Páginas

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Pescando Luz.

Se cada dia cai

"Se cada dia cai, dentro de cada noite,
há um poço
onde a claridade está presa.

há que sentar-se na beira
do poço da sombra
e pescar luz caída
com paciência."

Pablo Neruda
***

E foi pescando luz que aprendi a aprender a ensinar.

Aceitei. Disse sim ao convite. Precisei dizer. Era a única maneira. Era o único caminho. Não havia opção.

Só escolhas.
Em nunca dizer não.

Não é você que escolhe ser professor, pelo contrário, você que é escolhido para isso.

Para isso de pescar luz debaixo de chuvas, de dias ensolarados, de noites azevedas.

Pescar luz de que afinal? De conhecimento? Nada. Isso vem por si só. De Amor? É o que nos guia, sempre. De que, então?

Pescar luz da pesca em si. Essa é a resposta. Pois não importa (muito, né?) a luz pescada, mas sim o ato de pescar...

continuamente...

Do: professor mais sem futuro.
Para: a aluna mais dedicada.


Prentice Geovanni

quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

não era um leão

não era um leão

o bicho enjaulado não era um leão. era antes disso um arremedo, pantomima do animal que deveria ser, mas não era. o bicho enjaulado era pouca coisa. as patas pesadas e preguiçosas desaprenderam a correr e a mandíbula desamparada se refestelava sem fúria na carne morta de outros bichos desgraçados. o bicho enjaulado não era um leão. a memória antiga do animal pereceu. seu corpo arqueja a sombra de quem poderia ser. o bicho enjaulado não é um leão. e feroz sou eu, a alimentá-lo por trás das grades.

Theo Alves

segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

Estamos nos repetindo?

Quando se aproximam os últimos dias do calendário, é costumeiro vasculhar as memórias e ponderar um pouco acerca das realizações e desapontamentos que os trezentos e poucos dias anteriores trouxeram, e, com isso, ver se, no frigir de ovos, fora ou não um bom ano. Talvez por conta disso, as pessoas se habituem, também, a fazer suas listinhas pontuais de metas para os meses vindouros, procurando, conscientemente ou não, ver o quanto prosperaram em relação a anterior – e com isso nasce um ciclo.

Uns cogitam beber menos, outros pensam em emagrecer, em arranjar um amor, em estudarem mais, enfim – sempre com a ideia de que, com a realização dessas promessas, irá surgir uma pessoa melhor. Ano após ano, o pessoal pula suas sete ondas, faz suas oferendas e escreve (ou mentaliza) ou novo catálogo de “o que eu quero daqui pra frente” ou (para aquelas que esperam a iniciativa do calendário) “o que eu quero que esse novo ano me traga”, e no fim das contas, todo 31 de dezembro traz a conclusão que pouca coisa – ou nada – mudou. E por quê?

É até um pouco pessimista fazer essas observações logo quando os dias antes da virada carecem de sorriso e de boas vibrações para o ano que chegará, mas o caso é que muito pouco se é feito a respeito da mudança, da (aparentemente) pretendida transformação. Os desejos que acompanham essa passagem parecem ser tão somente votos de fé para um novo tempo próspero, uma mensagem bonita que parece ser efetiva apenas na ponta do lápis, durante o balanceamento do que se passou, visto que nunca é posta em prática – pede-se paz, mas a guerra continua; pede-se harmonia, mas o que se vê é desunião; pede-se saúde, mas não se há muito cuidado consigo mesmo, ou com o que está próximo.

Isso soa como uma batida lição de moral, e talvez seja mesmo, já que o réveillon é também o tempo para se fazer as habituais cobranças e alguns básicos puxões de orelha. É o tempo de se fazer o que estamos fazendo agora: dizer coisas que todos já estão cansados de saber, mas que são ditas na esperança de alguma mudança (interna ou externa); fazer promessas pessoais que sabemos que, em grande parte, não serão cumpridas; e anotar pedidos, crentes que o novo ano vai, magicamente, nos atender apenas porque somos bonzinhos e não falamos coisa feia, como uma criança que espera, ávida, um presente do Papai Noel no Natal.

Mas, no fundo, sabemos que vai ser tudo a mesmíssima coisa, com os erros que juramos não repetir, mas que acabamos cometendo, com as realizações que, eventualmente, acontecerão, com a lista incompleta, ainda que, provavelmente, satisfeitos pelo que fora conseguido. E desempenharemos esse papel no fim de 2013, 2014, 2015... sempre na espera de algo melhor – mais uma vez.
Por Júnior S.

sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

Dedicado:

Ao ano mais avesso de todos.

A garota que eu queria, não consegui. Os amigos que jamais imaginará ter, estavam bem ali, ao meu lado, o mais próximo possível, e eu, quase, não percebi.

A melhor aprovação? Não alcancei.

Novos caminhos: muitos. Seguí-los? Nada.

Estranheza, indiferença, mudança, sinceridade... tudo ao avesso.

As incríveis conversas, o maior sertão, as grandes alegrias de compartilhar momentos únicos com pessoas únicas? Valeu. E muito. Poderia ter feito mais? Claro, sempre podemos mais, inclusive a não querer fazer nada.

A luz acesa, o silêncio nortuno, um copo d'água na mesa, cadeiras ao vento e o som da piscina calma... coisas que jamais esquecerei... Qual era o motivo mesmo? Não importa.

O que importa é a felicidade. Dos outros, claro. Pois os certos são os errados e os errados... são só os errados. Coitadinhos dos errados.
Não sabem o que é uma carona, um livro, um show, um sushi, uma guitarra, um chorar numa noite de sinais fechados e mentes abertas. Não sabem o que é receber um belo de um "não", um belo de um sorriso, um belo de um jantar, uma bela noite de uma chuva despedaçada numa praia.

Não sabem o que pegar um ônibus qualquer, numa madrugada qualquer, mas não com pessoas quaisquer.

Não sabem, não saberão. Pois falta escolha, atitude e agraciamento de receber tudo de maneira... avessa?

Tudo que almejei jamais consegui. Um beijo da garota do segundo ano, o olhar de aprovação da pêpa, a carta não respondida de fulana.

A maneira simples de encostar a cabeça no ombro de alguém e chorar como nunca chorei antes.

Logo eu que via os outros como mundos estranhos a serem conhecidos, acabei sendo um completo estranho de mim mesmo.

Com chapéus, com espadas, com espadas, com finalidades... Com ligações não atendidas... Para alguma coisa.

Coisa que se perdeu por aí. Embaixo da cama, numa calçada qualquer, num nascer de um sol de sábado.
***

Natal às avessas. Vida avessa. Tudo ao avesso.

Prentice Geovanni

segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

Feliz Natal, Gente!


Feliz Natal, gente.

Época boa. Época que passamos com quem gostamos e queremos bem. Época em que estamos com nossos amigos e familiares. Época simples, esperada e feliz.

Adoro o natal. Pois o natal representa aquela velha tradição de: praça, amigos, resenhas e boas lembranças. Pessoas que não vejo durante o ano aparecem, pessoas que estão longe, chegam mais perto. Pessoas que nos fazem um bem danado.
Pessoas que fazem a diferença na minha vida.

E espero que para todos os leitores [e não-leitores] seja assim também: tradições, família [a família de cada um] e amigos [bons amigos].

Quero pedir desculpas a todos pelo o "momento paradão" do Refúgio, ok?

Saibam que estamos pensando em novas alternativas de como alcançar nossos objetivos [objetivos esses que não sabemos bem ainda quais são..] e para isso, precisamos pensar, parar e refletir...


Bem, é isso. Feliz a natal pra essa galera refugiada, que tem sonhos, que tem bons pensamentos, que tem tanto potencial. Obrigado, gente. Pelo acompanhar e tudo mais.

***

Papai Noel, Santa Claus, quero agradecer por tudo. Pelos momentos com meus amigos, pela músicas ouvidas, pelas palavras ditas a mim: de força dura, de forma meiga, de forma única.

Obrigado, pelas pessoas que conheci. Pelas pessoas que me dignificaram. Obrigado por colocar boas pessoas no meu caminho.

Obrigado pelas terças-feiras lá em Ana, com Tainá e Alanna. Obrigado pelos show's com bruna. Obrigado pelas lágrimas com Igor. Obrigado pelas comidas com Hand e Gabriel. Obrigado a Jeferson pela pescaria.

Obrigado pelas caronas com Mateus. Obrigado a Maíra pelas boas risadas marcianas.

Obrigado pelos conselhos do dennel e a pontualidade do Antônio. Obrigado pelas surras de simone. Obrigado pela companhia de Adriana.

Obrigado pela saudade de Viviane, Amanda E Randerson. Obrigado pelo apoio de Márcia. Obrigado pela meiguice de Victória. Obrigado a Heldon pelas risadas nos filmes de terror. Obrigado pelas caminhadas com Inajá.

Obrigado pela boa e criticidade de Júnior. Obrigado por aproximar Theo nessa minha casa miúda. Obrigado a Diego Rocha pela colaboração contínua. Obrigado a Hítalo por um chinês desenrolado. Obrigado pela chuva espanhola de gina. Obrigado pelas tardes de video-game em Iran e Daniel. Obrigado pelo carisma de Luziana.

Obrigado por Gabriela, Claúdia, Flávia, Hanna, Rafaela, Bibi, tornarem o harém um lugar mais divertido com seus pastéis. Obrigado a Léo pela visão além do alcance. Obrigado a Katilene e seus cafés. Obrigado a Aldir pelas resenhas de sempre.

Obrigado a todos que contribuiram com seus textos. Obrigado a Artur, Galileu, Daniel, Helem, Aylana, Gonzaga, Daniel, Mikhail e aos outros que sempre estão conosco nas últimas noites de natal dos últimos anos.

Brigado, Santa. E se eu esqueci de alguém... fica meu feliz natal [que não serve de muita coisa, mas é de coração].

No mais Feliz Natal, Refugiados. Tudo de bom pra todos nós.


Prentice Geovanni

sábado, 8 de dezembro de 2012

Falou, Antônio!

Bem. Falemos do Antônio.

Nunca sei quando é o aniversário de Antônio, pois sempre estou em Santa nesse período de minha vida. Só vejo, depois, as comemorações e as resenhas feitas sobre o momento comemorado.

E, por incrível que pareça, sempre nessa época - ciclos e mais ciclos - estou sem computador para escrever algo pra ele nessa data querida.

Fiz diferente. Guardei meus últimos dois contos e usei-os de Lan House para deixar marcado aqui um pouquinho da eternidade desse tão grande amigo cheio de pontualidades, de metas e seriedade.

*Quem é Antônio?

Antônio é aquele cara que quando você precisa dele, ele aparece na hora certa pontualmente.

“Antônio, preciso de você às 19:00 horas, por favor, me ajuda!”

Antônio estará lá às 18:30. Pronto pra qualquer parada. Pronto pra qualquer problema, seja qual for esse problema.

Antônio é isso: Amizade Pontual. Amizade certeira. Amizade concreta. Amizade Hissatsuniana.

Antônio?

Antônio é super-heroi. Pode procurar. Está escrito nas estrelas, nas nossas vidas e no The Facebook.

Antônio é Paladino e Guardião da Espada Sagrada da Arte de Cozinhar.

Antônio?

Antônio é um apreciador de pizza calabresa com chocolate queimado por cima... Ou seria eu? (vocês lembram desse dia?)

Antônio é. É e pronto. É um grande amigo.

*Mas esse Parabéns?

Pois é. Esse Parabéns é pra desejar que alcances suas maiores metas, meu caro, nobre companheiro parlamentar. E que sejam alcançadas com a perfeição que queres, as maiores! Fique sabendo que você é feliz. E será mais ainda do que já é! Lute pelo que desejas! Alcance o que tem de ser alcançado.

Força sempre, meu caro! E nunca tenha medo de ter coragem! Na maioria das vezes é preciso ter. Cê sabe muito bem disso. Assim como eu.

Gosto de você como um irmão, Sabes disso. Aliás, todos gostam de ti como aquele irmão mais sério.

Enfim, no mais é isso.

Falou, Antônio! 


Prentice Geovanni

sábado, 1 de dezembro de 2012

Cara...

Cara, está tudo na paz. Muitas pessoas apareceram por aqui. Ajudando, sabe? No puro sentido de ajudar mesmo.

Hum... Esse ano foi muito legal.

Conheci tanta gente nova, que me moldou, que me fez conhecer meu coração mais um pouco.


********

Tainá: Sem as palavras dela, certamente eu não teria amadurecido um pouquinho. Além do mais, formamos uma boa dupla em fazer "Cupckão" pro Hand. 

Igor: Vishi... Ter me aproximado do bonitão aí valeu cada lágrima, cada resenhas, cada riso.

Ana: As terças-feiras sem vê-la não são terças-feiras... São segundas. 

Alanna: Com ela me tornei um fisioterapeuta muito bom. 

Marcone: Sem a organização dele, acho que eu não teria um plano b. Obrigado, mermão.

Amit: O indiano mais louco. Mandou uma mensagem agora pelo whatsapp. Ele me cobra até demais: "E aí, Dr. Prentice?". 

Simone: A desenhadora de caixões. Pagadora de Tortuguitas - num encontro, mó bacana -, valeu a pena receber alguns caixões desenhados.

Bruna: Bruna, nesse ano, foi minha neblina. Inesquecível. 

Honório: O famoso Professor. Não me esqueci do chapéu que ele prometeu a mim. 

Heldon: Se não fosse por ele, o atividade paranormal 4 seria mais assustador. Com ele do lado, o cara só faz rir do filme (de terror!).

Lili: A melhor jogadora iniciante de poker. 

Márcia: As quartas chinesas sertanejas sempre serão as quartas chinesas sertanejas.

Theo: Professor-Amigo-Sócio-Conselheiro Amoroso. Alguns Capuccinos abrem a mente.

Danilo: O bata branca mais querido. As aulas ao lado dele ficaram suportáveis.

Louise: A garota mais louca que já vi. Não tem juízo. Sério.

Bárbara: A Cogumelo.

Adriana: Destemida companheira de Whatsapp!

Goretti Leão: A psico-amiga. Surpreendente conhecê-la. Mesmo.

*******

Acho que são esses. Devo ter esquecido alguém. Mas é assim mesmo. Afinal, Somos feito pra esquecer, não é? Mas Também somos feitos pra lembrar. Lembrar que tudo continua bem. Lembrar que tudo tem que continuar bem. Faz Dez anos hoje. E por essas horas eu estava segurando o choro? E sendo forte? Talvez pensando em amor?

Não sei. Mas vou adiante. Como é ensinado. E vivido. É isso.

Prentice Geovanni

segunda-feira, 12 de novembro de 2012



Refletir é algo meio perigoso, um salto de uma ponte sem corda, para o infinito do mundo obscuro e tenebroso que é o seu ser.

Navegando sobre entre suas memorias, entre suas emoções, entre as várias personalidades que nos habita e que sempre vociferam por espaço e luz, para que de algum modo, a esperança venha inundar em suas pestanas calejadas e enrugadas pelas experiencias da vida.

O ranger da madeira ao bater das lembranças quebradas pelas negações e privações, não traz conforto para o marinheiro sem colete salva vidas. Principalmente porque seu barco é constituído de decepção com pregos de solidão, que nem o próprio construtor garante que irá segurar a próxima onda desse oceano de tristeza, ódio e medo.


Hand Medeiros

quinta-feira, 4 de outubro de 2012


Domingos.

Bem, Dia dos Pais.

O velho segundo Domingo de Agosto. Dia de comemorações e curtições com os nossos "Velhos". Dia que acordamos cedinho e dizemos "hoje eu digo que amo meu Pai!".

***

Quando meu pai era vivo sempre tinha vergonha de dizer "Te amo, Cara".

Minha Mãe dizia "Vá lá, rapaz, abrace seu pai. Diga que o ama". Mas, pôxa, eu tinha uma vergonha danada de dizer "pai, eu te amo!".

Besteira minha, eu sei.

Mas eu, sei lá, encarava o dizer "eu te amo" como algo de muita seriedade para ser dito ao meu "Coroa". Ele era muito divertido e ao mesmo tempo sério. Por isso, sempre fico imaginando qual seria a reação dele se eu chegasse dizendo um "eu te amo, papai!".

Certamente, eu iria levar uma piada, uma risada, ou ainda, uma tirada de onda.

Foi daí que deixei o "eu te amo" de lado. E resolvi ficar com o abraço.

Ah, Dia dos Pais era abraço bem dado na certa.
E abraço surpresa, que era pra ter uma emoção marcante. Nem conto quantas vezes fiz esses abraços, mas sei que foram muitos. Suficientes? Nunca. [Acho que é imensurável tentar descrever, praticar alguma ação, que revele os nossos tão únicos e sinceros sentimentos pelos nossos pais]

Mas, tudo bem, pois sempre me confiei em saber que ele me amava. [Aquela coisa bem de "Pais e Filhos" mesmo que todos nós sentimos sempre]. Assim, simultaneamente, ele confiava que eu sentisse o mesmo.

E, obviamente, sempre senti. E sentirei. E isso foi [e é] muito bom.

Porque, baseado nessa confiança, Fui marcado pelo jeito dele até hoje. E fico com saudades como teríamos muito o que conversar hoje em dia.

Eu falaria das minhas aventuras, dos meus verdadeiros amigos que conheci, dos meus professores moldadores de personalidade e das minhas derrotas [principalmente dessas, ele iria juntar comigo os cacos de ilusões quebradas] por essa jornada épica: a vida.

E falaria também que, se não fosse por ele, eu não teria medo [hoje não tenho tanto medo assim, agora sou forte! Será? rsrs...] de "domingos".

Ora, foi num "domingo" cedinho que vi meu pai chorar [pela primeira vez] pela morte do meu avô. Foi num "domingo" que o vi chorar numa U.T.I [pela última vez], ao sentir que íamos nos separar. E foi também num domingo que minha vez de chorar chegou. [ele sabia, eu sabia...]

E foi por causa disso que pensei "Acho que todo mundo deve ter seu dia de domingo." O seu dia de lágrimas e lembranças. Sejam essas boas ou... não tão boas.

Entretanto, o ponto em que quero chegar não é de tristeza, mas sim de alegria.

De continuidade.

A vida não é só feita de "domingos".

Temos a segunda, a terça, a quarta, a quinta, a sexta e, por fim, o sábado. E vejo que aproveitamos todos esses dias bem, não é?

Acho que sim.

Os "domingos". Bem os "domingos" são inevitáveis. É a parte da vida que nós perguntamos "Qual o sentido disso tudo?!"

Infelizmente, Não tem como evitá-los. Mas, nem todo domingo tem que ser ruim, não acham? E pra se viver os outros dias da semana se precisa passar pelos "domingos".

Sejam esses tristes. Sejam esses felizes.

Se liga, a semana é longa!

E será nela que iremos estudar, que iremos ver quem gosta da gente, que começaremos a construir nosso futuro! Será na semana [que tal numa quinta-feira, numa noite, num jantar?] que encontraremos aquele amor da nossa vida; será numa sexta que iremos curtir nossas festas e farras; será num sábado que ficaremos de cara pra cima [de boa mesmo, descansando, fazendo pipoca] com nossa família.

E será num domingo. Domingo de dia dos Pais. Que refletiremos que como é importante saber o valor de lágrimas, memórias e abraços. [daqueles lá, dos bem dados!]

Fora que podemos fazer isso da maneira que quisermos. Só estou aqui para lembrar. Para lembrar a mim mesmo.

E lembrar que: quem tem seu seu pai presente, mande aquele "eu te amo" que eu sempre tiver vergonha. Nesses momentos, temos que deixar de lado queixas e desentendimentos. Quem não conheceu seu "super-man", transfira pro seu tio, pra sua mãe, pra sua avó, sua irmã, a patente de pai.

De acordo com o Manual dos Pais, artigo da vida, parágrafo "seja feliz", isso pode ser feito nas circunstâncias que cada um possui. E as circunstâncias somos nós que escolhemos. É sempre bom lembrar disso.

O que conta nesse dia é quem foi [e é] seu pai.

Vai que chegue um "domingo" pra você e a oportunidade de demonstrar algum sentimento se vai? Melhor não correr esse risco. Não mesmo.

***

Por fim, dedico esse repente a dois grandes amigos que perderam seus "Velhos" recentemente.

Sei que o ano está sendo muito bom. A convergência de fatos na vida de cada um dos senhores(as) me levam a acreditar num ótimo futuro pra vocês [não só de vocês, mas também de algumas pessoas que ando acompanhando -afinal, a vida deles é baseada em fatos reais, literalmente. Melhor que acompanhar novela, eu acho. As chances de finais felizes e menos fantasiosos é alta].

Saibam que manterei esse "acompanhar de capítulos" num estado de reciprocidade [assim como eu os acompanho, eles - vocês - também me acompanham] bastante cativante. Não me esquecerei de fazer isso. Podem deixar.

No mais fica um conselho. Pro's dois.

Conselho meio que besta e que vocês já devem saber. Mas reitero:

Naquela hora. A de dormir. Quando se deixa de lado todas as coisas. Todos os amigos. Toda família. Todos aqueles que nos afastam daquela ideia de ausência. Quando estivermos sozinhos. E vier uma [sim, aquela mesma] lembrança do "Velho", "Coroa", do Paizão.

Aceite-as. sejam elas boas ou... não tão boas.

Essas serão suas comunhões, frequências, com eles. Será nessa hora que se perceberá o quanto foi ensinado, o quanto fomos teimosos, o quanto fomos amados e como os amamos.

Será nessa sintonia, harmonia, que nossos "Velhos" estarão: Nas nossas memórias, corações, brincadeiras. No nosso modo de ser, agir, sorrir. Perceberemos no passar do tempo que temos muito mais deles do que imaginamos. Perceberemos que somos uma "versão melhorada" deixada aqui para continuarem seus sonhos [que acabaram por se tornar nossos sonhos] que é justamente sermos felizes, fazer quem amamos muito [muito mesmo, viu?] feliz e procurar fazer nosso melhor de uma maneira divertida e misteriosa.

É mais ou menos por aí, provavelmente, que a coisa anda.

Sei lá... enfim.

Feliz Dia dos Pais pra todos.

E vamos dormir. Que amanhã logo cedo tem aula de química.

****
Prentice Geovanni