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segunda-feira, 19 de maio de 2014

Colocar queijo na pizza de abacaxi!

Talvez seja esse o grande mistério do gosto que tem a vida. Combinar misturas de sabores escutados pela primeira vez. Eis a solução completa para o enigma da existência! Nada mais, nada menos; nenhum acréscimo. A não ser que, quando, por exceção, estivermos a mercê de algum momento único; e assim, por justa causa, poderíamos ter o luxo da possibilidade de usar a escolha de pedir, quem sabe, uma Coca-Cola bem gelada; tanto para adicionar tempero na memória construída por sabe lá quem estiver comendo dessa pizza, como também, para acentuar o sabor de completude e participação do momento vivido.

Queijo, massa e abacaxi. Ingredientes simples; mundanos, que nem a vida. O que por si só indica algum tipo de desafio amoroso para os românticos; afinal, e com toda certeza, eles somente pensariam em comer tal gostosura - ensinada por deuses celestiais do olimpo gastronômico - acompanhados por seus respectivos amores surreais incorrespondidos. É o destino. Está escrito em algum livro nunca lido por aí.

Foi mais ou menos assim quando me deparei com ela pela primeira vez. O vapor possuía atmosfera de Dylan e as árvores cantavam I Want You entre si, baixinho. Eu não sabia o sabor das palavras, nem que degustar estrelas me lembraria o gosto de cerveja gelada em uma piscina quente; não imaginava que o cheiro da noite escondia uma memória em terra de São João.

Mas, antes de tudo isso, sempre lembrei que seu toque era igual a guitarra celestial do quarto de número 1 no centro do universo: vibrante!

Prentice Geovanni

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