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quarta-feira, 10 de setembro de 2014

A LETRA Z

Queria deixar registrado a caminhada sob as estrelas de pedras,
Mostrar a simplicidade trazida por uma brisa que conseguiu escapar do mar.
Gostaria de agradecer ao ato de subida e a quem teve fé de escalar montanhas,
pois assim, consegui ver de perto o azul contemplar o oceano sobre si mesmo.

Nas cantorias noturnas, 
com gosto de limão doce, 
as vozes faziam lampejo na areia fina com milhares de universo.
Os mares uniam-se e as ilhas dos atiradores foram encontradas - novamente - em nossos corações, memórias, em união.
E os amores, com sabor de bebida de hortelã fizeram as pazes.
Portanto, vamos em frente, subir, e não nada de cair nas marés fortes de barcos perdidos além horizonte.

Foi assim que vi o nascer de um sol com chamas de almas felizes; Deus presente, equilíbrio.
Naquele dia, meus olhos caíram em dois arco-íris, lado a lado, igual a amizade presente em dias de tristeza.
Chovia muito e os anjos usavam sombrinhas de verão para não pegarem resfriado.
A rua molhada molhava nossos pés; nossas palavras neblinavam e, como água de céu, nos fez sonhar saudades que nem sequer vieram ainda.

Ladeiras, pilares e a falta de algum amor.
O traço e o rabisco de desenho de manhã de domingo continuavam ruim.
Porém, a chuva e o sol se juntaram e contariam seus segredos um por outro: 
aquele é o momento perfeito, olhem para eles - felicidade cósmica, coração batendo, pó de supernovas.

As árvores se deixavam chuva, o pão era quente e o chocolate gelado.
Caçadores de infinitudes passavam pela mesa, mas, de jeito maneira, não deixaríamos eles levarem as nossas.
Se necessário, e nos encontrarem, a vida seria a única proteção e escudo.

Pois a vida não é assim, nós que somos a vida. 
Vida batida em terra-mar de lembranças e sono.
Vida que, no intervir dos hiatos, a letra "Z" nos protegerá de todos os males.
No temporal mais forte, com um amor perdido e a realidade devastada.

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