Páginas

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Tententender

Reconheci… Meu coração ali parado no jardim.

Não resisti... Fui perguntar o que ele estava fazendo ali.

Não entendi bem seus batimentos. Mas era como se ele suspirasse. Assim como suspiram aqueles que estão dizendo adeus. Não sei por qual motivo ele lá se encontrava. Nem sei o motivo de eu mesmo não saber disso. Mas, na verdade, a vida pode fazer isso. E enquanto você rega as flores poderá ver seu coração jogado no jardim.

Cuide bem das flores, mas não se esqueça do seu coração! É por isso que fiz do coração o meu jardim, e desde então é lá que guardo as rosas.

E agora, embriagado pelo perfume de uma rosa – não daquelas que murcham e são postas em um livro – eu entendi o que não deve deixar de ser feito. Regue a rosa, o jardim (coração), a vida e “tententender” que a água tem que vir acompanhada do brilho do seu mais sincero sorriso.

Igor Nathan
 

4 comentários:

  1. As rosas estão por aí. Basta, nós, os "jardineiros", sairmos em busca delas. Procurando, procurando, talvez um dia encontraremos uma para cuidar, tentando assim entender, a experiência do sincero sorriso junto ao cuidar.

    ResponderExcluir
  2. Tem jardineiro que quer cuidar de tantas rosas ao mesmo tempo que elas acabam murchando, e o então dito cujo fica desempregado.

    ResponderExcluir
  3. `Romântico e transcendente no sentido de perceber a compreenção do amor a dois. Gosto de lê-lo, irmão Igor.
    Para não dizer que não falei das flores, digo que muitas são feias, poucas são bonitas, raras são perfeitas.

    ResponderExcluir
  4. He he. E o que seriam das flores se nós não fôssemos perspicazes ao analisá-las?
    Grande abraço, amigo Diego!

    ResponderExcluir