Páginas

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Capítulo 3 - Sweet Talk.

"Now hold on
I'm not looking for sweet talk
I'm looking for time" 

Voando na nossa Sopwith Camel.

- O mundo, o universo são regidos pelas coisas boas, ou seja, pelo bem. Em tudo há o toque divino. Acredito, como Santa Claus, que nosso propósito final sempre será fazer o bem, mesmo que tenhamos uma visão distorcida de como fazer isso. As pessoas, as atitudes, as escolhas, tudo que surgir em nosso lampejo de vida, deverá seguir o rumo de que evoluiremos como indivíduos bons. Tudo que nos for acrescentado, desde a mais ínfima besteira cotidiana, servirá para exercemos o bem futuramente. E é dessa maneira que interligamos o presente ao futuro. Essa interligação, em se preocupar com o hoje pensando no amanhã, é o que eu costumo chamar como o: Toque da Divina Graça. É com ele que podemos fortalecer nosso Eu, nossos julgamentos, nossas escolhas e, por fim, nossas forças de encarar os obstáculos colocados por algo chamado: destino. Infelizmente, poucos enxergam isso. Inclusive vocês dois, Vick e Pps.

- Nada haver... - responderam baixinho para si mesmo, os dois, sem saber que pensaram na mesma resposta. - eu tento fazer o bem por aí, sim.

- Fazer é uma coisa, enxergar é outra. Muitos acham que a prática cega, sem o conhecimento que sustente essa mesma prática, seja a melhor maneira de encarar a vida. Quantos não já se perderam em seus caminhos pensando estar preparados para encarar, o que chamam por esse mundo de meu Deus, de problemas? Por isso, é importante uma base, sabiam? Uma base bem fundamentada. Cheia de pilares chamados: perseverança, humildade, reconhecimento dos nossos erros, pessoas que gostamos, conhecimentos adquiridos através de muito esforço e dedicação e, claro, tudo isso sedimentado pelo Toque da Divina Graça. Além dessa base, é preciso aprender a enxergar. Enxergar o problema, enxergar a vida, daí poderemos encontras as soluções à nossa volta. Estão acompanhando?

- Sim. - aceitou Pps.

- Não. - falou Vick.

- O que você não entende, meu bem? - Santa Claus, todo simpático, falou.

- O que isso tem haver comigo? Não vi explicação nenhuma para o que está acontecendo em minha vida? De repente, sem nenhum motivo, sou culpada por algo que eu não fiz: ter arruinado o natal. Você, sim, você! Apareceu do nada, todo suado, sujo, e, o pior de tudo, todo malucão, veio até mim como se toda desgraça por o natal não acontecer fosse minha! E o mais estranho é que estamos em Outubro! OU-TU-BRO! Além do mais, o que estamos fazendo nesses converses do mundo?

- … Você ainda não está enxergando? - falou Pps, meio sério.

- Enxergando o quê!? - gritou Vick.

As pessoas mudam. Inclusive os Santa Claus doidões. - disse Pps olhando para o outro lado da rua movimentada e cheia de transeutes.

- … Ok. Certo. E as outras questões? Como ficam? E, vejam que eu nem coloquei aquelas três coisas que sabem meu nome... - disse Vick meio que resmungando e chateada.

- Posso falar? - disse o Papai Noel calmamente, ignorando o que Vick tinha falado sobre as três coisa.

- Todo tempo. - falou Pps.

- Já era pra te começado. -falou Vick.

- Hum... Não sei por onde começar. Rá! - começou a rir o Santa Claus.

- Pps me segura, eu vou pegar esse velho maluco de barba ruiva e dá-lhe uns bons tapas e beslicões! - furiosa e cheia de razão avançou Vick para cima do Papai Noel.

Porém, antes disso acontecer, Pps fez uma pergunta que mudou o percurso de toda a história dele e de Vick.Flowers. Pois é, às vezes a pergunta certa, na hora certa, no momento preciso, por conjunção estelar mesmo, é mais do que bem vinda. Aliás, uma pergunta, é bem acolhida para mudar o que seria uma coisa, tornando-a em outra. Enfim, que venha a pergunta de Pps:

- Qual é o seu nome? - perguntou curioso, nosso querido Pps.

- HEIN!? Agora vai apanhar você e ele! - surtou Vick.

- Por quê?! - com vontande de chorar, já aceitando a sua surra, Pps falou.

- É por quê!? - o Papai Noel já com medo também e aceitando sua condição de surrado.

- Estão me fazendo perder tempo! My family já deve estar aos prantos, gente... - com os olhos cheios d'água, ela falou para os dois.

- Ah! Quanto a isso nem se preocupe. Estamos atemporais. - falou com o sorriso no rosto o Santa Claus e dando um jóia com sua mão direita para nossa preocupada protagonista.

- Pronto. - disse Vick.

- Pronto, o quê? - perguntaram os dois: Pps e Santa.

- Pronto. Enloqueci mais ainda! - concluiu Vick.

- Não sei o por quê de você sempre ficar assim. Já estou tão acostumado, que nada mais que possa aparecer irá me surpreender. - falou o cético Pps.

- Bem, meu nome é Sentimental. - disse o Papai Noel, meio que interrompendo os dois.

- COMO É? - falou Pps, todo surpreso.

- Ah... por isso você muda tão rápido a maneira como encara as coisas e, com qualquer coisinha que mude seu mundinho, você fica todo abalado. Isso explica sua raiva comigo, quando eu ia chegando em casa. - disse Vick, toda cheia de conclusões.

- Na verdade. Isso não explica nada. E saiba a senhorita que eu não mudo meu temperamento por qualquer “besteira”. Você acabou com o natal e se isso é uma “coisinha que abale meu mundinho”, sim, “essa coisinha” abala mesmo. - disse Sentimental, porém, meu receoso de magoar Vick.

- Valha, desculpe, coisa ignorante! Você não explica o que tudo isso significa... aí fico confusa. - disse Vick.

E Sentimental, o Santa Claus, explicou.

- Antes de mais nada, deixe-me dizer a vocês dois: eu viajo no tempo. Pois é, eu também fiz essa cara assustada e ao mesmo tempo de desdenho quando eu descobri isso. E o mais engraçado essa é uma herança passada de Santa Claus para Santa Claus. Só que, eu também descobri, que essa herança só surge quando algo muito ruim aconteceu ou acontecerá. Francamente eu não sabia que os Papais Noéis tinham a capacidade de mudar as coisas à favor de que o natal sempre aconteça.

- Como você sabe disso? - interrompeu Pps, já totalmente já familiarizado com o papo maluco.

- Ah, isso foi fácil, álias, foi até bastan categórico, pois, a herança, vinha com manual de instruões. - respondeu Sentimental.

- Bem simplista mesmo. - concluiu Pps.

- Continue, Sentimental. Já nem ligo mais com essas maluquices. Afinal, chega uma hora na vida que só devemos aceitar. Aceitar que estamos ferrada, aceitar que estamos cercada por um bando de malucos, aceitar que estamos aceitos nesse mundo very crazy. - aceitou Vick.

- Vejo que alguém está amadurecendo... - sorriu Sentimental para o lado dela, querendo arrancar alguma simpatia de Vick.

- Ou elouquecendo. - rebateu Vick. - mas continue.

E o Santa Claus continuou.

- A herança de início me pareceu complexa. Eu não sabia como viajar através do espaço-tempo. Foi aí que fiz uns testes... e vocês sabem como é, né? Testes, coisa e tal, e tal e coisas... aí, … aí acabamos por parar aqui na França, rá! Pelos arredores da Torre Eiffel. Vocês não acham Paris encatadora? - falou Sentimental, já se preparando para a surra.

- Foi o que eu falei pra Vick. Mas ela não tá nem aí pra essas coisas. Essas coisas de curtir o momento. - falou Pps.

- Mas, como eu acabei com natal... - Vick falou, aceitando sua entrada naquele mundo maluco e nem dando cabimento às palavras de Pps.

- Você não criou uma estrela. Foi por causa disso. - falou Sentimental, olhando meio triste para Pps.


- Como assim eu não criei uma estrela? -falou Vick.

- Não sei dos detalhes. Mas você tem essa capacidade. Por isso estou aqui. Para despertar em você algo que você esqueceu: o poder da criação estelar. - disse Sentimental.

- … Acho que isso é demais para mim. O que tem haver uma estrela com o Natal? - Vick falou.

- Para que haja alguma coisa, ou seja, para que um fato ocorra é necessário que se faça conhecimento desse fato, não é? Se o menino Jesus nascer e não houver uma estrela do oriente que guie os Três Reis Magosui até ele, o natal jamais irá acontecer. Certamente, a melhor maneira de encarar isso é de pensar que somos anjos da guarda natalinos. E é por isso, Vick.Flowers, que nós estamos aqui: para encontrar a arte de se fazer estrelas, para que assim, você possa ser capaz de criar a estrela mais luminosa e mais importante da história cristã. Por isso, precisamos de toda ajuda necessária e do Toque da Divina Graça para fazer isso. - falou Sentimental todo sério e cheio de si.

- … - calada Vick ficou. Pensando no que tinha acabado de ouvir.

- Eu tenho muitos amigos por aí. Já é de grande ajuda. Eu acho. - disse Pps com um ar de quem nunca se encontra desaparado. - Que tal um abraço agora, Vick?

- Claro que não, idiota. Me deixa. - falou Vick.

- Vixi... Um dia você vai me abraçar, hunf! - falou indignado Pps.

- Ei, vamos para de briga. - falou Sentimental. - O fato é: eu estou aqui porque aprendi a usar a herança.

- Certo. Então? Vamos pra onde? Jerusalém? Ano zero da era cristã? - falou Pps todo empolgado.

- Na verdade... vamos para Noruega. Temos que pegar uns “equipamentos” por lá. - disse Sentimental meio preocupado em acabar com as perspectivas de Pps.

- Noruega?! Agora quem vai surtar sou eu... Vick, tem lugar para mais um doido aí do teu lado? - falou Pps.

- Me deixe em paz. - falou Vick, sem dar muita importância a Pps.

- Que que você tem? Estou começando a ficar preocupado contigo, ó garota do pijama surrado mais sexy que já conheci! - tentou brincar Pps.

- Sai Pps, é sério. Não estou com a mínima vontade de te aturar agora. Se toque. -falou Vick.

- Certo... - consentiu Pps.

E o Santa Claus voltou a falar.

- Bem, está aqui a herança! - falou Sentimental enquanto mostrava um Snoopy de pelúcia em miniatura do tamanho de sua mão aproximadademte.

- ? - Pps e Vick não entenderam nada.

- Essa é a herança, o dispositivo, para viajar por aí, para qualquer lugar, para qualquer tempo.

- Esse Snoopy de pelúcia? Ai, que fofo! - falou Vick.

- Costumo chamá-lo de: Elemento Fantástico. Foi assim que descobri como viajar pelos os mais fantásticos lugares. Só é dizer “Elemento Fantástico” e pensar para onde se quer ir. Os saltos quânticos, às ordens de grandezas, a constante de Planck, farão o resto. Tudo isso é palpável por aqui. Massa, né? - Sentimental todo empolgado falou.

- Isso é o que nos vai dar suporte para salvar o natal? - perguntou Pps.

- Sim. Admiro muito a física como um todo. Desde galileu à Einstein. - Respondeu Sentimental.

- Tem certeza que isso nos leva para qualquer lugar? - perguntou Vick.

- Claro. - mais confiante falou o Papai Noel.

- Eu acho que não. - disse Pps.

- Nem eu. - disse Vick.

- Ai, ai, tanto que eu falei das coisas boas para vocês... os pilares, o enxergar, o Toque da Divina Graça... pensei que tinha escolhido vocês como as pessoas certas.

- Sentimental... - falou Vick.

- Oi, minha cara. - falou Sentimental.

- Por que sou eu que tenho que criar uma estrela? - perguntou Vick.

- Deixar eu te perguntar outra coisa: e por que não você?

- É. Por que não você? Eu voto pelo sim. Tem que ser elaaaa! - falou Pps.

- Pps. - falou Vick.

- Oi, ó minha criadora de estelar! - falou Pps.

- Se prepare para a maior surra de sua vida! - falou Vick estralando os dedos.

- Pois bem, vamos para à Noruega! - falou o Papai Noel.

E foi então que eles reapareceram também.

- podemos participar também dessa doce conversa que vocês estão tendo. Acho que está na hora de agirmos e acabar de uma vez com vocês três. - falou o criador dos sonhos.

- pois é. - falou o criador das estrelas.

- … - disse alguma coisa o Spaceman?

- Quem são eles? - perguntou Sentimental.

- Eu pensei que você soubesse?! -gritou Vick.

- Estou os vendo agora! - preocupou-se Sentimental.

- Droga... a rua ficou deserta... e eu não percebi. - disse Pps.

- E o que tem isso? - perguntou Sentimental.

- Não sei, mas eles só aparecem quando existe poucas pessoas. Acho que eles não gostam de multidões... - falou Pps.

- correto, caro... como é mesmo seu nome? - falou o criador das estrelas.

- Pps! Eu já disse! - inconformado falou Pps.

- ah, é mesmo. Entretanto isso não importa agora. Vamos matar todos os três. -falou o criador dos sonhos.

- Por quê? Estou com medo... - disse Vick quase chorando.

- e precisa de motivo? - falou o criador dos sonhos apontando sua arma em direção à Vick, Pps e Noel.

Pode parecer que nossos Contos Natalinos estejam perto do seu fim. Porém, essa não é uma história em que seus personagens morrem praticamente no início da aventura. E foi pensando nisso, em dar continuidade à história, que ele apareceu.

- acho melhor vocês mudarem os alvos. - falou o alguém desconhecido.

- hum? - se espantaram os três criadores.

- eu, a partir de agora, me encarrego de proteger esses três e ajudá-los a fazer o que bem entenderem. Ou eu não me chamo Mr. Brightside! Deixe-me derrotá-los senhores, que já voaremos na nossa Sopwith Camel de quatro lugares! - falou Mr. Brightside para nossos herois.

Finalmente alguém apareceu para lutar contra os criadores. Vai Mr. Brightside!

Prentice Geovanni

Nenhum comentário:

Postar um comentário