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terça-feira, 5 de junho de 2012

Pouca Vogal.

Tem dias que necessitam ser gravados. Tem mesmo. E assim fazemos... Tiramos fotos. Muitas fotos! E hoje, como um dia especial, precisava ser gravado. Mas, não com fotos. Não seria o bastante pra mim. Acho que um texto é bem mais adequado pra unir à memória. Sejam com poucas vogais, ou com muitas, ou até mesmo sem elas. Deve ser possível, não é? De qualquer forma, tinha que ser um texto.

Afinal, qual o motivo de tanta necessidade de se escrever? Simples: preciso externar de alguma forma parte da felicidade que estou sentindo. Parte... Porque tudo não tem como. E o motivo é a música. A música pura que me trouxe incomensurável excitação e conforto. E que me tirou do chão quando fechei os olhos, mas sempre sem parar de cantar. E parar de acompanhar a música nem passou pela minha mente. Não, não mesmo! Às vezes, me pego analisando como cada um ao meu redor sente a música. Claro, é diferente pra cada um. Porém, fico encabulado quando alguém fica indiferente quando ouve algo que eu curto. Como pode não sentir? Enfim, deixa pra lá. De qualquer forma: “Deve haver alguma coisa que ainda te emocione!”.

Voltando ao que me trouxe a escrever: o dia que precisa ser gravado. Ou seria a noite? Ah, depois do crepúsculo vespertino o show de Pouca Vogal me deixou totalmente embriagado tanto pelas frases como pelo som. Fiquei desconcertado. Desconcertado mesmo.

Que amor era esse
Que não saiu do chão? 
Não saiu do lugar 
Só fez rastejar o coração. 

Não tenho receio de não sair do chão quando o amor tratado é a música. Seja aqui, acolá, na montanha ou depois da curva, seja hoje, ou no amanhã colorido, por muito tempo ou breve, seja uma música inédita ou não, eis que essa arte e ciência que combina os sons de modo agradável tem a capacidade de tornar o dia especial. Acredito em toda forma de poder da música, pois sei que ao fim de tudo com ela eu me sinto bem melhor. E assim vou caminhando, com pensamentos do tipo “somos quem podemos ser” e “tententender a vida”, seguindo nessa minha infinita highway com apenas uma 3X4 no bolso e acreditando que a música em
sua personificação teria dito hoje “Pra quem gosta de nós é um prato cheio”.

Igor Nathan

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