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terça-feira, 8 de novembro de 2011

Para o Garoto do Maior Pedaço de Bolo.

Artur e Eu, produtores musicais.
A primeira vez que vi Artur Carneiro foi na famosa (e única, por ser especial) locadora de vídeos-game do Zé Carlos. Era noite, eu e João Paulo, um outro amigo nosso que jogava jogos de RPGs comigo nas mais diversas locadoras da cidade - sempre em busca do local mais barato, para assim, aumentarmos o rendimentos do nossos jogos - ao entrarmos nos domínios do Zé, acabamos vendo um garoto sentado e jogando futebol. Ele e Zé tinham uma relação engraçada, pois ambos ficavam se pabulando (ou competindo) de jogarem as melhores partidas dos jogos de futebol. Enfim, acabei não dando muita atenção aos dois e fiquei ao lado de João Paulo, provavelmente jogando Lunar 2, ou um Final Fantasy IX. Nunca gostei de futebol. Assisto o da seleção porque quando tem jogo sempre estou acompanhado por alguém que gosta. Incrível isso. Mas, voltemos ao Carneiro.

Passou-se uma semana, ou um dia, eu não lembro, entretanto, uma das primeiras pessoas que vejo na classe onde eu fui estudar e fazer meu primeiro ano do ensino médio, no famigerado IESC, quem eu vejo? O famoso "Carneirinho", assim o chamavam as meninas. "O carneirinho das montanhas", dizia uma delas, muito bonita por sinal. E eu sem entender, me perguntava: que danado ele tem de carneiro? Mais tarde descobri que era o seu sobrenome. Carneiro. Artur Carneiro.

Lembro também que nesse ano cheguei atrasado e acabei sentando lá atrás, logo: acabei sendo da turma do fundão. Nunca tinha participado de uma turma do fundão, porém eu sempre admirava os integrantes dela. Bem, naquele momento essa mesma turma seria composta por três garotos fanfarrões: Aldir, peça boa, um dos integrantes do Refúgio, aliás isso tudo foi ideia dele. Inajá, sem comentários. E eu. Hélio, "o véio", um dos maiores professores de matemática que já tive, nos nomeou de: os cozinheiros. The cooks, para quem acha inglês mais maneiro. No início éramos três, depois viramos uma legião. Essa legião nasceu no segundo ano. Todavia, essa é outra história.

Então, qual o por quê de contar tudo isso aqui? É justamente para você perceber o quanto duas pessoas tão diferentes (Você, com seu futebol, conhecido por seu jeito resenheiro, com muitos amigos, com cada gata ao teu lado. E eu, um cozinheiro.) podem se tornar grandes, melhores, amigos. Foi daí, que comecei prestar atenção em você. Nas suas atitudes. No jeito que você tomava um problema e o resolvia. Dia desses descobri que eu não era o único que fazia isso. Perceba, veja bem, o grau de sua importância para todos os que estão te acompanhando nessa vida, sim, tão boa e repleta de sonhos a serem cumpridos.

João Paulo e Artur: Cajá e Mangaba.
Grande Artur, foi um longo caminho ate aqui. E mais longo é o caminho que nos espera. Ao lado, mesmo que distante por uns momentos, de nossos amigos, temos uma grande história para contar. Galileu, Daniel, Marcus (vigia), Magnun (muito massa morar com ele, pense num otimismo), Igor ( o Nathan, daqui do blog), João Paulo, Mikhail, Fabinho, Gonzaga e tantos outros, sempre te admiraram e sempre lembram de você em todos os momentos em que estamos juntos, reunidos e mangando da vida. Estou dizendo que mesmo ausente, você se faz presente. Poucas pessoas são capazes dessa arte, não acha?

Não sei como, mas foi como se fosse para ser. Nós acabamos apresentando uma sintonia bacana. Estudamos juntos, montamos um grupo de estudos: eu, tu, Magnun e Edkleber (esse sumiu, mas ele aparece lá em casa de vez em quando). Resenhamos muito lá na locadora. Conversamos mais ainda, sob a luz daquele poste em frente da tua casa, sobre como e o que faríamos para continuar sempre indo em frente, escolhendo sejam quais forem nossas escolhas, certas ou erradas. Tocamos violão, farreamos muito naquelas festas épicas de fim de ano. (Uma bem legal foi aquela que João Paulo saiu perguntando se tínhamos uma caneta para anotar o número de uma garota da festa. Não tenho a mínima ideia, mas ele conseguiu a bendita caneta, não sei com quem, mas conseguiu. Fico imaginando como seria o camarada que emprestou a caneta a ele. “Ah, eu estou aqui no meio de uma festa, bêbaço, mas tenho essa caneta aqui. Tome. E use-a para o bem. Use-a para pegar o telefone das boyzinhas”) Rimos de muitas coisas e enxergamos além, muito além de nós  mesmos. 


Lembro, quando eu estava triste "pra caralho", e lá na mesa que nós estudávamos, você estava sentado, me esperando e disse, bem sério: Senta aí. Jamais se esqueça disso: Temos que ficar mais preparados. Há pessoas, lá na frente da sua vida, que você ainda nem conheceu, mas irá conhecer, que precisará de você. Por isso, seja forte. Evolua. Para assim, ajudá-las futuramente. Ajudar quem você ama e quem você amará.

Rapaz, até hoje não me esqueci dessas palavras. Espero que sirvam para cada um que leia esse texto. Espero que cada um leve consigo essas palavras. Suas palavras. Palavras fortes e de grande poder. Claro, que houve muitos outros conselhos. Significantes, até. Mas esse, caro amigo. Talvez foi o maior de todos.  No mais, espero que também sigas tuas palavras. No mais, te desejo os maiores parabéns e as maiores felicidades.

Artur e o Primeiro Pulo do Ano da Foto.

***

Era noite de estudo. Dia do meu aniversário. Ano de vestibular.  Eu, Artur e Magnun estávamos estudando. Quando chega minha irmã com um bolo na mesa. Todo mundo se anima. Eu, o mais animado e o mais faminto, aguardado ansiosamente pelo meu pedaço de bolo. Minha irmã, com toda calma, tira o pedaço de Magnun. Razoavelmente grande. Tira o pedaço de Artur. Bem grandão. Por último, como eles disseram, seria o meu pedaço. Minha irmã, com sua habilidade de fazer presepada, tira um pedaço bem pequeninho. Eu olho o meu pedaço e olho para os de Magnun e Artur e digo: Pow, o aniversariante sou eu. Num são os caras não. (Muitos risos depois)

Hoje o aniversariante é tu. Que continues com toda essa maturidade que adquiriste por aí, pela vida, com o teu jeito e teu carisma. Vamos em frente. Com as pessoas que nos ajudam  a construir nossa história, nossas virtudes, nosso mais íntimo Eu interior. Vamos em busca do crescer e da felicidade. Sempre.

Prentice Geovanni
 

4 comentários:

  1. Não lembro exatamente o dia em que conheci Artur, só sei que desde o meu primeiro dia de aula no IESC, ele estava lá.
    Mas turma do fundão, nem sempre se misturam com os "nerds hipócritas". Lembro porém que minha mais antiga lembrança dele, foi em um episódio, em um intervalo, em que uma cara colega sentou no colo dele, e esta reclamava: "Carneirinho" tira essa bolsinha daí", na verdade não se tratava beeem de uma bolsinha, se é que você me entende ¬¬.

    Me parece que a partir do ano seguinte que o famoso Carneiro foi crescendo em mim, cheio das piadas, que me divertia muito, inteligente... E desde então tem sido uma pessoa que admiro bastante, um rapaz forte, que sabe levar a vida com bom humor.

    Artur, você é realmente fantástico, e ocupa um lugar muito importante em meus afetos. Te desejo um FELIZ ANIVERSÁRIO, que você seja na grande maioria das vezes em sua vida, de fato FELIZ, como você tem nos feito por todos esses anos, simplesmente por nos presentear com sua companhia, e como Prentice disse, quando não estais, com tua lembrança sempre doce e alegre para cada um que conviveu contigo.

    Eu sinto sua falta, queria novamente poder ter aproveitado melhor os tempos de colégio e me afinado mais cedo com você!

    Grande beijo, CORAÇÃO... ;)

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  2. Meu amigo, tô com os olhos cheio d'água aqui só de ler esse texto.
    Ficou massa demais, Prentice! Ficou massa demais porque você é um excelente escritor e também porque lembrar e falar de Artur Carneiro sempre acompanha uma felicidade singular.
    Considero Artur demais mesmo! Ele é referência pra mim. Seu jeito descontraído, seu pensamento pra frente. É um amigo que me cativa mesmo.
    Assim como você, caro Prentice, também ouvi frases de Artur que embora não recorde na íntegra levarei a ideia e o ensinamento pelo resto da vida. Porque aquilo que te ajudou a crescer sempre fará parte de você.
    "Quem será que nasceu primeiro: o ovo, a galinha ou será que foi Carneiro?" shaushaushau!
    Tu mora aqui no coração, carneiro chiola!
    Grande abraço!

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  3. Quando Artur leu o texto, eu perguntei: "E aí?". Ele respondeu: "Pelo menos vcê levou alguma coisa de algo que eu disse pra você. Levou isso, já tá bom demais." Ri muito.

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