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quarta-feira, 25 de maio de 2011

Obrigado Pelas Quedas.

Todos estamos acostumados com as reviravoltas que a vida nos oferece e, infelizmente, há quem diga que não existe nada demais nisso. Entretanto, contrariando quem pensa assim, prefiro acreditar que é a partir dessas voltas que temos a capacidade de encontrar alguém importante na nossa vida, ou, até mesmo, uma pessoa que por um motivo qualquer acabou se distanciando do nosso convívio.

Não sei se alguém já percebeu como eu escrevo, mas, quando vou escrever para uma pessoa de quem gosto, eu sempre começo falando daquela velha maneira de sempre: relembrando momentos, lembranças e descrevendo um dia de Sexta-Feira qualquer. Todavia, para a senhorita, eu queria fazer um pouco diferente, posso tentar? Então, lá vai.

Entretanto, antes de tudo, deixe-me dizer como eu faria o seu texto à "velha maneira de sempre", certo?

Primeiramente começaria falando da nossa distância. Diria que cada um seguiu seu caminho, que cada um decidiu se interessar pelos seus próprios objetivos e interesses. Talvez eu dissesse que se fizemos isso foi por uma causa justa, foi por nossos ideais, foi por nossa felicidade. E, para não ficar tão egoísta da nossa parte, eu colocaria um período explicando que sabíamos dos riscos da separação, que sabíamos que nos perderíamos sob esse céu estrelado repleto de solitudes e luas amarelas.

Dito isso, eu falaria dos nossos melhores momentos. Citaria as nossas idas às pracinhas, depois debocharia das nossas caminhadas na praia de noite em um dia de chuva e em seguida contaria os episódios do "cachorro", de "Antúrius", dos onipotentes hambúrgueres chamados de Ponta Negra. E, para colocar sentimentos em minhas palavras, eu enfeitaria o texto com tuas virtudes mais complexas, depois ao meu modo, sairia puxando na tua memória o quanto éramos felizes, o quanto éramos loucos, o quanto fomos parecidos, minha amiga. Não que ainda não sejamos assim, claro que somos, mas, ao falar dessa maneira, no passado, ficaria no texto um toque de melancolia tão doce que certamente eu não mudaria o verbo "éramos".

Enfim, provavelmente ficaria legal. Até gostoso de ler. Acho que um pouco divertido também. Entretanto, como eu já lhe disse, especialmente hoje não farei assim, pois quero lhe dizer outras coisas, beleza? Não se irrita, por favor... Pois, se escolhi fazer desse jeito, foi pelo simples fato de que: não caberia nas minhas palavras o que o momento do nosso encontro, meu bem.

Pois pronto, explicado isso, deixemos de explicações. E que venha o meu "fazer um pouco diferente".



Minha amiga, a finalidade das palavras que estão por vir são de te acolher quando ficares "down". Certamente eu preferiria dizer tudo isso pessoalmente para ver teu rosto com os olhos cheios d'água. Porém, nem tudo é como queremos e desejamos. E é melhor assim, afinal, quem sou eu para querer mudar as coisas como elas estão? Pois, se estão assim é por algum motivo que mais tarde entenderemos.

E, por falar em querer entender certas coisas, lembra daquele tempo que acreditávamos ter o entendimento do amor como algo simples? Que realmente era algo bem fácil de sentir, de dominar, bastando apenas nos fazer presente com a pessoa amada e olhar para frente soltando uma palavra, um gesto, um beijo e uma vontade? Sim, vontades sim, tipo estas: "Vamos crescer, viver, compartilhar vivências, amar, chorar, ficar triste, ficar feliz, ficar saudável, torna-se melhor, cantar as melhores canções desafinadas, preparar as refeições perfeitas, sair, dançar, brincar, fugir, relembrar, brigar, casar, envelhecer e, finalmente, morrer juntos!".

Bonito ter essas vontades, não é? Utopia? Talvez. Um sonho de pode tê-las? De muitos. Podemos senti-las novamente um dia? Quem sabe. Você quer? No momento não tem ideia, hein? Tudo bem, mais do que normal sentir essa indecisão. Entendo perfeitamente. Entendo o quanto é ruim quando ficamos assim sem chão para decidir o que é melhor para gente. Sei o quanto é solitário ver que nossas vontades foram embora por água abaixo. E o meu conselho por enquanto é que você se cuide. Que você procure ver o quanto é essencial na minha vida e de muitos ao teu redor. E que você sinta que é capaz de sempre se adaptar, de ser versátil, de ser aquela garota capaz de mudar o nosso dia para melhor. E, perceba também, que só depende de você viver suas próprias vontades, aventuras, amores e farras. Não se esqueça disso, ouviu?

Lembre-se do quanto és capaz de fazer tantas pessoas sorrirem, de se sentirem queridas e aconchegadas, minha amiga. Por isso quero te agradecer. Pelo o quê? Por sua confiança em mim, por me mostrar as minhas melhores virtudes, meus melhores sorrisos, minhas melhores fotos, minhas melhores noitadas por esse mundão de meu Deus. Agradeço por sua amizade e pelo seu jeito carismático de cultivar a mim e quem te ama. Saiba que a sua importância, suas lágrimas, seu olhar, seu cabelo pintado, seu Doritos três sabores, sempre estarão guardados no meu coração.

E, jamais se desespere, afinal, nós, seus amigos, estaremos contigo, pertinho de você e das suas memórias, das suas mensagens, das suas quedas de moto, da sua vida. Enfim, fica por aqui o meu “fazer um pouco diferente”, mas não se esqueça de que estamos [eu e a galera] sempre cuidando de você, mesmo que longe e sem notícias.

Um Beijo, uma queda e um show. Até mais, Leninha. 

Prentice Geovanni

6 comentários:

  1. Antes que alguém tire onda pelo "Leninha" quero deixar bem claro: esse é apenas um apelido mais que carinhoso para Katilene. Beijos, meu bem.

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  2. Tu pareces escrever com a alma, parece que está falando. Esse cara está me saindo um belo escritor, ninguém sabe do futuro. Um grande abraço e "pau na máquina"!

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  3. Foi a coisa mais linda que alguém já me disse! Muito obrigada por sua amizade. Hoje tenho certeza que meus amigos são minhas maiores preciosidades. Apesar da distância vc sempre estará comigo, eu sei disso! Um beijo!

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  4. E como sempre, vc colocando lágrimas nos meus olhinhos! #sninf

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  5. Lindo texto. =') emocionante.

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  6. Katilene, te ofereço meu ombro pra vc chorar. (6) =}

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