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terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Como Aquilo Vai Ser?

Ah...
Conte-me como é que partiu
Aquilo que você me deu
Como é que topou
Onde é que aceitou
Minha atração fatal
Parece que a coisa não acabou
E vai ser contínuo

Não ali, que tal aqui
Ponha assim, e diz ai
E pensei que não saia, e sai
Como é que tudo foi
Mas nem duas vezes pensei


E se o calor nisso voltar
É loucura pra emanar
E voltamos a fazer até gritar
E o negócio vai calar
Por quanto tempo durará

Como aquilo vai ser
Preocupo-me em não ver
Nunca mais em mim você
Os desejos agonizantes de viver
Que lembremos pra sempre
Não esqueça se foi ou é


Diego Rocha
 

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Para a Garota da Lua.

Cláudis e Gabis.
Amigaaaaa, é hojee! Primeiro, não me mate por descobrir esse segredo! Mas, é importante pra mim, neste dia que você não gosta, poder te dá meus parabéns!! Poder te dizer que desejo sinceramente tudo de melhor pra ti ,e que você é uma amiga muito especial! Foi Deus que te colocou na minha vida, com esse jeitinho tímido e fofo conquistou minha amizade, e além disso, conquistou minha confiança e adimiração.

Seu jeito meigo esconde uma mulher tão forte, que as vezes quando conversamos eu fico um pouco admirada... Como alguém pode ter duas características tão diferentes e tão bem combinadas? Adoroo seu jeito aluado! De quem não está vendo nada e que surpreendentemente vê muito mais do que as pessoas querem mostrar!

Enfim amiga, só tenho mesmo a agradecer a Deus por ter me dado amigos tão incrívelmente raros, e entre eles, você! Que além de amiga tornou-se família! Eu quero mesmo que meus filhos tenham você como tia sabia? Para a senhorita estar sempre por perto com seus conselhos, mesmo sabendo do risco que eles correm de você querer pintar o cabelo deles de loiro! (risos) Mas isso, só o tempo nos dará... Dará também, com certeza, mais mil histórias tão gostosas de viver, como aquela da linha do trem!

No mais, não sou tão boa com as palavras como meu amigo Prentice! E que meu textinho perto do dele, vai ficar humilhado, certeza! Mas o que importa, é que eu amo você, e vou estar sempre aqui, viu? Veneninho!

(Bota assim, viu, Prentice!?)

******

Nos conhecemos de uma forma bastante lunática, por assim dizer. Sendo assim, pode-se dizer que ela é uma garota da Lua. Tem casa ambientada de frente para Marte, tem boneca rosa de enfeite do lado de seu espelho, e tem um jeito sincero e inocente de ser. Seu nome? Cláudis.

E foi dentre provocações e ameaças de bombas que acabamos nos conhecendo mais ainda. Eu soltava uma piada, ela soltava outra. Eu falava que ela era legal, ela me dizia que eu era chato. Eu a achava bonita, ela me achava bacana. Nunca combinávamos. Aliás, combinávamos sim. Somente em uma coisa: em alcançar nossos maiores objetivos. Egoísmo? Talvez. Isso importa? Se for para o bem comum, acho que não.

E é dessa maneira, com esse feedback, que nossa relação acabou por se estabelecer: eu querendo entendê-la e ela querendo ser mistério.

Mas nem sempre foi assim.

Antes de chegarmos nesse ponto, o de interesse mútuo, tivemos que passar por alguns vácuos em ônibus, trancas no Messenger, no velho orkut, e, claro, pessoalmente. Mas, gosto de dizer que esse caminho de vácuos e trancas foi justamente um meio para nos encontrarmos. E foi encontrando ela que muitas vezes acabei por me encontrar também. Dito isso, fica aqui registrado o quanto gosto dela e o quanto desejo a ela as maiores felicidades e virtudes de uma vida: ser feliz nas escolhas e ter determinação sem jamais perder o jeito de ser.

Parabéns, Cláudis. Muitos anos de vida.

Quantos anos? Vinte oito, três meses e cinco dias, né? (Lá na lua o tempo passa mais rápido e atrapalhado, não é!?) Não sei, e se sei, não lembro. Mas, certamente lembro dos seus maiores micos (teve aquela vez, naquela tarde... não, não irei contar nada aqui, não se preocupe.), das suas melhores risadas, das nossas melhores saídas, dos nossos melhores cachorros-quentes e, principalmente, dos seus melhores conselhos. Lembro do quanto você tomou forma na minha vida. Do quanto você adquiriu uma importância suprema nos meus referenciais. Lembro quando você me ensinou a visitar o Mundo da Lua quando se estar entediado. Lembro de aprender contigo que não adianta fazer o que eu não quero somente para agradar alguém. Lembro também de que não te devo chamar para “tomar uma” no meio da semana. Lembro de lembrar que vossa senhoria angelical (você não se nomeia assim? Então.), realmente, é diferente das outras.

E é na sua diferença que todos à sua volta (eu, Veneno - vulgo: Gabriela - e outros aí que não conheço) te acham tão especial e cativante. Tenho notícias que até quem não te conhece te acha legal e simpática. Engano? Claro que sim. Você é muito mais. Muito mais chata, muito mais encrenqueira, muito mais enjuada e, agora, com a idade chegando, deve fica muito mais casmurra do que já é. (Eu tinha que dizer isso aqui, meu bem, pelos inúmeros foras que você me deu, eu tinha que dizer, oras!) Porém, você é muito mais que tudo isso. Você é muito mais que todos esses adjetivos. Você é aquela que faz a gente sorrir quando estamos tristes, você é aquela capaz de nos fazer sentir únicos quando precisamos, você é aquela que ajuda, apoia e se preocupa com quem se importa. Você é aquela, aquela lá, aquela que espera da gente o melhor.

E por você ter esperando o meu melhor, eu aceitei a querer me tornar melhor, ouviu? Só espero, algum dia, também poder retribuir esse “esperar” contigo.

Enfim, obrigado, por me notar naquele ônibus lotado e me fazer parte de tua existência. E muito obrigado pelas conversas sinceras comendo Bib'sfihas e tomando coca-cola. Até daqui a pouco na Lua.

Prentice Geovanni

domingo, 15 de janeiro de 2012

Sobre Um Pouco de Vestibas, Canapês e 20th Century Boy's.

[Vai Conseguir Vencer as Barreiras e Abrir os Caminhos.]
Bem, hoje vim falar sobre um das caras que esse blog me fez conhecer muito bem. Seu jeito carismático, irônico e defensor de um ponto de vista qualquer está bastante explícito em sua personalidade. O interessante é que minhas preocupações, muitas vezes, tornaram-se suas preocupações. E é nisso que eu vejo o verdadeiro significado da amizade: quando um cara, uma garota, sente a mesma dor que estamos sentindo e nos servem de apoio com os alicerces que encontram ao seu redor. Esses alicerces podem ser uma companhia durante uma sessão de um filme numa tarde de sabádo, pode ser uma noite ébria na praia vendo as estrelas, pode ser uma ida ao parque de diversões. Ou, até mesmo, uma simples conversa sentado num velho Correio de sua cidade interiorana. O fato é que as formas de alicerces são muitas, mas a maneira como se é construído o momento mágico do "entender o significado da amizade" vem de cada um. E é isso que torna a vida tão impressionante e misteriosa.

Posso afirmar que conheci muitas pessoas ao longo de minha vida de estudante em "cursinho pré-vestibular". Acho que tive a oportunidade de conhecer muitas pessoas no auge de seus sonhos. Nessa época da vida da gente, os que prestam esse exame, não existe nada que ofereça resistência de alcançar seus objetivos. Somente uma prova e inúmeros conteúdos. Já vi muitas reviravoltas. já vi muitos desistirem de sonhos que pensavam ser os seus sonhos, mas que na verdade era o sonho dos outros. Descobri também que muitos conheceram mais de si quando entraram numa universidade. Enfim, conheci muitas pessoas e seus sonhos. E foi conhecendo eles que quero dizer a você, caro amigo, que te desejo mais do que isso.

Não queira apenas descobertas, queira também resultados. Não Queira desistir dos seus sonhos, queira fazer de tudo que estiver ao vosso alcance. Queira dar tudo de si para com as pessoas que você ama. Seja receptivo, jamais trate ninguém com indelicadeza nem arrogância. Seja ético e justo (sei que você é), e se alguma vez você não for, lembre-se de voltar atrás e pedir desculpas.

Caro amigo, vou te pedir que você se esforce bastante e que tente ser o melhor dentro do seu potencial. Lá na frente, precisarei de teus sonhos para tornar meu sonho em realidade. E saiba que, por enquanto, devemos apenas nos se entregar de corpo e alma aos nossos projetos, nossas escolhas e nossas decisões. Vamos levar nosso jeito de ser para mais e mais pessoas que existe nesse mundão de meu Deus. Vamos contribuir um pouco com a humanidade, vamos tornar real o que ninguém mais acredita hoje em dia: a realização de sonhos. Temos de ser os velejantes e possuídores dos sonhos. Temos que ser barco, navegantes e mar. Temos que ser o que somos de coração: sonhadores. Não nos deixemos desanimar. O ato de sonhar não estar morto, apenas foi esquecido. E acho que será nossa função sonhar cada vez mais alto, sonhar cada vez mais sonhos, sonhar passo a passo em como sonhar acordado com uma realidade. Com a realidade que escolhemos.

Muito obrigado, pelos conselhos para seguir em frente, pelos ensinamentos em acreditar num ponto de vista e, é claro, por me fazer defender esse ponto de vista. Obrigado de coração, pela miniatura do Monkey D. Luffy. (Nunca agradeci publicamente) E, principalmente, obrigado: por sempre acreditar em mim. E me apoiar nos meus alicerces. Espero que um dia, eu possa retribuir a você, com meus alicerces, todas as palavras e considerações que você desmonstrou para comigo. No mais, jamais esqueça de sempre seguir em busca de seus sonhos e de seus novos objetivos.

Tem uma citação de 20th Century Boy's que gosto muito. E quero que você leve ela com você, em seus pensamentos, na sua psique. Trata-se de um momento bem sutil da história do mangá. E são nesses momentos que devemos prestar bastante atenção na obra que estamos acompanhando, não é? Você sabe disso mais do que eu. Por fim, que venha a citação.

"- Já está cansado, filhote de formiga?

- O que eu posso fazer pra ser mais forte?

- Mais forte?

- Isso.

- Para ter 'força', deve-se conhecer a 'fraqueza'. E a 'fraqueza' é 'timidez'. 'Timidez' é esperar por algo importante. e 'esperar por algo importante' é 'força'."

Ou seja, sem nada importante, nunca seremos fortes. Daí vem as perguntas: você já encontrou algo, alguém, para ser forte? Você está esperando por algo importante também? Você quer ser forte? Quais caminhos terás de seguir para conseguir sê-lo? É mais ou menos por aí que deves seguir, meu nobre amigo. Fazendo perguntas, procurando respostas e encontrando resultados. Lembre-se disso, que eu me lembrarei também. Parabéns pela sua conquista no Vestibular e peço desculpas pelas vezes que não apareço e não cumpro com minhas palavras.

Valeu pelo canapê, 
e que tenhas muitas outras conquistas, 
meu amigo, 
Júnior.
Prentice Geovanni

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Serif e Eles.

Dedicado para a garota do pacote de serenatas perdido. Não te esqueci e nesse ano vamos resolver nossas pendências.

E Foi a primeira vez que me vi perdido no meio da multidão. As pessoas eram muitas. Os jeitos de olharem eram bem diferentes do que eu olhava. E, realmente, isso me impressionou muito, pois, por algum motivo, eu queria ter um pouco daquele olhar também. Entretanto, mesmo com os objetivos iguais e caminhos iguais, eu não conseguia entender a razão de não ter os mesmos olhos deles. E isso me preocupou bastante. É fato. Procurei muito pelos olhos deles. Acho que foi procurando por isso que aprendi muito do que sei hoje em dia. É, a procura por aqueles olhares sempre me motivaram a trilhar os mais tempestuosos caminhos. Eu gostava de ver eles olhando para o que eu não conseguia olhar. Eu gostava de ver como eles viam o que eu não via, mesmo que eu não pudesse ver o que eles viam.

E foi procurando por esses olhos que acabei por encontrar meu próprio jeito de olhar.

Gostava de ver a determinação de cada um deles. Eu ficava animado quando via suas conquistas, mas ao mesmo tempo me perguntava: por que eu não consigo minhas conquistas também? Faltava determinação? Faltava. Faltava competição? Faltava. Faltava disciplina? Faltava. Sempre me faltava algo. E por me faltar algo, eu me deixava faltar. Faltar em mim, faltar nos outros, faltar no faltar.

E foi faltando que aprendi que não adianta seguir os passos dos outros, se meus passos são diferentes destes. Aprendi que minha história não era igual a deles. A história deles era a história deles. A minha história é minha história. Os caminhos, os encontros, as decisões, cabe a mim tomá-las e seguí-las. As pessoas, as aventuras, os momentos, quem escolhe sou eu vivê-los. Aprendi que não adianta tomar por base a vida de ninguém, afinal, apesar de tudo, somos considerados um mundo, um universo em si. E cada mundo tem sua regra, sua lei natural, de como funcionar.

Funcionando estou. E da maneira certa.
Prentice Geovanni
 

Considerações Iniciais.

Ok. Vamos para as considerações iniciais. Já está em tempo. Tanto que 2012 já chegou todo afoito e destemido, oras! Como vocês podem perceber, aos poucos o Refúgio dos Fujões está se construindo, tomando forma. É certo que paramos o pouco o ritmo e tiramos um tempo para descansar. Mas, de uma forma ou de outra, sinto que esse ano será decisivo para todos nós, integrantes daqui. (É apenas um pressentimento, viu?)

Bem, primeiramente, quero lhes dizer que as camisas não foram feitas por motivos maiores de doenças (Bora, Handerson) e reprovações nos vestibulares (ó, eu aqui). Entretanto, isso não é motivo para desgosto e muito menos mal humor. Afinal, estamos todos com saúde e dispostos a estudar de novo seja lá para o que for. O que eu quero dizer é que se 2011 foi bom, 2012 será melhor ainda. Pois, várias sementes foram plantadas nesse ano que se passou e, passado um tempinho, parece-me que algumas dessas começaram seu processo de crescimento. Logo, só nos resta esperar e continuar nossos vidas de onde paramos e de onde estamos para ir. (Não é?)

E, olhando para onde estamos indo, eu, Handerson e Aldir continuamos a planejar novas alternativas futuras para com esse nosso (e de vocês também, óbvio) projeto. Finalmente, implementamos o Tutorial explicando como as coisas por aqui funcionam e, além do mais, continuamos a procurar por mais ferramentas que tornem o blog mais interativo, acolhedor e dinâmico. Para isso, é necessário pesquisas no velho mundo virtual. (Pois é, tem muita gente habilidosa por aí que nos serve de inspiração.)

Por isso, espero que todos integrantes daqui percebam que existe muita coisa de muita gente boa espalhada pelo Refúgio. E, uma dessas coisas que me orgulho em utilizar um pouco é: a criatividade de Saint Antonie Exupéry aqui pelo Blog. Temos os Asteróide B-612, temos nossos códigos com pensamentos do principezinho, enfim, procuramos ter uma relação estreita com determinado autor que gostamos muito. Seja Rubem Alves, seja Schulz, criador do Snoopy, não importa. Apenas acho que essa é uma das maneiras de cultivarmos e, de certo modo, levarmos aquilo que cada autor quis nos passar para nossa construção. Seja de caráter, de observação, ou ainda, de entendimento de nossa alma.

E acredito também que devemos procurar adquirir uma relação estreita com nosso Eu mais intímo utilizando dos autores que mais gostamos, pois com certeza, desse modo, poderíamos empregar isso de forma mais intensa nos nossos textos, na nossa vida, na nossa realidade. (Esse seria nosso grande lance e diferencial: unir nossa leitura, dos mais diversos escritores, ao nosso cotidiano.) Eu sei que pode parece balela minha, mas acredito que possamos fazer isso, galera. Podemos fazer o que os autores queriam que fizéssemos: mudar nosso quadro social a partir da leitura em si. Afinal, não podemos ficar na mesma quanto à forma de escrever e se expressar. Oras, podemos sempre procurar o aperfeiçoamento. Nunca esquecendo de nossas imperfeições, é claro. (Não confundam o que eu estou dizendo aqui, nesse texto, como algum tipo de cobrança, certo?)

Todavia, a procura por querer ser melhor em alguma coisa (no nosso caso, escrever bons textos, e também, em tudo de nosso interesse) é difícil, porém querer ser bom em algo, tornar a busca bem animada e divertida. Pode ser uma virtude entender que os caminhos mais cheios de dificuldades e complicações, seja o caminho mais sensato. Ou, talvez, seja mais sensato escolher os caminhos com maiores dificuldades, para somente assim, nos tornarmos mais sábios. Não sei.

Sei que, como vocês podem perceber, minha intenção com "Essas Considerações Iniciais" é apenas motivar cada um de nós a continuar escrevendo sobre a vida, sobre nossos bons momentos, sobre nossos queridos filmes, pensamentos, amizade, opiniões, poesia, enfim, sobre o que tivermos vontade. Que nesse ano, possamos entender quais os nossos planos, nossas metas, nossas atitudes. No mais, jamais esqueçamos da diversão que é unir nossos sentimentos à técnica da escrita. E que venha um Novo Mundo!


Prentice Geovanni

sábado, 31 de dezembro de 2011

Considerações Finais.

Nós nascemos na mesma galáxia. Nascidos da mesma espécie, nossas vidas se sobrepõem. Os encontros entre outros seres humanos são tão improváveis quanto um milagre. Para rir, para chorar e para apaixonar-se... Todos tem um por cento de chance. Assim, logo, estou deslumbrado com o fato de haver tantos milagres no mundo.
- Arakawa Under The Bridge


Antes de iniciar meu texto de fim de ano, quero agradecer a cada um que passou por aqui e deu uma lida em nossos pequenos rabiscos. Quero agradecer, principalmente, a vocês, meus amigos, que estão espalhados por esse Refúgio e a minha disposição quando eu mais preciso. Muito obrigado, por suas memórias, por seus conselhos, por seus sentimentos e por seus escritos.

Bem, meus caros, sem mais delongas, chegamos ao fim de 2011. Foi um ano muito bom. Aliás, espero que tenha sido um ano maravilhoso para todos. Tivemos momentos de aprendizado, tivemos nossos momentos de alegria e, claro, tivemos nossos momentos de tristeza. Sei que a dificuldade se fez presente na maioria das vezes, mas também sei, que talvez, somente assim, pudemos aprender a conviver um pouco com essa “danada” de uma maneira mais amigável, não é?

Nesse ano que se passou, realizei três sonhos: conheci uma garota fofa, meiga, um pimpolho, que rir de algumas piadas, sem graça, minhas (é eu sabia que um dia iria conhecê-la, porém, sabia também que ela não ia me querer, portanto continuemos “a eterna procura”); consegui ir aos show's de Biquíni Cavadão e Maria Gadú com as pessoas que me cativaram e que amo de coração (e os show's foram do jeito que eu imaginei que seriam: perfeitos!); e, por último, consegui ver o que faltava em mim para alcançar objetivos bem maiores, bem mais além do meu alcance. Pois é, fazendo a restropectiva aqui, realmente foi um ano de mudanças e de progressão com minhas percepções, ou como dizem por aí, de despertar meu Eu interior (nada de risadinhas, ok?). No mais, espero que 2011 tenha sido da mesma maneira com vocês: ter conhecido alguém importante; ter vivido alguns momentos perfeitos e ter encontrado defeitos em sua psique.



Cai a Noite.

Cai a noite na cidade com um clima diferente. Às vezes, acho que há algum tempo essas noites tem sido mais longas que os dias. Podia contar o tempo e constatar que não passa de um equívoco meu, porém quero ficar com minha opinião.

Hoje é o último dia do ano de 2011. E todo um ano se passa novamente em apenas uma noite na minha mente. Minto, em apenas instantes. Isso, instantes. É tão rápido e tão profundo! Perco a noção do tempo. E apesar de pensar intensamente nesse dia, nessa noite, e, mais especificamente, nesses instantes, percebo que restou pouca lembrança deste momento referente ao ano passado. O que eu pensei exatamente nos instantes da passagem de ano de 2010 pra 2011? Eu não sei. Você cultiva essa memória? E importa? Talvez. Se sim, anote! Mas não consigo lembrar mesmo. Essa minha memória... Mas lembro de algo. Lembro dos meus irmãos e dos meus pais rindo e de ter olhado pra eles e ter pensado, quero esses sorrisos comigo neste próximo ano. Meu pedido foi atendido, e agradeço por isso! Lembrei agora também que nem todos que eu queria estavam presentes na minha humilde casa na passagem do ano. Seria pedir demais já que provavelmente eles estavam com suas respectivas famílias e/ou outros amigos. Esperava que estivessem felizes também! Espero que isso também tenha se concretizado. E agradeço por todos os outros momentos do ano em que eles que me fizeram sorrir, ou chorar também.

Esse ano que está terminando foi bom. Foi, sim! Claro que ainda não sei bem o que vou lembrar nos instantes que promovem a transição pro próximo ano. Mas consigo sentir algo bom. Sei que vou me lembrar dos sorrisos e pedir por mais deles, e que estes perdurem o máximo que puderem e que sejam regenerados, reciclados, e, verdadeiramente, revigorados. Creio que isso eu num esqueço no próximo ano. Bom, de qualquer forma eu já anotei aqui.

À todos que estão lendo isso agora, peço que procurem sorrir mais este ano. E peço que valorizem os seus instantes de retrospectivas, se os tiverem. Não se esqueçam de quem querem ao seu lado, nem também impeça um desconhecido de entrar em sua vida e sentar no sofá onde só os amigos sentam. É um novo ano, talvez o último. Quem sabe? Faça com que seja inesquecível. E no final do próximo ano, quando for pensar
em tudo de novo, grite: que venham mais motivos pra sorrir!


Sir Igor Nathan

quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Capítulo 5 - Lembra de Mim, Tá?

"Sempre chega a hora em que descobrimos que sabíamos muito mais do que antes julgávamos."
José Saramago


- É... onde estou mesmo? Ai, ai... como eu sobrevivi daquele tiro? E daquela queda? Será que estou viva? MARMO! Marmo...

- Oi.

- Como vou te encontrar agora Cabeção...

- Eu disse: Oi!

- Talvez se eu usar a minha Chave e voltar para encontrá-lo no Confins do Universo...

- Alôôô..

- Mas, isso seria impossível... Nem usar a minha Chave eu sei...

- Bulba!!! Quer prestar atenção em mim!

E eu prestei atenção. Tudo bem, eu sei que sou estabanada, e as vezes viajo sem querer criando meus mundos, porém, não é toda vida que um guaxanim armado com uma katana sabe meu nome. Além do mais, eu ainda estava aérea pelo o que aconteceu comigo e meu amigo Marmo... e, depois de tudo aquilo, eu pensei que estivesse morta. Ora, um tiro no coração é de matar qualquer um. Mas, pelo visto, essa regra não se aplica a mim. Menos mal, pois uma Criadora de Mundos não morre tão fácilmente. Mas, sinceramente eu não sei como escapei daquela queda, daquele tiro, daquele cara... Tenho muito medo dele. Quero distância daquela coisa...

- Bem vinda à sua Parada.

- Que parada?

- Voltz... Parada de parada, oras.

- Como assim?

- Acho que tem alguém quase parando por aqui.

- Só não sou eu baixinho. Hum!

- Você deveria ter mais respeito com os caras que guardam as paradas, pois somos nós que decididimos se alguém fica por aqui ou continuará viajando pelos infinitos mundos. E, se você não percebeu, eu tenho uma espada aqui ao meu alcance.

- Grande de coisa... Parece que por aqui todo mundo conhece todo mundo. Como você sabe meu nome, ó nobre guáxa?

- Digamos que esta seja uma das minhas obrigações: saber o nome daqueles que mudarão os mundos para melhor, ou, infelizmente, para pior. E, não me chame de guáxa. Meu nome é Avehós Madariaga, o guardião das paradas.

- Nome bonito guáxa. E eu sou tão importante assim? E, eu não mudo os mundos, pelo contrário, eu os crio.

- Já falei para não me chamar de guáxa. Eu não gosto. A resposta para essas perguntas só quem saberá é você, cara Bulba. Entretanto, há uma pessoa capaz de saber isso: o Senhor dos Campos Argumentais! Apesar de que, quando se encontra com ele é morte na certa. Afinal, os argumentos são as maiores armas que podemos ter diante de um problema, de um inimigo, de uma ideia, de um amor, de uma vida...

- Não procuro por argumentos, procuro por um fusca vermelho, pelo mundo das fadas e, agora, por meu amigo Marmo.

- Marmo já está bem acompanhado, Santiago está com ele. Cuidemos de você agora. Você precisa treinar suas habilidades para criar mundos cada vez mais complexos e mágicos. Venha, sente-se aqui nesse banco paradão.

- Quem é Santiago?

- Santiago del La Rosa Amarela é apenas um grande amigo que está cuidando de Marmo no momento. Assim como ele está cuidando dele, eu estou cuidando de ti. Agora sente-se, por favor.

- Mas agora estou preocupada com Marmo. O que terá acontecido com ele...?

- Eu já lhe disse. Ele está bem acompanhado no momento. Não há com o que se preocupar. Agora, sente-se, pleaseeee?

- Chega! Eu não vou me sentar coisa nenhuma!

- Ou você senta, ou eu vou ser obrigado a usar minha Katana em você. Isso é uma ordem, querida Bulba. Deixe de teimosia, pois o tempo em que Criadores de Mundos mandavam em alguma coisa está acabado.

- Enquanto houver quem sonhe e tenha a capacidade de criar elementos a partir das mais coisas simples, sempre, sempre haverá um criador em pontecial. E isso já basta para que possamos perpetuar nossa raça, espécie, nosso jeito de ser.

- Você é determinada. Lembre-se dessas suas palavras que tudo ficará bem. Porém, sente-se, aqui, no banco de sua parada comigo, para assim, conhecermos um pouco de como o universo ao nosso redor é regido.

- Ok.

- Muito Obrigado. No príncipio existia a luz e como nada pode co-existir sozinho, junto com ela veio a escuridão. Da escuridão...

- Muahahahahaaaaaaaaaaaa... que sono. Não quero aprender nada disso. Quero apenas, no momento, encontrar Marmo e quem sabe voltar para o começo de quando tudo isso começou. Sabe, ele é um cara legal, você adoraria conhecê-lo.

- Bulba, preste atenção... as coisas não são tão simples como se pensa. As paradas são lugares reflexivos em que se não houver atenção total, poderá haver perda de tudo. Basta seguir uma reflexão incorreta que acabamos parando nos maiores abismos da alma. Basta seguirmos as perguntas erradas enquanto estamos sós e poderemos tomar as piores decisões de nossa vida. Cuidado, Criadora, eu como seu pequeno guia, tenho como função alertá-la dos problemas que futuros, cometidos por erros passados.

E foi daí, que comecei a prestar atenção nele. Aquela coisinha baixa realmente estava preocupada comigo. Ele me assegurou que Marmo... enfim, ele está bem acompanhado com esse tal de Rosa Amarela... E eu queria saber porque eu estava viva, mesmo tendo levado um tiro daquela coisa. Pensando bem, eu tinha muitas perguntas para perguntar aquela guáxa.

Porém, como ele havia dito: certas perguntas podem nos levar a caminhos nunca trilhados antes.

- Bem, Bulba, o négocio é o seguinte. Geralmente os guardiões das paradas tem como função tornar a vida de quem passa por aqui bem entediante e bastante infeliz. A espera, os pensamentos, a solidão já deixaram inúmeros transeuntes por aqui bem pertubados por assim dizer. Entrentanto, contigo, minha função não será essa. Minha função agora é te guiar ao mundo das fadas. Lá você aprenderá o sentido de Criar Mundos. Sua proteção será garantida por mim, afinal os Zé Gotinhas Azuis Derrubados ainda estão à sua procura. É minha amiga, os tempos de fuga acabaram, pois estou contigo. E não se preocupe com Marmo, ele tem a aventura dele agora: que é se aventurar na procura por você. Você, também, agora, tem sua aventura: que é fugir de Marmo e, claro, se tornar a melhor Criadora que existiu em todo universo.

- Como assim?!

- É isso que você ouviu. Infelizmente, tem coisas que o universo não explica. E se algum dia ele explicar, talvez não tenhamos capacidade de entender. Por exemplo, o intuito dessas paradas, como eu disse, é fazer todos pararem. Porém, existirão pessoas, você é uma delas, que me farão acreditar que meu intuito era outro qualquer e que, provavelmente, meu verdadeiro objeito era sempre estar esperando por você. Então me pergunto: era pra eu ficar entendiando e aborrencendo quem passasse por aqui enquanto esperava por você, ou simplesmente eu teria que ter feito tudo isso para perceber que você é diferente de todos os outros que passaram por aqui? São questões como essa que torna vida um pouco complicada e ao mesmo tempo admirável de ser vivida. Tudo bem, eu sou apenas um guaxinim falante de posse de uma katana, mas mesmo assim, tudo é tão aplicável.

- Ah, estou acostumada com coisas desse tipo. E fico muito grata de você ter visto algo em mim. Mas será que eu sou tudo isso que você diz que eu sou? Ou você quer que eu seja esse alguém que você está pensando que eu possa ser? Eu só vim aqui em busca de um fusca vermelho e quem sabe de uma conversa curta com alguma fada perdida... As coisas perderam um pouco do rumo que deveriam estar. Para começar não consigo falar mais na segunda pessoa do singular. Depois eu e Marmo se separamos. Depois estou num lugar que só tem uma... uma... uma parada de ônibus no meio do nada? Que coisa louca. Eu sei. Eu gosto de coisas que estão fora do lugar e que são sem sentido. Muitas vezes, são com essas coisas que me sinto sentindo o verdadeiro sentido de uma vida plena. Mas, não é só dessas coisas que quero viver...

- Você é legal, Bulba. Porém, falta muita coisa para sua grande conquista. E é nela que temos que nos focar agora. Cada passo. Passo a passo. Devemos sempre seguir pensando em como Criar os mais fantásticos mundos. Então, como vamos sair daqui?

- Como assim “vamos sair daqui?”. Você que tem a chave para esse problema, afinal esse aqui não é seu departamento. Eu não quero saber de conquistas nem de nada. Quero apenas seguir minha vida conforme minhas escolhas e meus sonhos.

- Esse tempo já passou, meu bem. Eu já lhe disse, oras. Os Criadores não estão bem na fita ultimamente. E quem me colocou aqui disse que você saberia como sair. E disse também, que enquanto isso, eu utilizasse dos meus meios para te encontrar. Aborreci, entendiei, pronto. Fiz tudo que tinha de ser feito. No mais, sou apenas uma agente de uma força maior que está no comando. Digamos que eu sou apenas o seu pequeno manual de instrução. Um manual de instrução valente, guerreiro, e, charmoso, é claro.

- Você só pode está de brincadeira com a minha cara...

- Antes fosse. Digo-lhe o mesmo. Eu Avehós Madariaga, jamais, jamais, brinco em serviço!

- Agora arrumei.

Bem, foi mais ou menos assim que comecei minha aventura em busca dos meus sonhos. Longe de Marmo. Mas eu sei que vou encontrá-lo novamente em algum lugar desse universo maluco que nos meti. É uma pena, mas parece que só somos capazes de crescer longe de quem queremos bem. É uma droga isso. Marmo, onde você estiver... lembra de mim... tá? 

- E... começou a chover...

- Ótimo, começou a chover... só faltava isso nesse lugar... acho que depois de muito tempo... eu agora vou chorar... 

Prentice Geovanni

sábado, 24 de dezembro de 2011

Algo Por Você.

Ouça seu Coração.
O natal e o ano novo se aproximam. E, como os clichês ditam, é tempo de pensar e refletir para que possamos construir um futuro melhor. Certo? Eu concordo com isso. Porém, devemos atuar sempre como pensadores e discernidores. Não se faz necessário uma época natalina e mensagens usadas pra vender mais coisas que você nem sempre precisa para que possamos enxergar um modo de melhorarmos como seres humanos. Acredito que podemos nos criticar a cada dia. E você? Concorda?

Pense um pouco sobre isso! E que a partir de hoje, a partir desse momento, enquanto lemos e eu escrevo, nós sejamos melhores que o que fomos. Não melhores porque podemos vencer uma maratona de nível internacional. Falo de sermos melhores porque podemos e temos capacidade de admitir que podemos errar, somos humanos, e também por isso temos idoneidade de fazermos algo em relação a isso. Não podemos voltar no tempo e fazer tudo da  maneira tal a qual consideramos perfeita. Qual seria graça em não errar? Seria bom por não quebrarmos a cabeça pensando no que poderíamos ter feito ou não? Não seríamos melhores em nada assim. Só saberíamos o que fazer em momentos que já conhecemos.

Faça, erre, pense, peça perdão, perdoe, erre novamente, mas sempre procure fazer melhor da próxima vez. Seja humano! Ouça seu coração também. Não que ele fale em código morsa ou algo parecido, mas procure ser um pouco poético, assim poderá entendê-lo. Todo mundo tem um lado poeta em si, e assim como erramos, também podemos e devemos aprender uma lição advinda deste erro.

Cada momento é importante, mesmo que naquele instante pareça o pior pra nós. Seja à curto, médio ou longo prazo, podemos aprender algo útil com o que ocorre de bom ou ruim ao nosso redor. Faça suas metas agora. Comece a correr atrás dos seus objetivos e não pare nem mesmo quando alcançá-los. Renove-os, refaça-os se não forem tão bons agora quanto eram antes. Só não fique parado! Faça cada dia um novo dia feliz! Não batalhe por apenas um dia feliz nesse ano novo. Seja ganancioso! Faça algo por você: seja feliz pelo resto da sua vida! Então, feliz natal, feliz ano novo e feliz vida nova!

Igor Nathan

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Sobre Um Pouco de Babosas.


Era uma vez uma babosa jogada no monte de lixo, perto de um cemitério, com as raízes para cima. Era feia. Ou melhor, estava feia. Talvez já estivesse morta e sem esperanças para viver de novo seus tempos de babosa verde e cheia de vida. Quem fez aquilo: arranca-la de onde estava plantada e jogá-la num lixão, ninguém jamais saberá. Porém, ninguém também saberá como e qual o porquê de uma pessoa, ao passar por ali, pegar aquela babosa, toda feia, morrendo no canteiro de um cemitério, em volta do lixo e trazê-la consigo, para sua casa. Provalvemente, houve alguma transferência de sentimentos humanos para uma simples e maltrada planta, ora, essa pessoa poderia ter sido tocada por um sentimento de abandono ao ver aquela pequena babosa do jeito que estava, não acham?

Vendo-a naquele estado, pego-a por uma de suas ramificações, colocou um pouco de fé em pensar que a moribunda verde poderia viver, e foi em frente para sua casa. Carregando a miserável de um fim triste e tenebroso. Chegando lá, procurou um vaso vagabundo, um pouco de terra que havia sobrado de algum lugar, um tanto de água da torneira na pia quebrada e pronto. Estava feito o jarro da babosa. Estava feita a sua casa. Estava feita sua nova moradia.

E foi com o passar de alguns dias que a babosa começou a perceber que estava viva novamente. Raí­zes bem estabelecidas, água e sol para sua fotossí­ntese, parece que realmente outra chance lhe foi dada. Como deveria estar agradecida por ter sido salva, como poderia retribuir o favor de ter sido plantada outra vez? E mais, como poderia pensar uma coisa dessas sendo uma simples sobrevivente plantinha?

E foi quando estava pensando justamente nisso que ela foi vista por aquele garoto. Ele olhou para ela de cima, mostrando aquele ar de superiodade e se perguntando "quem colocou essa babosa na minha porta?". De início a pobrezinha ficou com medo de não ser aceita, afinal, era nova naquele lugar e não queria ser interpretada como uma visitante inesperada. Preferia ser vista como nova inquilina, certamente não queria confusão. Afinal, sabia que outras plantas já estavam por ali há bem mais tempo que ela. E chegar de supetão assim, não fazia seu estilo. Porém, apesar dela não ter culpa de ter sido colocada ali, sabia que aquele seria seu novo lar: em frente ao apê daquele garoto que a olhou de um modo indiferente. Surpreso, todavia, indiferente.

Com o passar do tempo a babosa começou a ver como era a vida do seu vizinho. Tinha dia que ele chegava feliz, tinha dia que ele chegava triste, tinha dia que ele não chegava. Reciprocamente, ele também começou a ver a sua vida: sempre paradona, esperando por um pouco de água, que nunca vinha da parte dele. Era uma vida monótona, mas era melhor essa vida do que acabar muchando num lixo, ao lado de um cemitério. Pelo menos existia um garoto para tirar um pouco de sua casmurrice de planta. Como será que ele chegará hoje? Acompanhado? Sozinho? Com raiva? Será que o dia dele foi bom? Hum... como ele estar feliz em falar com essa pessoa, quem será?

Foram três anos de convivência. Nenhuma troca de palavras. Ela, a babosa, até entendia. Não queria que seu vizinho fosse chamado de "o maluco que falava com plantas". Não, isso não. Há certas coisas e momentos que é melhor mantermos distância e torcer para que tudo fique bem. Ele não tem culpa por não saber o quanto ele era especial para ela. A vida tem disso: lutas que devem ser lutadas e lutas que se resolvem por si só. Essa era uma delas. Não adianta aceitar, também não adianta negar. O que importa é o tempo que passaram juntos, mesmo que o lugar não fosse dos melhores.

No mais, foi num novembro qualquer que ele disse suas primeiras palavras para ela: Adeus e obrigado pela companhia. Se cuide. Eu te percebi assim que te vi, apesar disso não muda o fato que estou indo embora. Pelo menos servirá de consolo que você ajudou alguém. Obrigado também por me salvar.


Prentice Geovanni