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sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

Dedicado:

Ao ano mais avesso de todos.

A garota que eu queria, não consegui. Os amigos que jamais imaginará ter, estavam bem ali, ao meu lado, o mais próximo possível, e eu, quase, não percebi.

A melhor aprovação? Não alcancei.

Novos caminhos: muitos. Seguí-los? Nada.

Estranheza, indiferença, mudança, sinceridade... tudo ao avesso.

As incríveis conversas, o maior sertão, as grandes alegrias de compartilhar momentos únicos com pessoas únicas? Valeu. E muito. Poderia ter feito mais? Claro, sempre podemos mais, inclusive a não querer fazer nada.

A luz acesa, o silêncio nortuno, um copo d'água na mesa, cadeiras ao vento e o som da piscina calma... coisas que jamais esquecerei... Qual era o motivo mesmo? Não importa.

O que importa é a felicidade. Dos outros, claro. Pois os certos são os errados e os errados... são só os errados. Coitadinhos dos errados.
Não sabem o que é uma carona, um livro, um show, um sushi, uma guitarra, um chorar numa noite de sinais fechados e mentes abertas. Não sabem o que é receber um belo de um "não", um belo de um sorriso, um belo de um jantar, uma bela noite de uma chuva despedaçada numa praia.

Não sabem o que pegar um ônibus qualquer, numa madrugada qualquer, mas não com pessoas quaisquer.

Não sabem, não saberão. Pois falta escolha, atitude e agraciamento de receber tudo de maneira... avessa?

Tudo que almejei jamais consegui. Um beijo da garota do segundo ano, o olhar de aprovação da pêpa, a carta não respondida de fulana.

A maneira simples de encostar a cabeça no ombro de alguém e chorar como nunca chorei antes.

Logo eu que via os outros como mundos estranhos a serem conhecidos, acabei sendo um completo estranho de mim mesmo.

Com chapéus, com espadas, com espadas, com finalidades... Com ligações não atendidas... Para alguma coisa.

Coisa que se perdeu por aí. Embaixo da cama, numa calçada qualquer, num nascer de um sol de sábado.
***

Natal às avessas. Vida avessa. Tudo ao avesso.

Prentice Geovanni

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