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terça-feira, 28 de junho de 2011

O Mundo Anda Tão Complicado.

“Ó mundo tão desleal. Tudo é tão desigual. De um lado esse carnaval, do outro a fome total.”

De um lado a festança, o verdadeiro patrocínio do que é belo segundo a sociedade. E do outro lado, simplesmente aquilo com o qual não queremos lidar. Logo, podemos classificar isso com o que somos indiferentes como ruim e desagradável. E é exatamente assim que a fome se caracteriza. Mas isso só ocorre porque justamente a tratamos dessa forma. Na verdade, nós é que somos desagradáveis e egoístas. Se os outros passam fome e vivem em condições subumanas, na maioria das vezes, não estamos nem aí pra tudo isso. E o motivo disso tudo é que estamos com a barriga cheia e demasiadamente preocupados com o nosso futuro carro.

Nosso carro, sim. Pra andarmos mais rápido, e também fugirmos mais rápido de tudo aquilo que consideramos como ruim e desagradável. E assim nos tornamos cada vez mais ágeis e hábeis no âmbito da indiferença. Somos todos iguais, mas a sociedade no separa formando os miseráveis e os que tem poder sobre aqueles. Seria o poder para dominá-los? Claro, se estivéssemos num mundo em que o dinheiro é mais importante do que as próprias pessoas. Mas... Nós estamos nesse mundo.

Mesmo assim, melhor seria se esse poder existente fosse o de ajudar um ao outros. Mas isso não existe, não é? Espera um pouco! Existe, sim. E como isso poderia ser feito? Temos que dar dinheiro aos outros mais necessitados? Ou, no caso de quem escreveu este texto, receber dinheiro dos outros? Não. Que tal destruirmos nossa indiferença? Que tal derrubarmos nossos preconceitos? Que tal sermos humanos? E que tal darmos uma carona a quem precisa nesse nosso carro que usamos ou usávamos para fugir?

A forma como olhamos para os outros é deveras importante. Essa forma pode decidir o dia de alguém. Já pensou na diferença entre um sorriso e uma expressão de desdém? Uma conversa também faz bem, um conselho, um prato de comida. É demais pra nós? Se achamos a fome tão ruim e desagradável, nossa opinião deverá alimentar o sentimento de ao menos dar de comer a quem precisa. Que tal alimentar a felicidade em nossos corações?

Igor Nathan

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