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domingo, 27 de fevereiro de 2011

Para a Menina de Sorriso Aberto.

"Percebe que sua melhor amiga e você podem fazer qualquer coisa, ou nada, e terem bons momentos juntos." O Menestrel, com umas modificações no gênero feitas por mim.

De certa maneira falar de Romaninny é simples. É só sentar de frente para tela de um computador e abrir o velho bloco de notas. As palavras sairão sozinhas das minhas memórias, das minhas lembranças, dos nossos sorrisos.

Foi numa manhã de segunda-feira do ano de 2005. Foi nesse dia que coloquei pela primeira vez meus olhos em Romaninny, ela pode dizer que é mentira minha, mas lembro claramente: ela usava uma blusinha verde, solta, e tinha um sorrisão feliz. Não tivemos muitos arrudeios. Tornamos-nos melhores amigos de primeira. Ora, quantas vezes essa garota não escutou sobre meus amores, minhas queixas, minhas perdas, e, minhas vitórias?

Olhando daqui, da vida presente, o que nós dois já passamos juntos dá uma sensação boa, sabe? Sensação esta de dever cumprindo, de amizade bem feita, de trancas bem dados. É minha amiga nos tornamos bons e grandes amigos. Quantas gafes já passamos? Quantas vezes contamos um para o outro sobre nossos desenganos amorosos? - Como se fôssemos grandes namoradores, puf.

Chega cá, escuta uma coisa, você sabia que adoro teu jeitinho fashion? Esse aí todo posudo, todo cheio de emoção e originalidade. Esse jeito só teu, esse jeitão que abala tudo! Minha amiga, com essa tua personalidade acabaste abalando foi a minha vida e de todos ao seu redor. Poxa Roma, tu nunca percebes as coisas acontecendo? Eu sempre tenho que te dizer o quanto és especial e importante para todos a tua volta? Meu bem, seu sorriso, seu astral é contagiante! É algo difícil de ver por aí. É algo surpreendentemente raro de encontrar, em qualquer lugar. É assim que abalas aonde chegas. Com teu jeito. Com teu humor. Com teu espírito.

Eu sei que ultimamente ando meio distante, mas saiba: sinto saudades de conversar contigo. É, eu escrevi isso que você acabou de ler. Mas num fique se achando não... Se não lhe dou um tranca de presente de aniversário, ouviu? Olhe, provavelmente ficarás chateada por eu não ter ido (de novo) comemorar teus trinta e tantos anos de vida, mas, você sabe que pode contar comigo para o que der e vier.

Ei Roma, nesse momento, enquanto estou escrevendo esse texto sobre ti, espero que estejas sentindo falta de minha presença em meio a toda essa galera aí presente. E, também, espero que estejas detonando minha pessoa: "aquele cachorro do Prentice nem veio de novo! Não chamo mais nunca! Como pode rapaz! Cadê a consideração com a amiga aqui!? Francamente." E, espero mais ainda, que digas isso com as mãozinhas na cintura. Para fazer o drama, é claro. Se serve de consolo eu tenho quase certeza que no dia que você não me chamar eu aparecerei.

Meninos da Miséria.

Como são frágeis essas criaturas
Que acordam com as manhãs
Após noites negras em precipícios
Resistindo a cada trago de seus vícios

Eles reinam nas ruas desertas
Com armas em vendaval de ódio
Revolta por terem uma vida difícil
Em cada ofício das renúncias


Nos olhares de abandono desses meninos
Há a calma hipócrita da sociedade
Que maquila o egoísmo em caridade

Mas eles adormecerão entorpecidos
Aborrecidos e vigilantes
... Existirão para se vingar...

Pelos milhares de pequenos
Que se morreram nas fomes
Por amnésia dos grandes! 

Diego Rocha
 

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Expressões Desativadas.

Não quero nem pensar
Que não posso mais pensar em nada
Não posso mais dizer,
Não posso argumentar,
Fecharam a minha boca,
Fecharam o meu cérebro
Me proibiram contar,
Me inibiram de ser,
Não me querem um ser ativo
De cunho reflexivo,
Querem me tornar passivo
Num passo largo na escuridão
Não apareço à vista
Não dou sinal, uma pista


Que é para ninguém me ver
E nem eu poder convencer
Quem sabe de ir à Lua
Mudar pra outro planeta
Visitar primos – cometas
Asteróides, meus irmãos
Eu não existo mais não.

Cassildo Souza

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Mais Uma Primavera Txutxai.

Como todos sabem hoje é o aniversário de nosso grande amigo Prentice, e aproveitando a oportunidade decidimos aqui fazer uma singela homenagem a essa grande pessoa. Pegamos depoimentos de alguns amigos, apenas de alguns, pois a lista é vasta e muitos não obtive contato, mas se vocês quiserem deixar alguma mensagem sintam-se a vontade para transmiti-la através de um comentário. Obrigado.

"Aniversários, talvez uma das melhores datas de se celebrar a vida de alguém, de parar e perceber a importância da pessoa que está, naquele dia celebrando sua vida, suas conquistas, suas vitórias, seus medos também.


Hoje, comemoramos a feliz data do amigo Prentice. Feliz data não só para ele, que certamente comemorará mais um ano de uma vida alegre, mas data especial também para todos aqueles que o cercam, que gostam, que o admiram, que sentem saudades. Uma data feliz para mim.

Prentice é uma das pessoas que ocupam um dos lugares mais bacanas do meu coração, ele faz parte de uma história minha, foram confidências, piadas, risos, choros... tantos segredos, surpresas. Prentice é surpreendente, é gente de verdade, e hoje fico eu extremamente feliz em poder comemorar a vida desse amigo. Comemorar tê-lo conhecido, comemorar todas as conquistas dele (algumas que ele nem percebe ainda como conquistas), feliz por vê-lo crescendo, amadurecendo, lutando. Feliz por vê-lo mais forte que quando eu o conheci, mais maduro, mais centrado, mais criativo. Feliz por permanecer perto, como amiga... feliz, feliz, muito feliz.


Hoje, tenho a dizer aquilo que muitos dirão, mas que é por mim, dito de verdade, dito com fé... hoje direi que desejo a ele tudo de melhor que a vida puder oferecer. Que ele tenha saúde, alegrias, sucesso. Que ele consiga compreender os nãos que a vida dá,e que consiga reinventar, criar, ser feliz. Desejo que ele não desista, nunca, de nada. Desejo também estar sempre perto, e que você, amigo Prentice nunca perca esse sorriso, essa confiança, essa fé. Parabéns, meu amigo.
Beijo da Maga."
Thaíssa Machado.

"Eis uma pessoa verdadeiramente humana. Sensível e ético. Amável e tolerante. Sempre busca a amizade sobre todas as coisas. Prentice Geovani é um amigo inigualável que possuo. Com muito orgulho e coração. Desejo a ele muitas felicidades e realizações em esta data de aniversário. Deus está com ele, com toda certeza. Muita luz. Muita paz. E, viva o Prentice! Viva!"
Diego Rocha.

"Fiquei pensando numa bela mensagem pra te mandar neste teu aniversário, no entanto não sei se conseguirei transpor–las com êxito. Li e reli os meus textos no blog, e aos poucos, fui percebendo uma coisa interessante. Sabe, desde quando te conheci, há longo tempo, nunca imaginara que poderia chegar aonde cheguei, se se assim foi, aconteceu em boa parte por causa da tua presença nesta minha caminhada. São relevantes, preciosos e únicos cada instante bom, pelo qual passamos nesta vida, essas se elevam quando estamos ao lado de pessoas boas. Hoje estudo filosofia, enquanto tu, amigo urso, persistes no insaciável desejo de se tornar médico. Esforço tal o qual sinto, desde já, os bons frutos, por exemplo: no momento em que escreve, ou como corrige alguns erros gramaticais, a superação das questões difíceis, bem como das situações funestas, és um exemplo a se seguir. Mesmo com as desavenças cuja vossa pessoa provoca algumas vezes. Na contínua insistência da qual se vale apenas de um sentimento ou força ou fé – não sei, conquanto nem vós tenhais uma explicação razoável para nos dizer, o porquê de insistir, apenas insistes. Meu nobre, indivíduo peludo, a tua firmeza terá a devida recompensa. Certo dia alguém me disse: “Os melhores prêmios da vida estão no fim de cada jornada, e não no começo”.
Feliz aniversário, Xiola!"
João Paulo.


"Um homem sem sonhos não pode existir de fato; aqueles que fazem de sua vida uma busca incessante pelos objetivos, certamente terão suas metas alcançadas e ocuparão uma posição de destaque. Prentice é um desses heróis, peregrinos que buscam crescer internamente e correm atrás de seus troféus como um gladiador no Coliseu. Que esta data traga ainda mais uma renovação para que sua sina se cumpra integralmente. Feliz aniversário. Um abraço de seu amigo, irmão, colega Cassildo."
Cassildo Souza.


sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Tempo Que Não Passa.

Cada minuto mede um decênio
Cada segundo dura um milênio
Cada gesto espera muitas ações
Cada olhar fixo demonstra intenções.

Passo uma eternidade em meros instantes
Duro, em milésimos, frações de tempo constantes
Espero ansioso, pelo momento ideal
A chegada sua, numa hora crucial. 





E por isso penso ter uma vida longa 
Mas nesse grande intervalo pouco vivo 
É como se a noite não viesse a virar dia 
A luz do sol chegará bem mais tardia. 

Toda essa espera só me envolve 
Vez ou outra a alegria se devolve 
Na esperança que o relógio volte a ser normal 
E que possamos retornar a nosso tempo original.

Cassildo Souza

O Benefício da Dúvida.

A cada contínuo e imprevisível passo que dou, mesmo sendo passos repetitivos como no caso de uma “simples” caminhada na qual já saibamos todo itinerário que irá transcorrer em nossa cabeça, seja por um fator consciente ou inconsciente, ainda assim, não só nosso caminhar, mas, como toda e qualquer ação a qual viemos a fazer, estaremos sujeita a uma coisa: a incerteza.

Hoje escrevo estas linhas, meu cérebro funciona perfeitamente bem: falo, choro, dou risadas, entretanto, nesse perfeito funcionamento cerebral, uma pergunta simples poderá surgir em meio a toda complexidade da nossa existência como indivíduos: Até quando!?

Por isso devemos pensar, e muito, na maneira como estamos agindo neste mundo.

Neste exato momento em que passamos a ler estas palavras, trato como “neste mundo”, pois, até nos dias atuais, não se tem notícia de que alguém após a morte voltou para contar como é, no entanto, isso não tira o mérito da discussão em que particularmente acho proveitoso em outra oportunidade discorrer sobre tal.

Meus caros, insisto na reflexão de nossos atos, seja para nós mesmos, ou a terceiros. Compreendamos: a vivência que temos por mais pouco que venha ser, não nos limita, e muito menos, nos coloca em numa posição inferior daqueles que já viveram bastante tempo.

Na maioria das vezes, nossas ações se reportam a uma postura baseada na troca de favores, por sua vez, gerando uma questão, a qual será discutida a partir deste momento, sendo justamente esta, o benefício. 


Nesta estrada que sigo, numa persistência flamejante, observei em boa parte dos meus semelhantes à triste vocação de “dar com uma mão e receber com a outra”. Tem sido assim desde os primórdios, desde quando o homem começou a constituir valores sociais, éticos, e culturais.

Percebam: no instante em que esses seres, os quais se utilizavam de ossos de animais e pedras lascadas como instrumentos de caça, começaram a criar a capacidade de raciocinarem, suas ações vieram consigo, contudo, seus valores não vieram simultaneamente! Pois, pensando um pouco com o filósofo Platão, nós já temos algum indicio das idéias reais em nossa personalidade.

É notória nos dias atuais, a percepção de observar alguém fazendo uma determinada ação em troca de uma recompensa - às vezes, não importando qual seja a recompensa, desde que haja esta troca. Por exemplo, imaginemos que os seres humanos agora fossem animais, e estes estariam em uma aula de adestramento: “senta cãozinho que te darei uma ‘carninha’, bem deliciosa, a qual você ficará viciado, e, por conseguinte, irá fazer outras coisinhas para mim. Coisas simples, como deitar, rolar, e tudo mais. Claro, farás primeiro esses comandos, depois em troca lhe darei a ‘carninha’ suculenta”. Neste caso, todos estariam submetidos a um determinado vício, entendido aqui, como um infeliz estado de dependência psicológica de suas tristes ações. 


Existe um famoso ditado: “nem tudo são flores”, em algum momento da vida um determinado indivíduo dará de cara com outro que não irá lhe retribuir, seja um simples favor, seja a mais complexa ação em prol de outro. Isso se resume simplesmente pelo fato de que, cada ser humano carrega em si um mundo diferente, com outros valores, outra formação social e cultural. Logo, das duas uma: ou ele será bondoso, e deste modo haverá a retribuição, ou, será ruim com os outros à sua volta, não deixando margem nem para dizer um natural “obrigado”. Porém, ainda poderá restar uma possibilidade remota em que ele permanecerá na mesma, quieto, sem ação – será inusitado, entretanto nunca impossível, álias, nada é impossível desde que tenhamos amor (1 Coríntios, 13, 1-8). 

Diante dessas considerações não será válido pensarmos que devemos ser menos tolerantes a certos valores? Mesmo, posto que, estes estejam “enraizados” em nossa cultura? Ou não seria melhor manter tais valores? E, que tal aperfeiçoá-los? Torná-los mais adequados ao modo de vida do tempo presente? Ou ainda, será melhor o benefício da dúvida entre estes levantamentos? 

Para, desse modo, alguns permanecerem na dúvida. E, outros procurarem pela verdade. Se esta existir, é claro.



João Paulo


3X4

Para me livrar do peso demasiado, a única fotografia que tenho sua escondi no fundo de uma caixa de sapato.
Sinto muito pelo triste fim desse retrato, cujo único erro foi existir atrás do seu eu representado em três por quatro.
Os mais sentimentais diriam que sou um desalmado, por condenar teu riso de tarde juvenil ao limitado espaço de vinte por quarenta centímetros quadrado, mas não se apressem em julgar, os sentimentais são por demais apressados
De egoísta nada teve o ato,
O causo foi que o bolso do lado esquerdo do casaco no qual antes vivia guardado
Era de tecido fraco
Acabou-se em farrapos

Elizabeth Alves
 

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

O Mundo Ócio.

Desde já gostaria primeiramente de deixar nesta primeira, e talvez última postagem os meus contínuos agradecimentos aos grandes amigos que fiz por esta estrada – vida. Em especial agradeço a um o qual não farei menção a seu nome, embora grande parte dos leitores ou senão todos saberão de quem faço referência.

Bem nobre amigo - sem bajulações – quando fui até sua casa, e me mostrasse o Blog fazendo também a proposta da qual se tratava do meu engajamento ao mesmo refleti com paciência. Até o presente momento não lhe havia te dado um retorno, então amigo urso, não posso ficar enviando algo com a frequência combinada, no entanto, uma vez outra, esporadicamente, posso presentear este interessantíssimo blog - refúgio dos fujões – com pequenos textos reflexivos, pois acredito nesta como a base para todo e qualquer pensamento a respeito do mundo real. Juntamente com tudo que este dispõe – seres racionais ou irracionais, coisas animadas e inanimadas –  o mundo “irreal”, ou seja, o universo das ideias, das indagações, das quais não parecem nunca terem uma resposta, poderemos sempre pensar sobre tudo.

É justamente isto o fato de levantarmos todos os dias, estando dispostos ou não, participando desta vivência, seja só, pelo um caso em específico, ou ainda, intensamente pelo convívio com o outro, as perguntas permeiam os nossos trajetos aonde, muitas vezes, param à nossa caminhada e nos põem em outra direção, essas perguntas, é claro, sendo em sua maioria pessoais. Porém, a maioria dos seres humanos perpassa por isso de uma maneira pragmática, ou seja, vivem e seguem suas rotinas de forma prática. Inclusive este modo de viver é, exatamente, o predominante já há muito tempo. 

Exponho esta questão devido às pessoas esquecerem do pensar em si mesmo, isto é, daquele ser humano o qual consegue usar seu ato reflexivo com intuito de obter o seu amadurecimento intelectual – pelo menos creio que esse seja o principal fator - pensando não em um fim prático. Por exemplo, um determinado cidadão perde um ente querido, em seguida, a partir disso, ele começa a refletir sobre o que venha ser a morte. Nesta pontuação anterior me valho de um causo como meio de fixação, do qual minha pessoa e este meu peludo colega, referido no início deste texto, viveu para demonstrar. Como você leitor irá concordar que este tipo de indivíduo não participa no momento de sua reflexão do atual mundo-prático, o do pensar sempre com a finalidade para um bem estar, uma melhoria, seja para um, ou toda uma sociedade.

Quero deixar claro minha exposição acerca disso, posto que não faço nenhum desprezo, ou mesmo não aceite o globo assim, até porque sempre é bom a cada dia vivermos melhor, seja por um aparato técnico inventado por alguém ou não, contudo, a minha preocupação é pelo esquecimento, e boa parte das vezes, pelo o menosprezo dos indivíduos em relação a esses seres pensantes, andarilhos, assim como, eu e você, leitor, que anda sob o mesmo céu.

*****

Capítulo 3 - Ar Risonho.

"Mesmo que a rota da minha vida me conduza a uma estrela, nem por isso fui dispensado de percorrer os caminhos do mundo." José Saramago

Mesmo com a alegria súbita de ver Borboletas em Moinhos de ventos, quando aquele Cara apareceu atrás de nós dois, ela ficou triste. É, eu a achei triste, e para a Criadora de Mundos ficar triste, algo muito triste aconteceu, ou estava para acontecer. Por isso, também caí em tristeza. Tanto por não conseguir ver os Moinhos de Borboletas, descritos por minha amiga Criadora, como também, por só ver escuridão e chuva. Devido a não entender essas circunstâncias, me senti sozinho dentro de um abismo profundo. Além do mais, aquela sensação de que algo ruim estava para acontecer era perturbadora.

Ao vê-lo, comecei a me questionar: é tão estranho como o tempo passa rápido quando estamos com aquela pessoa querida do nosso lado. Muitas vezes nem damos importância a isso, pois temos a mania de pensar que tudo que é lindo dura para sempre em nossa vida, memória e sonhos. É uma pena, mas se tratando de momentos bons serem eternos, a simplicidade foi dar uma volta no quarteirão e ainda não chegou. É fato, é concreto: num instante, estamos vivendo aventuras emocionantes com quem gostamos; num piscar de olhos, sem mais nem menos, poderemos estar sozinhos.
E eu não queria ficar sozinho, Bulba é a única capaz de me levar pelos outros mundos. Só ela possui a Chave Mágica capaz de abrir uma Porta Mágica. E, além do mais, não tenho a menor intenção de sair do lado dela.

Mas, infelizmente, as coisas não acontecem à nossa maneira.

Percebi, naquela hora que Ele apareceu, e olhando para aquela escuridão chuvosa crescente sobre mim, que se não soubermos aproveitar os momentos ao lado de alguém considerado especial, certamente, algum dia, iremos nos arrepender amargamente. Apesar de saber disso, e ter aproveitado bastante a minha pessoa especial, não consegui mudar meu destino. E, infelizmente, esse dia amargo chegou para mim. Aconteceu tudo muito rápido. Ele simplesmente apareceu atrás de nós, e... tudo mudou.

"Bulba, desculpe por te fazer ficar com vontade de chorar, mas agora parece que temos visitas."

"É. Depois conversamos."

Estávamos sérios, com medo, confusos e aquele cara ainda chegou para nós dois com um sorriso debochado no rosto. Realmente é f...

"Bom dia ensolarado Bulba, boa chuva com escuridão, Marmo. Tenho o enorme prazer de estar aqui diante de tais nobres figuras: uma Criadora de Mundos e um Garoto sem Coração."

Evidentemente, fiquei com o pé atrás. Como esse ser, todo negro, sabia dos nossos nomes? E essa intimidade? Que eu saiba, eu e a Criadora de Mundos, não tínhamos nenhum amigo de outro lugar além-mundo.

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Transformação.

Porque será que vocês 
Não entram de vez na cena?
Vamos atuar nessa história
Vamos protagonizar
Essa falsa vida real
Teremos que nos disfarçar
Se gostar, não faz mal 



O depois não interessa agora
Ainda não é hora 
De fazermos previsões
Só resta nós começarmos
A mostrar a nossa cara
Saber que nada importa
Que o tudo exporta o medo
Que a chave do segredo
Já foi copiada a tempo
A verdade não é mais virgem
Converteu-se em mentiras.

Cassildo Souza



sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

O Fim.

Deus! Ó Deus! Aonde foi o meu passado?
Senhor, eu quero saber como morreu o meu futuro.
Amigos, não existem amigos.

Oh! Minha família! Onde está que não responde?
Meu bem! Eu não lhe amo mais!
Nunca mais. Não mais me ligue.

Minha dor é viver. Num mundo ferino.
A flor. Que você plantou.
Murchou dentro do meu peito.


O palácio. Que você edificou.
Hoje, está um resto de entulho.

Aquele império. Que nós crescemos.
Foi e se desintegrou pelo mal.

Então, agora; a mim só há o agora.
Na morte dos tristes mortais. Animais!


Diego Rocha

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Em Algum Lugar.

Eu precisava fugir. Ir a algum lugar onde em pudesse deixar fluir meus pensamentos em palavras. Eu queria que as pessoas compartilhassem dos devaneios de minha mente. Eu tinha certeza do que queria, mas precisava encontrar um lugar. Um recanto onde existisse o companheirismo, a confiança e, sobretudo, a amizade.

Eis que encontrei este local. É como um quarto onde posso repousar não meu corpo, mas minha mente, minhas idéias, meus pensamentos. Tudo o que queria, encontrei neste local. Eu queria ser ouvido, interpretado. E sim, eu fui. E fiz deste uma base de aprendizado, onde posso fazer uma rotação da bagunça que se passa em minha mente e resumi-la em uma página de análises.

Estou convicto que este foi o prelúdio de meu amadurecimento. Eu quis sempre buscar o melhor para repassar aqui, não apenas para agradar meu ego, mas sim para fazer valer o meu convite e minha hospedagem. Este lugar que aqui estou a vos descrever é um recinto onde imperam todos os sentimentos mais positivos, transmitidos por um grupo que através de um lugar constrói uma corrente entre o real e o abstrato, mas especialmente, entre este local e seus corações.

Este lugar revela sua importância com palavras, estas, expressões da alma de cada um de seus componentes, que tentam através de todo esmero e desenvoltura transmitir a força de seu interior, fazendo com que seus visitantes se tornem mais que apenas leitores, mas sim cúmplices de uma jornada onde os primeiros passos foram dados e o horizonte, por fim, ainda será alcançado.

O alicerce deste recanto ainda está sendo montado, a cada dia, algum de nós põe mais um tijolo para que este local cresça e constitua cada vez mais sua importância e relevância. Em nosso longo caminho ainda esbarraremos em algumas pedras, mas é sobre estes desafios que a recompensa final surge ainda mais válida e perfeita.

Este local confere a cada um de nós uma sensação peculiar, mas todas partidas de uma mesma base e um único objetivo: Melhorar cada vez mais. É em prol desta constante mensagem que este recanto se desenvolve, sempre visando o além do infinito, o Olimpo, onde lá possamos agregar nossas conquistas e repousar nossa mente.

Este lugar possui uma importância vital para mim. Ao longo desse curto tempo que aqui estou, pude construir um elo indestrutível com o local. Este refúgio me proporcionou algo sem igual que não poderia medir em palavras ou expressões. Por isso, só tenho unicamente a dizer... Obrigado!

* Em agradecimento ao meu estimado amigo, Prentice.

Por Júnior Silva

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Sobre Alguns Caras II.

Pois bem, eles deram a resposta. E resolveram compartilhar de seus mundos.

Fico grato a todos que aceitaram meu convite.

Afinal, espero tornar essa pequena semente "Refúgio dos Fujões" em uma frondosa árvore repleta de frutos, tanto para minha pessoa, como para todos vocês que escrevem e lêem esse humilde Blog.

Ainda falta alguns componentes, mas isso o destino já está providenciando.

Primeiramente, quero agradecer pela enorme colaboração e tempo de todos vocês. Escrever, imaginar, e, principalmente, colocar nossos pensamentos no papel, é uma tarefa extremamente sutíl e difícil. Entretanto, sei que cada um de nós pretende melhorar cada vez mais, seja buscando em leituras, em filmes, ou até mesmo, em nossas experiências, sejam elas boas ou ruins.

Por isso, parei de ficar "aperriando" vocês por textos e mais textos.

É... galera, aprendi de certo modo, que escrever leva tempo, paciência, e prazos. Além do mais, temos nossos problemas e vidas para serem vividas. Porém, apesar de algumas dificuldades, sempre cumprimos esses abençoados prazos. O que nos torna um pouco responsáveis, não é?

Provavelmente estamos diferentes. Ficamos mais fortes, comprometidos, atenciosos e nem percebemos. E não notar essa diferença é algo bom, pois assim, poderemos evoluir mais e mais, pensando que estamos fracos. Porém, devemos olhar algo em nossa rotina: a nossa inércia não é a mesma de antes. 

Certamente, mudamos, e, mudamos para melhor. Compartilhamos Mundos. Algo realmente difícil hoje em dia.

Dito isso, Nesse Momento o Refúgio dos Fujões possui os seguintes componentes:

Handerson Medeiros: Definitivamente falar desse cara é emocionante. Além de ter uma visão otimista para tudo, ele é como um companheiro de viagem, sempre está ali quando se precisa. Sua forma de rir, falar, ouvir é de causar inveja ao mais feliz dos homens. Grande na forma de pensar, enorme na presença de espírito, e, maior ainda, em apoiar e encorajar as pessoas ao seu redor. Você vai longe meu Amigo, apesar das tuas dificuldades, tens algo que muitos não possuem: Coragem para ir em frente.

Júnior Silva: O cara mais pontual de todo o Refúgio. Exigente na hora de escrever, crítico eficaz para os melhores filmes, um Nobre Amigo. Eu e esse carinha já passamos por muita coisa em nossas caminhadas "preocupantes". Sei que sou um chato, meu caro, mas muito obrigado por dizer isso na minha frente. Sinceridade é um ponto forte seu, continue usando dela para contribuir, opinar e compartilhar de seu mundo por aqui. Você também tem algo que poucos possuem: Uma sensibilidade e atenção imensa para o que de teu interesse.

Gina Reis: Falar dessa Flor em nosso meio é simples. Muito cuidadosa, carismática, e, acima de tudo, capaz de passar uma energia boa quando se estar com a moral lá embaixo. Nos dias de hoje encontrar uma garota tão romântica como você é difícil, minha cara Amiga. Apesar de não termos muitas aventuras juntos, fico feliz de te conhecer e estar ao seu lado nessa jornada em busca da felicidade. Muito Obrigado por seu amor para com o Blog. Com certeza, isso causa a um diferencial em nossas vidas. Algo que você tem e muitos não possuem é: Sua força de Espírito diante de tudo, inclusive dessa mesma força.

Luiz Gonzaga:  Esse é o Cara dos mais inusitados vocabulários. É impossível ler seus textos sem ficar com um sorriso no rosto, meu grande e exemplar Amigo. Agradeço-te pela alcova e descanso nesse imenso deserto que me encontro. Somos dois beduínos, só que em diferentes desertos, afinal, você já abriu o mar no meio, enquanto, eu não. Sua satisfação e "pitacos" são de extrema relevância para o Refúgio. Obrigado, por escrever sobre as suas mais hilárias aventuras. Sabes que procuro em ti o exemplo da perseverança, atitude e compromisso. Valeu, cara. Algo que poucos possuem e só tu tens: É tua Determinada Dedicação!

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Direção.

A razão da proporção
Do meu amor
Pode não ser das maiores
Mas é verdadeira.
A inversão ou direção
Do meu sonhar
Caminha para o lado
Em que você está.


O meu alvo é você
Sigo um caminho estreito
Que não tem atalhos
Na razão de ser.
Estou para você
Como o nada está para tudo
Como o escuro é para a luz
Nessa oposta atração.

Cassildo Souza 


segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Aos Estúpidos.

Como podem cantar amor em suas canções
Se mentem e vendem suas emoções?

Como podem falar de cultura em suas falações
Se são atrevidos e estúpidos furacões?

Como podem transar de alegres
Se não acolhem aqueles pobres?




Há muitas coisas que eles não querem ver!
Há muitas insanas finuras que bem não podem crer!
Pérfidos – estúpidos – medrosos - espíritos!
Falsos - lerdos - fracos - corpos!


Se choram é por vaidade
Se bebem é por casualidade
Se amam é por exterioridade
Se correm é por pretensiosidade.

Diego Rocha