sempre será: 

a palavra avessa semeada no sagrado coração.

Prentice Geovanni

Kamus

Kamus não cansava fácil. Energia, força capaz de mudar rumos: seu forte. Contagiante empolgação, capaz de aumentar astral: seu dever.

Navegante exilada da noite sem fim, enxergava o dia sob os olhos libertários das cachoeiras congeladas do mar ao norte.

Via com brilho; dominava sonhos. Gente das boas, com paz de si.

Yjorn, no papel da vida de Kamus, era desenho animado, quadrinhos.

Kamus sempre será: a esperança que se carrega em mãos.

Prentice Geovanni

Danas.

Danas tinha pensamento de prata e coração de ouro.

Acompanhava o acompanhante; bebia do mesmo copo. Existia, mas deixava um pouco de si em cada lugarzinho remoto do mar inavegável.

Paciente de juízo; amigo pulsante no extravio inocente da chama! Acreditava nas marcas, nos sonhos e em suas próprias leis.

Danas, o boa aventurança, salvou Yjorn do mais perigoso perigo: a perda da fé.

Danas sempre será: o abraço memorável que irradia a entrelaçar da vida.

Prentice Geovanni

Timas.

Timas conhecia de perto a solidão invernesca do mar inavegável. Porém, dos caminhos fechados, abriu passagens para seguir caminho próprio, encontrar batalha e tomar maré.

Yjorn, possuindo um apreço enorme por ele, recarregava espírito do seu lado; descansava.

Afinal, Timas entendia o por vir da vida; o balançar das águas e a justiça das personalidades.

Com um oasis no seu coração, alimentava a fome secular e acabava - em medida - com as perversidades do mar negro; maldade d'alma.

Timas sempre será: a luz primaveril que entra numa janela às seis da manhã, de um domingo em 1935.

Prentice Geovanni

Jotta.

Jotta, a razão.

Sabido no guiar; companheiro em tardes inavegáveis de quarta-feira.

Foi no 19 de Fevereiro, com pés no chão da realidade, que abriu os olhos chorosos de Yjorn. Desde então, o olhar de Yjorn parou de chover por simples desertos.

Jotta era isso: ensino no enxergar; visão certa, passagem. Conhecido pelos seus sete pulos por sete vidas: viveu sete vezes mais que qualquer navegante visto num perímetro de sete mares.

Jotta era sete vezes sete; setenta léguas de confiança e opinião.

Portanto, Jotta sempre será: a árvore com sombra tranquila durante toda eternidade.

Prentice Geovanni