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quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

O Mundo Ócio.

Desde já gostaria primeiramente de deixar nesta primeira, e talvez última postagem os meus contínuos agradecimentos aos grandes amigos que fiz por esta estrada – vida. Em especial agradeço a um o qual não farei menção a seu nome, embora grande parte dos leitores ou senão todos saberão de quem faço referência.

Bem nobre amigo - sem bajulações – quando fui até sua casa, e me mostrasse o Blog fazendo também a proposta da qual se tratava do meu engajamento ao mesmo refleti com paciência. Até o presente momento não lhe havia te dado um retorno, então amigo urso, não posso ficar enviando algo com a frequência combinada, no entanto, uma vez outra, esporadicamente, posso presentear este interessantíssimo blog - refúgio dos fujões – com pequenos textos reflexivos, pois acredito nesta como a base para todo e qualquer pensamento a respeito do mundo real. Juntamente com tudo que este dispõe – seres racionais ou irracionais, coisas animadas e inanimadas –  o mundo “irreal”, ou seja, o universo das ideias, das indagações, das quais não parecem nunca terem uma resposta, poderemos sempre pensar sobre tudo.

É justamente isto o fato de levantarmos todos os dias, estando dispostos ou não, participando desta vivência, seja só, pelo um caso em específico, ou ainda, intensamente pelo convívio com o outro, as perguntas permeiam os nossos trajetos aonde, muitas vezes, param à nossa caminhada e nos põem em outra direção, essas perguntas, é claro, sendo em sua maioria pessoais. Porém, a maioria dos seres humanos perpassa por isso de uma maneira pragmática, ou seja, vivem e seguem suas rotinas de forma prática. Inclusive este modo de viver é, exatamente, o predominante já há muito tempo. 

Exponho esta questão devido às pessoas esquecerem do pensar em si mesmo, isto é, daquele ser humano o qual consegue usar seu ato reflexivo com intuito de obter o seu amadurecimento intelectual – pelo menos creio que esse seja o principal fator - pensando não em um fim prático. Por exemplo, um determinado cidadão perde um ente querido, em seguida, a partir disso, ele começa a refletir sobre o que venha ser a morte. Nesta pontuação anterior me valho de um causo como meio de fixação, do qual minha pessoa e este meu peludo colega, referido no início deste texto, viveu para demonstrar. Como você leitor irá concordar que este tipo de indivíduo não participa no momento de sua reflexão do atual mundo-prático, o do pensar sempre com a finalidade para um bem estar, uma melhoria, seja para um, ou toda uma sociedade.

Quero deixar claro minha exposição acerca disso, posto que não faço nenhum desprezo, ou mesmo não aceite o globo assim, até porque sempre é bom a cada dia vivermos melhor, seja por um aparato técnico inventado por alguém ou não, contudo, a minha preocupação é pelo esquecimento, e boa parte das vezes, pelo o menosprezo dos indivíduos em relação a esses seres pensantes, andarilhos, assim como, eu e você, leitor, que anda sob o mesmo céu.

*****

Lá pelas tantas horas da noite sentado na calçada do correio eu e este meu ilustre amigo proseávamos sobre assuntos envolvendo mulheres, quando de repente aparece um bêbado e diz a seguinte frase: “mulher é que nem esterco de burro nem sobe nem desce”. Depois, eu pensei e disse: “esse daí teve uma grande decepção amorosa”. Evidentemente, caímos na risada pelo resto da noite, ríamos tanto pela geniosa citação do dito cujo, como também, da piadinha soltada por mim, depois do cambaleante ser sair da nossa presença. Este causo foi adaptado pela razão de ter acontecido há alguns anos, portanto não me recordo com riqueza de detalhes do ocorrido.

Para aquele cidadão, e muitos de nós, temos esta infeliz ideia, de que a sua ação “é que nem esterco de burro nem sobe nem desce”, simplesmente por não haver beneficio. Esse é um valioso ponto a ser discutido cujo me debruçarei nele em outra oportunidade, porém para nossa discussão cabe pensarmos no porquê desse modo de pensar, ou seja, ideias preconcebidas ou preconceituosas de fatos, coisas, pessoas entre outras.

Será que não seria melhor sempre que possível ponderarmos os nossos julgamentos - no sentido de pensamento - frente ao universo e a tudo que nele abarca?

Destarte, envolvi todos vocês nesse assunto, visto que é isso, os filósofos fazem e ganham a vida dessa maneira – só pensando. Em muitos momentos estamos diante de discussões sem fim como é o caso das questões metafísicas, isto é, para além deste mundo físico, por exemplo, a morte, a alma, a infinitude, o nada, e uma delas tomo por mais intrigante e emocionante de pensar é a questão: Deus. Felizmente, O mundo do ócio ainda existe para alguns.


João Paulo


Um comentário:

  1. Muito obrigado pelas palavras destinada a minha pessoa meu Caro Amigo. E que não sejamos egoístas de só pensarmos em nós mesmos. Saiba que seu texto é muito reflexivo e cheio de pensamentos interessantes, adorei esse seu toque nas diversas concepções sobre tudo.

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