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sexta-feira, 15 de junho de 2012

Epic Aniversário de Gabriel.

Ontem, dia 14 de junho de 2012, data em que comemoramos o aniversário do nosso Grande Amigo Gabriel. E como não podia faltar em nossas comemorações, preparamos uma grande resenha para tirar aquela onda. Munidos de um Chapéu de Pirata, uma Capa e a Música tema de Piratas do Caribe esperamos ele para a Grande Surpresa. Assim que todos chegaram no local combinado, numa pizzaria aqui de Natal (porque afinal quando essa galera se reúne ou é pra comer ou pra falar do universo ou dos dois), com todos reunidos na mesa, dei o sinal para a equipe de som dar play na música. Nessa hora, Gabriel gritou como se tivesse adivinhado o grande momento: "Eita porra, é agora, lá vem as pizzas". Então colocamos o Chapéu de Pirata e a Capa em modo de ataque na mesa e vimos o grande espanto e alegria dele com os olhos "chei d'agua". A seguir tivemos uma noite digna de grandes festejos piratas: Música, comida, bebida(sprite pra Galileu) e muitas historias até irmos embora da taverna Dom Gourmet.

"O garçom da pizzaria o ver que eu estava marcando o placar de quantas fatias de pizzas os caras comeriam, pergunta:

- E aê, quem tá ganhando?

Igor, na lata, diz:

- Rapaz, quem tá ganhando não sei, mas quem tá perdendo é a Pizzaria. :D "

Por sinal, o atendimento do Pessoal do Dom Goumert foi excelente e receptivo com nossa galera. Foi o primeiro lugar que vi os garçons participarem da algazarra festiva de um aniversário tão louco como o nosso.

Apesar de que tinha um pessoal granfino, de cara feia olhando pra gente, com um ar de "o que é isso?!" E foi justamente isso (e toda ambientação e caras feias, é claro) que deu o sabor diferente ao aniversário, digno de um toque da Guilda Fairy Tail, não acharam?

Por isso, a noite de ontem foi fantástica e marcante, afinal, não é todo dia que se encontra um cara vestido de pirata ao som da trilha sonora de Piratas do Caribe (Viva Jack Sparrow!).

Fora que o ponto alto da noite foi todo mundo da pizzaria cantando um grande hit da Rainha dos Baixinhos, o Michal Jackson Brasileiro: i-la-ri-la-ri-ê.

Enfim, obrigado a todos pela presença e noite única de ontem. Obrigado, ao pessoal da Dom Goumert por não nos expulsarem e obrigado ao pessoal do Gela Guela com um açai primeira de luxo (foi por acaso que paramos ali... Ora, nada melhor que depois de um rodízio de massas, meio litro de açai para dormir satisfeito e de barriga cheia).

Enfim, valeu.

  ***

 

Gabrielos Sonhatis

Pirata Gabrielos Sonhantis. Com a capacidade de guiar seu bando, ele diz na cara o que é necessário e o que precisa ser feito nas horas vagas e de compromisso. Tem a capacidade Noturna e Diurna de enxergar além do sentido da vida, do universo e Tudo mais. Também é descomplicador dos mais diversos problemas quando não se encontra em Aventura ou jogando Video Game.

 

 



Galilus Discurso de Ouro

Pirata Galilus Discurso de Ouro. Com suas palavras motivadoras, ele torna a viagem empolgante e capaz de ser cumprida perfeitamente sem maiores problemas. Capaz de tornar algo ruim em bom com apenas sua força de vontade e persuasão.

 

 

 

 

Poly's Negros Maleficus

Pirata Poly's Negros Maleficus: Responsável pelas maiores barbaridades e diversões na busca de tesouros! Portanto, acabou por ficar conhecida como a Pirata que Brinca Durante os Combates Que Mudam Eras. No mais, rápida, guerreira e Amiga na Guerra e Na prostituição.





Jeff Sem Chapéu

Pirata Jeff Sem Chapéu (Foto Ficou tremida): "Pra que, chapéu?! Se o que define um Pirata está no meu coração!" Disse o Pirata Jeff Sem Chapéu ao entrar nesse "Marzão" que nos dar medo, porém adrenalina de sempre seguir em frente.

 

 

 

 

Tainus Ná

 Pirata Tainus Ná! (É Ná! mesmo): Segue a mesma filosofia do Pirata Jeff Sem Chapéu. Afinal, a vida é uma contínua batalha e nem sempre temos um chapéu perto quando precisamos. Entretanto, todo pirata, tem um Pirata Amigo sempre a disposição. Seja pra beber, brincar ou chorar. Tainus Ná Foi uma das poucas que lutou em combate com Hand's Milagroso em busca dos Bombons Perdidos da Girafa Laranja, na Floresta Laranja de Joapinus People!

 

Dennelius Baba Literalmente Negra

Pirata Dennelius Barba Literalmente Negra: Ardiloso, sagaz e Crítico de Açaí nas Horas Vagas, quando não está em Campanha pelos mares da vida. Sábio nas horas certas e mais sábio nas horas incertas.

 

 

 

 

MateusVox dos Punhos fechados

Pirata MateusVox dos Punhos Fechados, Conhecido também como Pirata Uva negra: o melhor suco de Uva é feito em sua habitação, nas Terras Planas Natalenses. Além de ser Conhecido Além Mar pelo nome de Vox, o Piedoso!








Ingridos Navegante Estelar


Pirata Ingridos Navegante Estelar. Suas cartas de navegação e conhecimento sobre os mares (e estrelas, claro) é o que a torna uma Lenda Viva nas mais complicadas situações. Responsável pelo Desenho do Mundo, todos procuram alcançá-la na arte de querer o que se quer: ser feliz.

 

 

Pirata Hand's Milagroso

Pirata Hand's Milagroso: Escapou das diversas armadilhas da vida e foi capaz de realizar as mais incríveis proezas. Dentre essas, a mais significativa foi na qual ele ousou em ir atrás dos Bombons Da Girafa Laranja... Fora, diz a lenda, que ao entrar numa Aventura de risco, piratas de todo mundo gritam em seus corações: Que Hand Milagroso esteja conosco e que por um milagre voltemos vivos dessa Jornada!

 

 

Pêpis Malos Encaradis

Pirata Pêpis Malos Encaradis, Conhecido por suas causas perdidas e sempre em busca dos melhores companheiros para seguir uma Boa Aventura Desconhecida.

 

 

 

 

Igor Onças Pintatus

Pirata Igor Onças PintaTus: rápido e veloz como diz seu próprio nome. Distingue bem os verdadeiros amigos numa boa jornada e cuida para que esses acompanhem e realizem seus maiores sonhos: ser grande na vida de Pirata. (Única foto sem efeitos toscos especiais... motivo? Sei não).

 

 

 

Mapa do Tesouro

 

segunda-feira, 11 de junho de 2012

Meio.

Meio sem rumo
Meio sem jeito
Meio bobo
Meio confuso
Meio frustrado

Meio com medo
Meio despedaçado
Meio fragmentado
Sem saber o que fazer

Meio sozinho
Meio calmo
Meio Alegre
Meio cheio
Meio vazio

Se eu juntasse
todos os meus meios
não daria um inteiro
talvez um natural, não sei,
mas com certeza
um racional.

Hand Medeiros

terça-feira, 5 de junho de 2012

Melhor Assim.

Acho que envelheci 10 anos ou mais nesse último mês. Noites mal dormidas e péssima alimentação (exceto por hoje que comi no chinês). Ah, essas provas... 

Senti saudade daqui do refúgio. Senti saudade de escrever. E agora me pergunto pra quem escrevo. É, isso mesmo. Às vezes, tenho noção de que escrevo pra mim, mesmo tendo o compromisso – quer dizer, eu deveria tê-lo – de escrever para o blog. Mas quando o texto aparece aqui, fico sempre esperando um comentário, nem que seja um daqueles clichês. E por que não? De qualquer forma, a partir daí é como se eu tivesse escrito o texto pros outros. Isso me deixa um pouco confuso. 

Tentei quebrar cabeça com isso um pouco, e percebi que não escrevo pra ninguém. Na verdade, na maioria das vezes escrevo pra um EU complexo. É alguém que quer só saber o que se passa comigo, que faz perguntas inconscientes e vai delimitando o rumo do texto. É o meu tratamento psicológico gratuito e sadio... E já há certo tempo eu andava meio fora da linha, só então percebi o motivo: ausência, em tempo integral, de conversar com esse tal do meu EU complexo. Enfim, preciso voltar a escrever mais. Creio que se trata de um vício agora porque tem aquela história de crise de abstinência que me acomete quando tento me manter “limpo”, no que condiz a não registrar minha imaginação e sessões com o psicólogo chamado “EU complexo”. Espera um pouco, creio que “sujo” se encaixaria melhor. Afinal, que mal faz em estar limpo? E quais malefícios posso obter escrevendo? Uma tendinite? Ora, me poupe! Qualquer coisa é melhor que retroceder o pensar me impedindo de refletir e limitando a imaginação. Não concorda? 

Escrever nos torna mais humanos, põe à tona nosso sentimentalismo, deixa-nos mais leves. E não precisamos expor isso. Não há necessidade de mostrarmos o que fazemos, de tornar vulgar nossa arte pessoal. Podemos guardá-la, escondê-la, é algo que podemos decidir sem nos preocuparmos com o que virá depois. E é claro que podemos mudar de ideia quando quisermos. Entretanto, o importante é falarmos de vez em quando com nosso EU complexo e desenvolvermos aquele diálogo íntimo, que ao meu ver, se faz necessário para que possamos liberar muita coisa que nos faz mal, que nos traz dúvidas e que não temos coragem de desabafar com os outros. 

Escreva! Usufrua de seus benefícios. Porém, não tente se afastar depois pra perceber o quão bom era. Confie em mim! Apenas escreva quando puder, quando quiser e também quando não der. Apenas escreva!

Igor Nathan

Pouca Vogal.

Tem dias que necessitam ser gravados. Tem mesmo. E assim fazemos... Tiramos fotos. Muitas fotos! E hoje, como um dia especial, precisava ser gravado. Mas, não com fotos. Não seria o bastante pra mim. Acho que um texto é bem mais adequado pra unir à memória. Sejam com poucas vogais, ou com muitas, ou até mesmo sem elas. Deve ser possível, não é? De qualquer forma, tinha que ser um texto.

Afinal, qual o motivo de tanta necessidade de se escrever? Simples: preciso externar de alguma forma parte da felicidade que estou sentindo. Parte... Porque tudo não tem como. E o motivo é a música. A música pura que me trouxe incomensurável excitação e conforto. E que me tirou do chão quando fechei os olhos, mas sempre sem parar de cantar. E parar de acompanhar a música nem passou pela minha mente. Não, não mesmo! Às vezes, me pego analisando como cada um ao meu redor sente a música. Claro, é diferente pra cada um. Porém, fico encabulado quando alguém fica indiferente quando ouve algo que eu curto. Como pode não sentir? Enfim, deixa pra lá. De qualquer forma: “Deve haver alguma coisa que ainda te emocione!”.

Voltando ao que me trouxe a escrever: o dia que precisa ser gravado. Ou seria a noite? Ah, depois do crepúsculo vespertino o show de Pouca Vogal me deixou totalmente embriagado tanto pelas frases como pelo som. Fiquei desconcertado. Desconcertado mesmo.

Que amor era esse
Que não saiu do chão? 
Não saiu do lugar 
Só fez rastejar o coração. 

Não tenho receio de não sair do chão quando o amor tratado é a música. Seja aqui, acolá, na montanha ou depois da curva, seja hoje, ou no amanhã colorido, por muito tempo ou breve, seja uma música inédita ou não, eis que essa arte e ciência que combina os sons de modo agradável tem a capacidade de tornar o dia especial. Acredito em toda forma de poder da música, pois sei que ao fim de tudo com ela eu me sinto bem melhor. E assim vou caminhando, com pensamentos do tipo “somos quem podemos ser” e “tententender a vida”, seguindo nessa minha infinita highway com apenas uma 3X4 no bolso e acreditando que a música em
sua personificação teria dito hoje “Pra quem gosta de nós é um prato cheio”.

Igor Nathan

quinta-feira, 17 de maio de 2012

Toalha de Joaninha e Toalha de Dinossauro.

“Não quero ser a joaninha. Ela é tão pequininha diante do dinossauro. Dinossauros são ferozes, rápidos e grandes. Se fosse para escolher entre ambos, eu prefereria o segundo.”

“Mas, você terá a vantagem de se esconder, de voar por aí e de se sentir raro. Joaninhas são tão dificíes de serem encontradas hoje em dia, que se eu encontrar uma, faria um pedido agora mesmo.”

“Você por acaso já viu algum Dinossauro por ai? Eles que são raros. Dão um ar de tempo perdido. De que podiam tudo. São imponentes. São dinossauros.”

“Não é bem assim. A vida de um Dinossauro não é fácil. Além de estarem extintos, ninguém vai muito com a cara deles. Ser Dinossauro hoje em dia é tão difícil que eu preferiria ser uma joaninha. Dinossauros fala tudo aos gritos, são desleixados e são perigosos!”
 

“Antes tudo isso do que ser frágil. Joaninhas são pirralhas. Não quero ser Joaninha. Quero poder correr atrás de presas e ser o maior predador que já existiu!”

“Do que adianta ser um predador que não existe mais? Melhor a Joaninha, que não é fóssil, é vermelhinha com bolinhas pretas e fofas. Ser Joaninha é tudo que há! Você deveria ficar muito feliz com isso. Joaninhas são masculinas e agradam até hoje. Já os dinossauros...”

“Os dinossauros são perfeitos! Provavelmente, eles estão escondidos só esperando a gente baixar nossas defesas, para assim, eles dominarem o mundo com suas formas espaçosas e gritos horripilantes, capazes de estremecer o céu, a terra e o mar. Dinossauros mandam.”

“Nada. Dinossauros são solitários. Não gostam de andar em bando. Sempre arrumam confusão. Preferem escolher a forma de viverem da melhor maneira possível, acho eles mó egoístas... mas já que você não acha...”

“Agora que você falou...”

“É. Melhor a Joaninha. Que sabe viver sozinha ao seu modo e não é egoísta.”

“Joaninhas e Dinossauros são bem parecidos. Ser sozinha ao seu modo e viver feliz da maneira que se quer é a mesma coisa! Você quer me enrolar. Quero ser um dinossauro. Joaninhas é mais feminina, serve para
você.”

“Realmente, tens razão. Mas, do que adianta terem algo em comum, se nunca chegam a uma decisão? Na verdade, somos bem parecidos, você Joaninha e, eu, dinossauro.”

“Já disse que eu que quero ser o Dinossauro, ora bolas.”

“Mas você não tem atitude de Dinossauro, você é mais como uma Joaninha, chega sorrateiramente, devargazinho, conquistando com sua forma pequeninha...”

“Enquanto você, é como um Dinossauro, chega de supetão. De uma pacada só nos assombra e ao mesmo tempo nos impressiona com o seu jeitão... Na verdade, você é bem Dinossauro mesmo...”

“Viu, até você tá concordando comigo. Pronto, decidido. Eu sou o dinossauro e você a jo...”

“Não quero ser a joaninha.”

“Joaninhas são cabeças-duras iguais a você. Aceite sua condição de Joaninha, meu bem. Se damos um peteleco numa joaninha, ela sempre pousa noutro lugar perto de onde estava antes, é assim que ela nos
lembrar de sua insistência.”

“Tá me chamando de chato? De uma joaninha chata?”

“Que isso, sou estou mostrando as característica marcantes de uma joaninha. Mostre-me as de um Dinossauro? Certamente, eles não tem.”


“Hum... mas dinossauros são tão legais... são ávidos, velozes, bonitos de se ver, mostram o quanto somos pequenos e fragéis. Ser dinossauro é ter força para conseguir o que se quer. É caçar nossos sonhos. É caçar nosso amor, nossos desejos...”

“Por isso, mesmo prefiro o Dinossauro. Fique com a Joaninha. Seremos uma dupla legal. Jó-dino, a dupla dinâmica! Ou será melhor Dino-jó? Que achas?”

“Dino-jó é legal... EI! Você tá me enrolando com esse negócio de heroi, de dupla dinâmica e taus... Viemos até aqui para escolher entre Joaninha e Dinossauro. Lembra?”

“Eu sei. E o que estamos fazendo? Estamos escolhendo. Eu fico com o Dinossauro e você com a Joaninha.”

“Mas eu queria escolher a Toalha de Dinossauro... Fique com a Toalha de Joaninha?”

“Não! E Pronto!”

“Mas...”

“Mas nada! Já decidi. E a última palavra é a minha. E vamos embora que o filme vai começar.”

“Tá. Tá certo." 



********* 


E foi assim que ela conseguiu a Toalha de Dinossauro...
Prentice Geovanni

segunda-feira, 16 de abril de 2012

O Garotinho Gelado e A Garotinha dos Pudins Servidos Numa Tardezinha de Sexta-Feira Qualquer.

Na maioria das vezes (se não, quase sempre) nos enxergamos como pessoas com um enorme sucesso na vida e no trabalho que escolheremos. Paramos, sentamos, e, visualizamos a rota que seguiremos para alcançar nossos objetivos. Entretanto, isso não é suficiente. Pelo menos é isso que estou descobrindo nesses tais (meus) singelos momentos de solitude e probabilidade.

Não sei qual a razão de pensar na pergunta primordial, aquela que talvez toda pessoa faz em algum momento de sua vida, mas acredito que seja esta: "E aí?". Isso mesmo, a pergunta é simples. Porém, a resposta não. Pois é, um simples "E aí?" para desencadear uma sequência de questionamentos com inúmeras possibilidades de respostas capazes de mudar destinos e vidas. Exagerado? Nenhum pouco.

Foi então que sentei de frente para aquela Garota (é isso mesmo, tudo se trata de uma garota) e já meio sem jeito soltei um desses "E aí?" primordiais. Ela, primordialmente, respondeu-me: “E aí quem diz é você, meu caro, Pê”.

Como cheguei ali, naquele lugar, com ela, provavelmente ninguém acreditaria. Por isso, irei poupá-los da prolixidade do ambiente e da situação. Porém, posso dizer-lhes que se um dos integrantes do Refúgio não tivesse ligado para mim naquele dia, precisamente numa sexta-feira vespertina, e não me convencesse a encontrá-lo para colocar nossas conversas em dia, certamente, eu nunca estaria diante dela e jamais ouviria daquela boca seus conselhos mais vivos e cheios de bons presságios...

E, só agora, provavelmente, entendi as respostas. As perguntas não.

Depois de tanto procurar dentro de mim, percebi que todas minhas escolhas, decisões e emoções foram feitas para se chegar ao coração dessa Garota que faz essas perguntas primordiais. Tornei-me muitas coisas por ela, desde o mais belo heroi ao perfeito vilão, aperfeiçoei-me em saber acalentar o coração dos que estavam ao meu redor, para que assim, um dia, pudesse acalentar o dela. Aprendi a necessidade de ser quem sou e de fingir como devo ser em certos momentos. Aprendi a chorar, a rir, a escrever, a ser simples. Tudo para adquirir experiências capazes de mudar a sua complexa vida (e toda vida não tem sua complexidade em si?). Saber utilizar isso perfeitamente como um objetivo tornou-se meu objetivo. Com o tempo, descobri minhas diversas facetas: boas e ruins, é claro (e todo ser humano não tem disso?). Porém, se isto serve de consolo: jamais me esqueci do quanto é necessário saber quem sou verdadeiramente nas horas difíceis.

E foram nessas situações, quando descobri em meus pensamentos, na fala do Cantante-Poeta-de-Versos-e-Estrofes, habitante lírico de todo ser consciente de sua existência, que “As vezes nos falta o mais Belo Sorriso num dia de chuva. Então, como viemos perder a nossa tão querida poesia?” Nunca entendi de poesia, mas concluí: O Cantante-Poeta-de-Versos-e-Estrofes estava ocupado com outras coisas mais importantes no momento; além do mais, o maldito levou meu Guarda-Chuva-Amarelo para se proteger de possíveis temporais que estavam por vir. No fim, provavelmente, ficarei a mercê da chuva e sem nenhum sorriso à vista...

...Apenas, apenas com frio.

Igual aquele Garotinho Gelado, sobrevivente da Terra dos Ventos Gelados, que continuava sua busca por um lugar mais aconchegante e repleto de calor. Calor humano? Calor sentimental? Calor amigo? Quem sabe.

Por muito tempo, esse garotinho procurava pela Garotinha dos Pudins Servidos Numa Tardezinha De Sexta-Feira Qualquer. Apesar dos tempos serem complicados e de se estar cada vez mais difícil de encontrar qualquer vestígio dela, ele não desistia.

O Garotinho Gelado vinha de uma linhagem de perdedores, porém isso não o desanimava. Pelo contrário, era um grande motivo para continuar em frente e ser um Vencedor das Dificuladades Particulares de Todo Mundo. Ora, das poucas vezes que se sentiu como um desses, ele estava junto da Garotinha dos Pudins Servidos Numa Tardezinha De Sexta-Feira Qualquer. Portanto, ao lado dela, sentiu-se capaz de tudo, até mesmo, de torna-se um digno e verdadeiro Vencendor das Dificuldades Particulares de Todo Mundo.

Sim! Vencer fazia parte do seu plano quando se tratava de sorrir, de sorrir como... Como ela. Sorrir de tudo, de todos, de si e da vida.

A Garotinha dos Pudins Servidos Numa Tardezinha De Sexta-Feira Qualquer também procurava pelo Garotinho Gelado (Há reciprocidade? Então, tudo resolvido!). Todavia, a falta de sincronia entre encontrá-lo e realizar o que ela tinha de realizar a deixava relutante... Queria atender estar junto dele, mas esse não era o momento. E quando seria, então?

Apenas seria.

Pois, para o Garotinho Gelado, existem certos Episódios da Vida Real que para serem feitos devem levar mais tempo, preparo e efeitos especiais para, somente modo, tudo sair conforme o Script de como se escreve um romance digno de ser vivido. Afinal, não é o cinema que imita a vida, mas sim a vida que copia o cinema.

Acho que, assim como ele deve pensar, somos todos personagens de um grande filme cujo melhor final revelador estar para se concretizar de uma maneira maravilhosamente surpreendente. Nele descobrirei que o Cantante-Poeta-de-Versos-e-Estrofes estava errado, que a poesia nunca foi perdida e que sempre houve lugar para ela existir e se transmutar. Os versos continuaram, sim, sendo feitos e as estrofes estavam por todos os lugares, cantadas por quem sabe viver bem e em paz.

E a moral do grande finale?

Seria que o Cantante-Poeta-de-Versos-e-Estrofes estivera ocupado com outras coisas. Entretanto, estivera ocupado em querer encontrar o coração de sua tão única amada. Nada mais justo de que tomar “emprestado” meu Guarda-Chuva-Amarelo para realizar tal nobre missão. Além do mais, não estou sozinho numa suposta chuva, muitos guardas-chuvas-amarelos também estão por aí junto comigo disposto a me proteger de possíveis temporais. Por isso, nada perdeu o sentido.

E talvez seja esse o motivo do Garotinho Gelado seguir em busca da Garotinha dos Pudins Servidos Numa Tardezinha de Sexta-Feira Qualquer. Mesmo que ela desapareça e retorne, ele tem que ser forte em estar ali por ela. Por ambos. Ela não precisa saber o quanto o mundo lá fora é gelado e cheio de ventos solitários. Ela, mesmo sendo a mais forte, continua sendo quem ele quer proteger. No amor, na alegria, na tristeza, na solidão, na companhia. Ele precisa ser o que ela precisa.

E os bons presságios continuaram a vir. Na Teoria. Pena que não sou que nem o garotinho gelado... Sempre Otimista. Enfim, esse não é um texto feliz. Afinal, não existem finais felizes... Apenas meios felizes. Acho melhor deixar isso de lado. Acreditar na gente juntos é algo totalmente improvável. 

Prentice Geovanni
 

sexta-feira, 13 de abril de 2012

Sobre Um Pouco de Capas Voadoras.

Arremesse uma grande rede no espaço e pegue todas as estrelas ou alguma coisa. Enquanto eu pegarei uma ou duas estrelas e então as jogarei novamente de volta para o céu. E não esqueça que se eu pude ir em frente, sem olhar para trás, é porque você ficou na minha vida. Por isso, lhe devo um obrigado...

E saiba: mesmo se eu estiver no chão, se você estiver lá para me erguer novamente... eu voarei inúmeras vezes para o céu!

- Gintama (adaptado)


Meu Eu poético se encontra distante de mim. Porém, tentarei chamá-lo, para juntos, escrevermos um dos mais belos textos que já produzimos. Coloco uma bela canção do Oasis, Don't Go Away, para atrair a velha sensibilidade perdida por causa da correria do dia-a-dia. Tento captar a musicalidade e sonoridade do Oasis, que é fora do comum, e acabo por me deixar levar pelos nossos melhores momentos juntos. Caio em minhas lembranças, desperto-as em minha mente e, unido a elas, tudo começa a se tornar laranja, daí seu sorriso se abre quando me ver, e, por fim, saiu de mim e estou com contigo.

Tu como parte de mim, como parte de um todo, como parte de minha existência, acabas por existir. E como é bom saber que existes! Se soubesses o quanto o universo sorrir por causa disso, jamais ficarias triste ou cheia de dúvidas em relação quais caminhos queres seguir. Tua alegria atrelada de uma maneira tão significativa a tua pessoa, ao teu ser, ao teu jeito é o que estou mais admirando em ti, nesse momento de relance que estamos passando por aí. Entendes aquele sentimento de orgulho, de ter feito as melhores escolhas certas, para estar ao lado de alguém? Pois é, valeu a pena cada minuto, cada briga, cada madrugada, cada conversa, cada aforismo, cada frase, cada palavra carinhosa vindo de ti. Valeu mesmo. Vale a pena, sim, estar ao teu lado.

Apesar de algumas vezes acontecerem coisas erradas (e estranhas) conosco, tudo tende a conspirar para que possamos ser felizes. Mais felizes do que já somos, claro. Ora, se acreditamos que Tudo conspira ao nosso favor, à nossa felicidade, deveríamos utilizar isso como uma regra para deixar nossos sonhos mais emocionantes e repletos de pessoas que nos fazem um bem danado, não achas? É assim, a partir de hoje, que encararei meus obstáculos, será dessa maneira que me renovarei, me vencerei e me tornarei melhor do que já sou. Obviamente, farei tudo isso com o propósito de ser feliz e estar feliz quando estiveres precisando de mim. Nada melhor do que um pouco de felicidade compartilhada com quem gostamos para valer, não é?

E aí, como é sentir alguém fazendo o melhor para que sejas feliz? Deve ser um sentimento único e realmente capaz de transformar o seu modo de ver o mundo.

E é vendo seu mundo, minha cara, que acredito no poder de construir algo novo nas pessoas. Diferentemente de querer mudá-las e moldá-las, será bem mais proveitoso acrescentar-lhes uma nova característica, uma nova lembrança, um novo sentimento de produtividade, carinho e aconchego. Acho que é por aí o caminho que tantos procuram para colocar sentidos em suas vidas: saber construir memórias essenciais para sempre querer ser impulsionados para frente, adiante, bem além... Dito isso, leia agora em sinceras letras garrafais: VOCÊ ME IMPULSIONA A SEMPRE IR ALÉM. Legal, não é? Também acho surpreendente. Lembre-se disso. Ou seja, não esqueça.

Uma grande Mestra, amiga minha, falou-me que "o ponto de vista faz o objeto. Sempre que puder, olhe por um ângulo diferente, se você mudar o ângulo, pode ver coisas que antes não via". Não tenho nem o que discutir, ela, além de mostrar o verdadeiro sentido da perspicácia, ainda ensina como é o verdadeiro enxegar diante de qualquer referencial. Apliquemos isso em nossa pequena vida. Melhoremos o jeito de ver a nossa essência diante de nós mesmos. Sejamos permanenteme capazes de continuar sendo o que somos mudando sempre. Entendeu? No mais, será com seu olhar, com o seu laranja, que procurarei ter bons olhos.

Obrigado, por me ensinar a voar quando estou ao seu lado. Obrigado, pela tua atenção quente e aconchegante que por sua vez torna-se minha capa para voar em busca dos meus sonhos, do meu Eu mais nobre, do seu Eu mais que perfeito.

Obrigado, por isso e tudo mais.

Obs.: Que você consiga realizar os sonhos mais profundos e verdadeiros do seu coração... e que consiga ser feliz, bem feliz com isso... Desejo também que você tenha paz, e que tendo paz, seja serena, e que sendo serena, seja calma, e que sendo calma, consiga pensar melhor, e que pensando melhor, se torne mais sábia do que já és...

Prentice Geovanni 

domingo, 26 de fevereiro de 2012

As 7 Novas Maravilhas do Mundo.



O Brasil não pode se queixar, ao menos no quesito natureza: a fundação New 7 Wonders reconheceu oficialmente as Cataratas do Iguaçu – 275 impressionantes quedas d’água ‘divididas’ entre Brasil e Argentina – como uma das sete novas maravilhas do mundo, ao lado do rio subterrâneo Puerto Princesa, nas Filipinas, e ilha Jeju, na Coreia do Sul. A Floresta Amazônica também figura entre as belezas naturais que devem carregar o título em breve. Abaixo, a lista das mais votadas:

1 – Amazônia (Brasil, Bolívia, Colômbia, Equador, Guiana Francesa, Guiana, Peru, Suriname e Venezuela)– não confirmada
2 – Baía Halong (Vietnã) – não confirmada
3 – Cataratas do Iguaçu (Brasil e Argentina) – confirmada
4 – Ilha Jeju (Coreia do Sul) – confirmada
5 – Komodo (Indonésia) – não confirmada
6 – Rio subterrâneo Puerto Princesa (Filipinas)
7 – Montanha da Mesa (África do Sul) – não confirmada



Aldir Viturino

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Serif e a Biblioteca.

“E lendo teus bilhetes eu penso no que fiz. Querendo ver o mais distante sem saber voar, dispensando as asas que você me deu.”
- Herbert Vianna

E dessa vez ele estava dormindo.

Não sabia o por quê, mas, esporadicamente, ele sempre sonhara aquele mesmo sonho: com a biblioteca onde estudou toda a sua infância. Entretanto, com as mais diversas variâncias, Serif sempre encontrava ali, naquele tipo de sonho, entre os muitos livros ali existentes, as mais diferentes pessoas. Algumas ele conhecia, já outras nem tanto. Para Serif, isso não importava muito. Ora, mesmo que seja em sonho, é sempre bom conhecer gente nova, não acham?

Dessa vez, o que ele via diante de si era uma estante com a coleção de Artemis Fowl, de Eion Colfer. Estranho? Nenhum pouco. Bibliotecas tem mesmo essa função de guardar livros. Estranho mesmo é quando do lado de fora, dessa mesma biblioteca, em vez dele encontrar uma vista para o pátio em que ele brincou quando criança, ele encontra um corredor que vai dar em direção a uma espécie de mistura entre o que seria uma brisa marítima e um uma ponte feita de concreto ligando duas realidades: uma, em que ele, Serif, tinha certeza de ser do seu tempo pueril, enquanto que a outra, seria de um tempo qualquer. Certamente, isso sim, era estranho. Todavia, era um sonho. E sonhos poderiam ser estranhos, desde que ainda fossem sonhos, não é óbvio isso?

No meio dessa ponte, estava uma pessoa muito importante da vida de nosso querido Serif. E, no fim dessa mesma ponte, estava também outra pessoa bastante singular para ele. Era dessa pessoa que vinha a brisa do mar, porém não havia mar. Havia pessoa. Sem mar. Mas, com brisa do mar.

Serif queria passar por aquela ponte. Fazia tempo que não via aquela pessoa bastante singular. Tinha muito o que falar para ela. Talvez, quem sabe, poderia dizer o quanto sente por ter sido o que ele foi. E que, sim, hoje sim, ele enxerga a coisa com outros olhos. E que, se soubesse que certas atitudes poderiam ter sido tomadas, provavelmente, o caminho, a história, teriam tomado um rumo completamente diferente do que tomou. Serif apenas sentia muito. E, certamente, por sentir tanto, talvez seja por isso que essa pessoa bastante singular estivesse ali em seus sonhos. Entre bibliotecas, pessoas importantes e pontes com brisas marítimas. Mas aí vem a pergunta? “Se essa pessoa singular se encontra ali, quem estaria se eu não sentisse algo?” Perguntando melhor: é melhor sentir algo, como arrependimento, por exemplo, para assim, encontrar pessoas que foram singulares na nossa vida? Ou não sentir nada e jamais ver essa pessoa novamente nem mesmo em sonhos?

Serif não sabia responder. Contudo, para o próprio, isso não importava. Estava mais que na hora de atravessar a ponte. Mais que droga! A pessoa importante não quer deixá-lo passar para o outro lado. Vamos Serif, convença a essa pessoa importante que há coisas a serem ditas à outra pessoa no fim dessa ponte. Ufa, ainda bem que tudo deu certo. Pessoas importantes para gente, Serif, sempre entendem nossas decisões, mesmo que com essas, nos machuquemos. Mas, dessa vez você fará tudo certo, não é, meu caro, Serif? Ninguém se machucará... não mais. Ambas as partes entenderão seus erros. Ambos, quando estiverem frente a frente, apenas sorrirão um sorriso recíproco e seguirão juntos para além ponte, não seria bom assim, Serif?

E a pessoa importante ficaria para trás? Não, claro que não. A pessoa importante iria também além ponte. Ok, tudo bem.

Serif, ao chegar diante da pessoa singular, lembrou de tudo que passaram juntos. Desde as primeiras emoções à última briga sem sentido. Pensou em voltar para o começo da ponte novamente e não dizer mais nada do que queria dizer. Iria adiantar alguma coisa? Tudo foi vivido, tudo foi passado, tudo existiu... e, então, foi pensando nisso, que ele percebeu que a pessoa singular estava tão sozinha e poderia ficar muito bem sem ele. Será que poderia mesmo? Ela estava com cara de choro. É melhor voltar, Serif?

Serif deu as costas para a pessoa singular e pensou que nada tinha mais jeito. Há certas coisas: a palavra dita, a flecha lançada e bláh-bláh-bláh que jamais voltan atrás. Do mesmo jeito era ali. Naquele sonho maluco. Percebendo isso, a pessoa singular caiu no chão e se viu em um desespero de aceitação, de “tudo bem, foi escolha dele, eu entendo.”. Serif, porém, se lembrou de quando estava no início da ponte: que só queria dizer tudo o que tinha pra dizer. Mas isso não bastava, Serif.

Então, o que bastaria?

E vendo a pessoa singular “entendendo tudo”, Serif entendeu que não entendia nada. E voltou seus olhos para onde estava antes: na própria pessoa singular. E ele não a via com olhos de pena nem de arrependimento. Mas sim, de querer estar junto. Ora, não devemos ficar juntos de quem amamos? Serif chegou perto e, finalmente, abraçou a pessoa singular. E eles lembraram do quanto era bom um abraço mútuo em direção do além ponte.

Pin-pin, pin-pin, pin-pin...

Prentice Geovanni

sábado, 28 de janeiro de 2012

Sobre um Pouco de Ascendente de Escorpião.

E desde muito tempo ele já prestara atenção nela. Gostava de como se encontravam no corredor da escola onde estudaram o ensino médio. Gostava de como ela olhara para ele naquelas manhãs ensolaradas com bastante vento para deixar o clima agradável. Mesmo que ela não lembre disso, ele continuava a gostar dela. Gostava da ideia que um dia iria conhecê-la e seria bem próximo, quase íntimo, quase um casal, quase um, na sua presença.

Pois bem, o tempo passou, a chuva caiu, o vento levou e na moda da nova idade média, ele acabou conhecendo-a.

Por instantes pensou em como a vida tem desses lances que esperamos por tanto tempo e quando, sem mais nem menos, o que mais desejamos acaba por se encontrar bem ali, diante dos nossos olhos, na agenda do celular, no contato do Messenger, no desejar de um Bom Dia. E por causa disso, e com uma certa razão, ele passou acreditar em paixão e moinhos lindos. Começou também, a entender que existia uma mágica no cotidiano de cada um e que bastaria saber como ela funcionava, para assim, desse modo, encontrar algum sentido nas magias disponíveis do universo utilizáveis ao nosso favor.

Será que sou Medieval? Pensava ele. E ela? Será que era daquelas que diziam “amo tanto que tiro férias”?

Amar? Amava. Tirava férias? Nem tanto. Sabia viver? Claro. Gostava? Do quê? Dele? Sim. Oras. Obviamente. Tanto que não queria magoá-lo. Não ele... O que fazia nas horas vagas? Certamente ela responderia “Construo castelos. Dá para ter diversão fazendo isso, sim. Afinal, sempre é bom ter jeito para tudo. Inclusive construir castelos. Castelos de sonhos e companheirismos. Vivemos essencialmente para isso: erigir castelos e ter alguém que seja bom em pilhar os tijolos de castelos junto com a gente. Até princesinha dormindo feito anjo já tenho comigo.”

Percebe-se de imediato: ela, possuía muita fé e acreditava no português sentimental. Enquanto ele, coitado, ainda estava se acostumando com ser crente e escritor. Entretanto, apesar disso, aos poucos seu envolvimento com as palavras recíprocas dela e, suas conversas rápidas correndo em busca da princesa - tão Clara, e tão querida -, ele acabou de perceber algo que sempre quis ouvir: a voz dela. E pensou: como é bom ouvir a voz dela. Era do jeito que imaginara no ensino médio: envolvente, doce e aconchegante como uma noite de sábado ao lado de quem se gosta vendo as estrelas no céu taciturno das dez.

E os olhos? O que têm? Mais tarde ele descobriu que foram quebrados por causa de uma queda das alturas. Mas, mesmo assim, os achou tão bonitos de se encarar numa noite de réveillon enquanto se inicia um ano novo repleto de promessas e grandes metas a serem alcançandas. São como duas jóias raras, difíceis de se obter, cujo o objetivo seria jamais deixá-las molhadas com lágrimas. Exceto as de alegria, é claro.

Algum dirá isso a ela? Algum dia ela dirá isso a ele? Adianta pensar nisso agora? Provavelmente não, mas já é um bom começo pensar assim, não é? É? Quem sabe? Ela? Ele? Os dois juntos? Tá aí uma coisa boa, legal: os dois juntos. Ele escutando, ela falando. Ele receoso, ela com coragem. Ela ligando e ele na mensagem. Ele em busca de uma frequência, ela a procura de uma sintonia.

E assim, eles continuaram sendo ele e ela da maneira que são. Não esquecendo de cativarem mais e mais o algo que surgiu de bom entre os dois. 


Prentice Geovanni