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sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Capítulo 1 - Don't Shoot Me, Santa.

The sun is going down and Christmas is near.
Não foi à toa que Vick.Flowers estava deitada naquele lugar escutado The killers, uma de suas bandas favoritas. Pode-se pensar que é mais uma daquelas histórias malucas, mas não o é. 

Entretanto, antes de presumirmos qualquer coisa, e de chegarmos ao lugar em que ela se encontra agora, escutando de cara para cima sua canções, saibamos de um fato importantíssimo que mudou sua vida para sempre, ou pelo menos até o próximo programa de amor e sexo, na quinta-feira à noite: há algumas horas um Papai Noel maluco começou a persegui-la do nada. Ela vinha numa rua, pela manhã, chegando de uma balada provavelmente, e se deparou com aquela figura estranha na sua frente a encarar-lhe com os olhos de poucos amigos. O Santa Claus todo suado e sujo, com um gorro na mão, mostrando sua mechas ruivas, estava bravo por alguma razão que a nossa querida protagonista não tinha a menor ideia do porquê. Foi aí que ele gritou: 

 - É você! 

 - Eu o quê? - Vick respondeu baixinho, já com medo. 

 - A responsável por tudo que eu estou passando. Se não fosse por você, as crianças do mundo inteiro estariam agora recebendo seus preciosos presentes de natal.

 - Mas nem é natal, estamos em outubro. - replicou Vick, e ao mesmo tempo pensando porque discutia, logo a uma hora daquela, com um louco vestido de vermelho. Estava cansada e indisposta para tal situação.

 - Cuide de seus problemas, que eu cuido dos meus. Que já são muitos por sinal... Ai, ai. - respondeu o bondoso velhinho, ou melhor, a figura estranha vermelha. 

 - Tá bom. Até mais. - disse Vick, ao enrolar a esquina mais próxima, para assim, chegar em casa e se afastar dele o quanto antes. 

 - Eiiiiiii... Volte aqui! Não vai sair barato o que você fez sua sem coração! - Brandou o Papai Noel com os olhos cheios d'água. - Eles virão atrás de você. Aí sim que eu quero ver se você vai fugir. Sua... sua... hum... Boba! 

 Qualquer pessoa normal entraria porta adentro de sua moradia e só saíria com alguém capaz de a proteger, ou em circunstâncias maiores, se já tivesse chamado a polícia, ou melhor, se esta já se encontrasse ali no local. E, em se tratando de Vick, até aquela manhã, pode-se dizer que ela era uma pessoal normal. Ora, até aquela manhã não havia sentimento de culpa por natais perdidos e nem crianças e Papais Noeis chorões. Dito isso, já sabemos o que se passou.

Vick entrou. 

Vick foi para seu quarto. 

Vick se deitou na sua cama. 

Vick estava dormindo.

Vick estava sonhando. 

Vick estava acordando. 

Vick estava abrindo os olhos. 

Vick estava gritando a ponto de chorar: Ahhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh! Onde está minha casa?! Por que minha cama está aqui, no meio da rua, diante da Torre Eiffel? Se é que isto é a Torre Eiffeil, é a Torre Eiffeil? 

Ainda bem que naquele dia, antes de chegar em casa ela só resolveu vestir um pijaminha surrado, nada de babydool após baladas e curtições. Pijama é mais aconchegante para quem se encontra cansando. E ainda bem que ainda bem, que ela estava vestindo seu pijama mais atraente e sensual, e claro, surrado também, pois foi somente assim que alguém, um transeunte qualquer, que estava pelas redondezas se aproximou dela. 

 E foi assim, então, que ele apareceu na vida dela.

- Bonita cama para uma garota Bonita. Você vem sempre aqui, com cama e tudo? Estou tão cansando... Posso me deitar com você? Parece tão quentinho aí com essas cobertas fofinhas... 

 - TÁ LOUCO! Claro que não. 

 - Então vou ficar pelo menos nos pés da cama, aqui embaixo, ao seu lado. 

 - Por quê? 

 - Porque assim como você, eu acho que estraguei o natal. O Papai Noel maluco apareceu atrás de mim também. 

 - Pronto.

- Pronto, o quê?

- Pronto, endoidei de vez. 

 - Calma. Eu já estou, de certo modo, mais vivido que você nessa vida de perseguições "noel-lescas". Agora que temos um ao outro, pelo menos podemos encontrar uma resposta para alguma coisa. Como é que um Papai Noel aparece em pleno mês de Outubro colocando uma culpa na gente? 

 - Ta aí, foi justamente o que eu falei! "É outubro, é outubro!" Mas ele nem pra mim ouvir! Olha, eu só quero uma coisa: minha vida de volta! Minhas baladas de volta! Minhas praias de volta! Quero minha casa, minha família, minha galera e meu cachorro Fufi de volta!

 - Caramba! 

 - Quê? 

 - Como você grita. 

 - Eu vou te baterrrrr! 

 - Calma. Wait, wait, wait... ou seja, espere um pouco, por enquanto eu apenas posso te fazer uma coisa.  

- Me levar de volta pra casa? 

 - Na verdade não. Porém, posso te dar um gostoso abraço. E depois disso, podemos começar a procurar o caminho de volta pra nossas vidas de antes.

- Do que adiantaria um abraço agora? 

 - Ah, você é bonita, está numa cama de frente pra Torre Eiffel... diga-me se existe alguma situação mais romântica e desbravadora do que esta em que nos encontramos: cama, Paris, bosques, casal - eu e você, e essa manhã ensolarada? Além do mais, você é bastante sexy nesse pijaminha surrado. Certamente, um abraço agora despertaria um clima legal entre a gente. 

 - Por que eu ainda pergunto, meu Deus. É claro que eu não vou te abraçar. Idiota. 

 - ... 

 - E se calou? 

 - Shii... silêncio! Eles estão aqui. 

Prentice Geovanni

2 comentários:

  1. São doze capítulos. Dedicados com muita imaginação, aventuras e mistérios.

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  2. Nossa... Ficou meio estranho, sem noção, mas tá ficando muito bom!!
    *------* Eu gostei muito, PP Safadão!

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