Refletir é algo meio perigoso, um salto de uma ponte sem corda, para o infinito do mundo obscuro e tenebroso que é o seu ser.
Navegando sobre entre suas memorias, entre suas emoções, entre as várias personalidades que nos habita e que sempre vociferam por espaço e luz, para que de algum modo, a esperança venha inundar em suas pestanas calejadas e enrugadas pelas experiencias da vida.
O ranger da madeira ao bater das lembranças quebradas pelas negações e privações, não traz conforto para o marinheiro sem colete salva vidas. Principalmente porque seu barco é constituído de decepção com pregos de solidão, que nem o próprio construtor garante que irá segurar a próxima onda desse oceano de tristeza, ódio e medo.
Hand Medeiros