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sexta-feira, 25 de março de 2011

Two Minutes To Midnight.

É quase meia-noite. Faltam exatos dois minutos para isso. Já passou da hora das crianças dormirem. Deveria estar estudando, entretanto, pensei no grande Raul Seixas e lembrei logo de uma música da autoria dele e do escritor Paulo Coelho. Num me lembro de ouvir alguém comentando a respeito dela. Chama-se “Canto para a minha morte”. Uma verdadeira obra de arte do título até o último acorde.

E o que tem demais nessa música para eu ter pensado nela justamente nesta hora? Sabe quando a gente está bem envolvido com algo e então... Pow! Algo nos tira o foco? Ficamos um pouco parados e começamos a refletir... Foi o que ocorreu! Parei para pensar um pouco na vida e também na morte. E por que não? Na morte, sim. Muitos dizem que precisam pensar e refletir mais sobre suas vidas, porém num vejo muitos falando sobre a morte. Isso fica claro naqueles momentos de silêncio e tristeza quando se sabe que alguém próximo se foi, ou que está perto disso.

Pensei muito sobre isso. Afinal, “Qual será a forma da minha morte? Uma das tantas coisas que eu não escolhi na vida. Existem tantas... um acidente de carro, o coração que se recusa a bater no próximo minuto, a anestesia mal-aplicada, a vida mal vivida, à ferida mal curada, a dor já envelhecida, o câncer já espalhado e ainda escondido, ou até, quem sabe, o escorregão idiota num dia de sol, a cabeça no meio-fio”. Pensando na música, percebi que realmente a qualquer hora, e por qualquer motivo vil, poderia não estar mais aqui pra estudar, rir e beber um suco de goiaba.

“Morte, Morte, Morte que talvez seja o segredo desta vida”. Assim termina a música. Será que a morte é o segredo desta vida? E qual o segredo da morte? É a vida? Eu num consegui as respostas. Poderia me frustrar e ter um ataque repentino de fúria. E o que adiantaria? Só percebi que tenho que aproveitar. Fazer o que é preciso ser feito sem esperar demais, afinal, “A morte, surda, caminha ao meu lado e eu não sei em que esquina ela vai me beijar”. Então, antes que ela me beije, vou aproveitar o que há aquém e além do horizonte sem esquecer os meus princípios. Vou rir o quanto puder, chorar também, abraçar, amar, e, vou fazer questão de dizer as pessoas o que sinto por elas. É o que posso fazer enquanto ainda estou por aqui.

Assim, desejo que vivamos cada dia, sempre como se fosse o último!


Igor Nathan

3 comentários:

  1. I used to be this way but... I forgot myself unhappely. Are you up? so come get along with me. Because carpe diem, nec minimum credula posterum. Em nosso vernáculo: Aproveite o hoje, não espere pelo incerto amanhã!

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  2. Como diria Metállica:
    "Carpe Diem Baby"

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