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terça-feira, 13 de setembro de 2011

Capítulo 2 - Spaceman.

Mas, a vida tem disso, de nos levar para dentro de problemas. 
"The star maker says it ain't so bad
The dream maker's gonna make you mad
The spaceman says: Everybody look down
It's all in your mind."


 
No príncipio eram dois criadores e um Homem do Espaço. Tinha-se o criador das estrelas e este, como o próprio nome diz, tinha a capacidade de criar estrelas. Tinha-se também, o criador dos sonhos, este possuía o poder de fazer os mais diversos sonhos se tornarem realidade, ou pesadelo. E, por fim, tinha-se o Homem do Espaço. Bem, ninguém sabia exatamente qual era sua especialidade, mas, dizia-se por aí, que era melhor manter-se longe dele o máximo que puder. Especulava-se até que seria melhor nem saber de sua existência. Talvez seja por isso que poucos saibam a respeito dele.


- Bom dia, Vick e... - falou o criador das estrelas.


- Pps.


- Que seja. - mostrou-se desinteressado o criador.


- Seu nome é Pps? - Perguntou Vick pensando em "Ah, fala sério que esse é mesmo seu nome."


- Você não gostou? - Respondeu Pps pensando "Ela vai adorar meu nome!"


- É estranho... - Vick depois percebendo que falou alto demais...


- Pois é... - Pps já meio sem graça e evitando olhar agora para a garota vestida com o pijaminha surrado sentada na sua cama bem fofinha.


- Acho que vocês dois deveriam se preocupar nesse momento com questões mais importantes, como por exemplo, fugir da gente. Ou pelo menos, nos perguntar quem somos nós, ou o que queremos, ou ainda, o que vamos fazer com vocês. - falou o criador de sonhos, todo ja entediado com o que se passava.


- Quem são voc...


Mas, antes que Vick fizesse à pergunta, Pps já estava puxando ela e correndo para longe dali. Para longe mesmo. Para longe, muito, muito, longe. Ele mais do que ninguém sabia do que aqueles três juntos eram capazes de fazer com a criação de alguma coisa, com os sonhos, com uma vida. Por vezes, nem sempre, uma trindade quer dizer segurança, pensou Pps.


- Se você sabe do que eles são capazes, por que não se lembram de você? - perguntou Vick.


- eles são esquecidos. Apenas isso. - respondeu seriamente Pps.


- Mas eles sabiam meu nome, Pps! - falou meio preocupada Vick.


- E? - perguntou Pps enquanto procurava um lugar com mais pessoas para assim os três seres não chegarem próximos deles dois. Ele sabia que coisas como aquelas não costumam aparecer em multidões, só para poucas pessoas, e poucas pessoas consideradas, de acordo com Pps, especiais.


- E? E que estou preocupada! Álias, estou alarmada! Primeiro um Santa Claus louco aparece pra mim, depois minha casa some, logo em seguida, estou na Torre Eiffel, daí chega você, sendo perseguido, por essas coisas que sabem meu nome! O que você acha que eu estou sentindo passando por tudo isso?


- Fome?


- Eu te odeio!


- Que nada. Nem tudo gira em torno de você, ó garota que todos sabem o nome.


- Ahhh, se prepare para porrada e beslicões!


Deixemos os dois correndo pela Paris deserta e nos foquemos agora no erro de Pps. Pps estava errado quando disse que nem tudo gira em torno de Vick.Flowers. Felizmente, tudo nesses Contos Natalinos depende das atitudes dela diante dos problemas que irão surgir. Ela, todos sabemos, é capaz de grandes virtudes e de realizar grandes feitos, pois Vick desde muito cedo aprendeu a fazer as escolhas certas, nas horas certas, nos momentos certos, com as pessoas certas.


Aprendeu desde cedo que precisava ter maturidade para as dificuldades da vida, aprendeu que aos poucos, construindo um caminho, poderia chegar a qualquer lugar que desejasse. Percebeu a necessidade de sempre sorrir, nem que seja por um único momento, quando tudo se encontra perdido em meio ao caos. Foi com muita garra que nossa protagonista conseguiu entender a importância de não deixar seu espírito de luta na mão. Foi com muito esforço, com um grande incentivo, com imensas discussões que ela aceitou que nada que valha a pena vem fácil nesse mundo.


E foi com grande destreza e habilidade que ela conseguiu saber a diferença entre escutar e filtrar as palavras escutadas para colocar em seu coração. Sabia quando deveria ceder ou não ao cabimento para com as pessoas que a cercavam. Realmente, Vick, é uma protagonista mais do que capaz para tornar esses Contos Natalinos possíveis de existir.


- Acho que agora está tudo bem, Vick. - disse Pps todo cheio de marcas de 
beliscões e tapas.


- É. Parece que finalmente as pessoas resolveram sair um pouco na rua. E agora?


- Vamos procurar alguma coisa para comer?


- Não estou com fome e não tenho dinheiro algum.


- Tenho amigos por todos os lugares, não se preocupe quanto a isso.


- Hum... você me deve explicações.


- Como assim?


- De onde você conhece aqueles caras? O que são eles? E há quanto tempo vossa pessoa está pelo mundo afora?


- É... eles são apenas os criadores e o Homem do Espaço. São prepotentes, não é?


- criadores? Homem do Espaço?


- É. O criador das estrelas, o dos sonhos e o Homem do Espaço.


- E o que eu tenho haver com eles?


- Nada, oshi. Só porque sabem seu nome, você fica toda incucada. Já lhe falaram que você é uma grande cabeça dura egocêntrica?


- Quer apanhar de novo?


- Nãooo. Por favor...


 - Mas, mesmo assim... sei lá... é muito estranho. Tudo está tão confuso. O que vamos fazer agora?


- Toma.


- Que isso?


- Café da manhã.


- Como você conseguiu?


- Eu num já lhe disse que tenho amigos em todos os lugares dispostos a me ajudar.


- Louco.


- Prefiro acreditar que sou simpático e fácil de fazer amizade.


- Louco.


- Vamos comer.


- Vamos.


Ao sentarem numa rua em que nunca estiveram antes, de uma cidade que nunca pensariam de estar, diante de pessoas que nunca pensariam de ver, Vick e Pps, deixaram-se levar pelo agora, pelo momento, pela situação em que se encontravam, pelo gosto do bom café que estavam tomando. Já era dia e só precisavam encontrar a volta para casa, acharam melhor não dar atenção aos criadores e homens do espaço. Seria melhor apenas buscar o caminho de casa e deixar-se ir a favor da corrente em que foram, os dois, colocados. Afinal, nem tudo na vida precisa de explicações, ora, loucuras acontecem todos os dias, em qualquer lugar do universo. Para que se preocupar com mais uma, como esta dos Contos Natalinos?


Mas, a vida tem disso, de nos levar para dentro de problemas. De nos colocar em testes, de tentar fazer a gente mais forte. E, justamente, quando não há mais o que fazer e o que explicar sempre aparece algo para nos fazer uma surpresinha.


- Bem, já que você tem muitos amigos, você poderia tentar me levar de volta pra casa. - falou Vick, ao terminar sua parte do café da manhã.


- Vou tentar. - falou Pps enquanto olhava para os lados para ver se encontrava algum de seus amigos.


- Olha aí, até que você é legal. Mas, sei lá, eu ainda queria explicações... sobre o que está acontecendo comigo, e claro, com você. - falou Vick, com um jeitinho simpático.


E foi então que ele reapareceu.


- Se é explicação que vocês querem, é explicações que lhes darei. - falou o Papai Noel sentando ao lado deles.


- ÃH! - gritaram juntos, Vick e Pps.

Prentice Geovanni

2 comentários:

  1. OMFG *------------* Esse ficou muito incrível! Você falou tão bem de Vick.Flowers que tô começando a ter inveja dela, essa garota não existe! Ficou muito lindo mesmo, PPS. De novo meio sem noção, mas eu gostei mesmo assim :)

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  2. Eu estou me divertindo muito escrevendo esses Contos Natalinos. E essa garota existe, ela é você, pow.

    Ei, vou ver se coloco um pouco de noçao nisso.

    Té mais.

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