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quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Sobre um pouco de abraços.

Desde muito tempo não se sabia o motivo de abraçar. Alguns abraçavam por amizade. Outros por dedicação, ou até mesmo, por não terem o que fazer.

Pessoas se abraçavam sem haver motivos. Afinal, para elas bastavam ter a vontade e o desejo de abraçar. O abraço era lugar comum. Havia a mágica de conhecer o momento certo, a hora certa, de abraçar alguém e dizer algo para esse mesmo alguém. Apesar de praticarem tudo isso, não encontravam, lá em seus corações, o porquê de dar um tremendo abraço.

Até sabiam que abraçar faz bem. Como se dizia por lá: um abraço é de um tamanho único e ninguém pode tomá-lo de volta para si. É nele que surgiam as primeiras palavras de um relacionamento. Nem me lembre daquele “eu te adoro”, “Poxa, és tão único (a)”, ou ainda, “Só é possível te amar!” quando se está abraçado com aquela pessoa especial.

Porém, mesmo sabendo de toda a alegria desse gesto para determinadas ocasiões, essas mesmas pessoas alegavam que existiam outras formas de se expressar e muitas outras de falar com o semelhante. Então, começaram a questionar se um “oi, tudo bem?” já não seria mais do que suficiente para estabelecer um contato, uma comunicação. Ora, abraçar demais enjoa. E, aos poucos, passando despercebido por todos, diminuiu-se o número de abraços.

E o que era para ser uma questão de “porque distribuir abraços?” tornou-se em “talvez devêssemos parar e pensar antes de sair distribuindo uns por aí...”.

Sendo assim, tomados por essa logística, aos poucos, deixou-se de abraçar desconhecidos, transeuntes, e bichinhos de estimação. E com o passar dos anos, tratou-se de aplicar cada vez menos tal gesto. Ficando, este, apenas para alguns amigos, e bem próximos. Na família, as crianças e os adolescentes faziam a maior birra quando os pais suplicavam-lhes por um simples e caloroso abraço.

Será que não somos iguais a essas pessoas? Será que perdemos o saber de procurar o motivo de abraçar alguém? Acho que o verdadeiro sentido de abraçar está relacionado com amor. Este possui suas variâncias: há o amor de amigo, de irmão, de pais, de professores, de livros. No momento que nos dermos conta dessas infinitudes de possibilidades entre a relação de abraço/amor, trataremos nossos pais, irmãos, amigos de uma maneira única. Passaremos a aprender à mágica de abraçar e conhecer os momentos certos de agir para com todos ao nosso redor.

Aprenderíamos simplesmente a entender conselhos no imperativo: “Não deixe de acreditar no amor, mas certifique-se de estar entregando seu coração para alguém que dê valor aos mesmos sentimentos que você dá, manifeste suas idéias e planos, para saber se vocês combinam, e certifique-se de que quando estiver junto aquele abraço valha mais que qualquer palavra... - Luís Fernando Veríssimo”.

Talvez o motivo de nos abraçarmos seja isso: certificar que quando estivermos com quem amamos, qualquer abraço tenha mais significado do que palavras.


Prentice Geovanni


3 comentários:

  1. Nada é tão espontâneo quanto um abraço, principalmente quando você ver quem ama. É a melhor e mais prática maneira de demonstrar o que você está sentindo naquele momento, de acordo com os vários tipos de abraços.

    Talvez pessoas se beijando não te façam chorar, mas se abraçando concerteza irão, prove o contrario ao tentar ver esse vídeo.

    http://www.youtube.com/watch?feature=player_profilepage&v=8UduFjuAbvE

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  2. -hum...muito bom, hein?!
    -Quer um?
    Abraços grátis!
    =D

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